Talvez a infância me devolvesse a vida
E suas peripécias fantásticas, e um sonho
De construir-te um mundo próprio, Margarida!
Talvez não fosse meu ser assim tristonho
E minha face não fosse assim tão abatida;
Talvez na alma não houvesse essa ferida
Entreaberta com um aspecto medonho.
Talvez a morte não me habitasse as veias,
Talvez da aranha não me envolvessem as teias,
Talvez meu ser não fosse apenas destruição...
Se tão-só com o teu brilho iridescente
Fosses a minha Amada, lúcida e resplendente,
E me entregasses a chave do teu coração!
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