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Mostrando postagens de junho, 2011

SONHO PRIMITIVO

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Ah! Ter sido Adão ou Eva, não importa!... Mas, o primeiro ser humano a perceber A triste solidão da folha morta Em ânsias loucas do galho a se desprender! by Léo Frederico de Las Vegas

SAUDADE, UM SENTIMENTO...

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Saudade é o sentimento que percorre Com urgência as veias do meu coração Impregnadas de ternura e solidão Que, imbele, todo o meu ser transcorre! Saudade é invejar o mergulhão Que faceiro pela amplidão discorre Em um magnânimo voo, e vem, e morre À flor da água num tronco em floração! Saudade é não saber por que sorrio Se o coração me pede apenas pra chorar Da vida em desespero o desencanto. Saudade é estar sentindo este frio Que tua falta me faz extravazar Num verso triste a tristeza desse canto! by Pedro Paulo Barreto de Lima

SONETO AOS TEUS SEIOS LUNARES

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Gosto da exuberância de teus seios Destacada pelo decote ousado De tua blusa a transpirar pecado Ante meus olhos oblíquos, alheios À vida, mas cativos dos enleios Com os quais tu me tens enfeitiçado; Gosto, pois, de sentir-me enredado Pelo vigor excelso de teus seios! Gosto de teu olhar tão suplicante A acompanhar meus passos pela rua Me querendo ao teu lado sempre amante! Gosto, enfim, de adivinhar-te nua Em meus braços sorrindo delirante Cheia de amor como se fora a lua! by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

FALSO E VERDADEIRO AMOR

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O amor falado Da boca pra fora Não raro nos machuca. Mas o amor Que brota do coração Esse nunca murcha! Vivamos intensamente O amor que nos é leal. Esqueçamos Dores passadas Cicatrizadas Mas letais! by Léo Frederico de Las Vegas

À LUA QUE SE VAI

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Dedilhando a canção da alegria Decresces, ó lua patética, Decresces, um pouco mais, Sim um pouco mais a cada dia, Deixando em minha solidão poética A aventura passageira De saber-te a deusa Sublime, sublime deusa Do eterno amor! by Jaime Adilton Marques de Araújo

NOVO CONCEITO DE BELEZA

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Sou um ogro verde desajeitado Mas ganhei meu espaço: sou bonachão! E de Fiona, a Princesa, o coração Não seja embora um Príncipe Encantado! by Olímpio José de Araújo

RENÚNCIA

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Neste poema renuncio a vida De sonhos encantados Que era minha Bem como renuncio O desabafo De falar sobre a angústia Que me acabrunha O espírito! Estes versos, Portanto, Estão aí, Apenas como protesto E renúncia! by Manoel da Silva Botelho

SONETO DO INAUDÍVEL CANTO

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Ah, se as pedras que encontro no caminho Pudessem, pois, ouvir o meu lamento Na certa saberiam o sofrimento Pelo qual hei passado tão sozinho. Mas, se pudessem ver padecimento Em lugar de alegria, qual esfuminho Veriam a esvair-se em remoinho O meu prazer restando só tormento. Mas as pedras não veem e nem ouvem. Não discernem uma lamúria de Beethoven. Estão passivas, pois, ao meu penar. E por que as pedras não ouvem e nem veem Dou, pois, a todos aqueles me leem Os versos tristes deste meu cantar! by Manoel da Silva Botelho

O QUE É SAUDADE?

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O QUE É SAUDADE? Mais que Um sentimento Uma certeza Que tua ausência Me leva à solidão Saudade, Essa palavra Portuguesa Que machuca E dói com aspereza Mas que é o bálsamo Singular do coração! by Jaime Adilton Marques de Araújo

FRUSTRAÇÃO LUNAR

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Depois de seis longos meses de espera Preparando o coração para o momento - O gozo na alma transbordante, o alento E o frescor de benfazeja primavera! - Depois de haver vencido o sofrimento De uma dor gigantesca e sincera Que roubou de meus olhos a quimera E a hora ímpar de teu ímpar nascimento... Sim!... Depois de vencida a peleja Que impuseram-me os deuses, por inveja, De não te ver no horizonte, soberana, A surgir, em fantástico plenilúnio, Surges, enfim!... Mas pra meu infortúnio Apareces eclipsada, oh! Diana! by Léo Frederico de Las Vegas

CONSTATAÇÃO

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Sabe, Maristela Mais gélido que o frio Desse inverno Só teu coração Que se mostra Insensível Às crepitantes  chamas Do meu amor! by Manoel da Silva Botelho

TESTEMUNHA DA ILUSÃO

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Na epiderme do prazer, Nos olhos tristes da solidão, Nas asas da imaginação Só os poetas podem ver Que algum verso se perdeu No forte abraço do olhar Da moça que enlouqueceu E suicidou-se ao luar! Só os poetas é que veem As doces lágrimas da estrela Que a tudo testemunhou E em seus lábios trêmulos leem: "Sou solidária às dores dela Que se perdeu só por amor!" by Pedro Paulo Barreto de Lima

EU PRECISO...

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Eu preciso de uma gota de silêncio Para ouvir o farfalhar nos teus cabelos Do vento que breve passa sem sussurros E deixa o teu perfume na minh'alma!... Eu preciso de um metro decassílabo Pra louvar-te o porte alvissareiro Com que passas pela calçada em frente Quando sais a caçar as borboletas. Eu preciso de um frêmito orgástico De uma súbita morte repentina Pra navegar no labirinto de teu corpo E ancorar na Caverna dos Prazeres! Eu preciso dominar meu verso louco, Meu selvagem modo de exprimir-me Para pintar-te a formosura nua e crua No quadro triste de meu triste coração! by Pedro Paulo Barreto de Lima

FOI ASSIM QUE PERDI O ENCANTO DA BELEZA...

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Com os olhos cerrados de tristeza E o coração serrado de saudade Relembro os dias de minha mocidade Quando contigo fiz concerto, oh, Beleza! Mas agora não há conserto! A natureza Levou-me embora a fragrante hilaridade E é flagrante que por mais tenha vontade Já não posso do coração essa frieza Extirpar. O coração feito pedra está estático. Sim, olhando pra quem fui fico extático… Infelizmente não me reconheço mais… Recolho então do quintal do tempo uma cidra Madura. E, após, na taça bebo a doce sidra E inebriado peço à lua, serena paz! by Manoel da Silva Botelho