Postagens

Mostrando postagens de março, 2012

ESPREITANDO O AMOR

Imagem
A lua vadia, uma luz fraca, mortiça Estendia, displicente, com preguiça     Em nossa cama (oh, dulçor!) E as estrelas em sonatas dolentes Umas longe demais, outras cadentes,     Velavam o nosso amor!

SONETO DE AMOR & TÉDIO

Imagem
É na ilusão da improdutividade Que produzo as canções de amor e lua Falando dessa dor que me invade O peito que sangrando continua! Chego a fingir que é pura verdade Essa ausência que se não extenua E me embriago de tristeza e saudade Rimas esparsas jogando pela rua... Oh, ócio que penetra minhas veias Para só parasitar a minha alma, Essa aranha temível e sem teias! Quis um poema de amor, caluda!... E eis aqui (calma meu estro, calma) Só me saiu essa canção insossa e muda! by Manoel da Silva Botelho

BUSCO-TE, ETERNO E GRANDE AMOR!

Imagem
Busco-te na gota de orvalho Que embriaga a flor Na borboleta que Saindo da crisálida Ensaia seu primeiro voo! Busco-te nos suspiros De Romeu e Julieta Nos botões de uma rosa Envaidecidos de serem O pouso de uma borboleta! Busco-te no perfume das rosas Que encantam meu jardim No cálido beijo do sol Que feliz, faceiro, Vem acordar a mim! Busco-te, porque és Meu céu, meu paraíso! Tu és tudo em meu sonho És o eterno e grande amor Que eu preciso! by Pedro Paulo Barreto de Lima

SONETO DE DOR E DE DESESPERO...

Imagem
O meu sonho perdeu-se no banzeiro Que causaste passando em minha vida Qual Mãe D'água levando de vencida Na triste igara o índio sem roteiro. Não comportou meu sonhar tua partida E por isso eu divago o dia inteiro Na selva da paixão - grande guerreiro - A buscar a tua graça imerecida. Pois, na ânsia de novos horizontes, Tu partiste e nem sequer olhaste Para trás a ver quem, esfacelado, Ficara a chorar no cais, nas pontes: De dor - porque meu pranto provocaste; De desespero - pois fui abandonado! by Pedro Paulo Barreto de Lima

INTERMINÁVEIS DIAS...

Imagem
  ao Zack Itamar Vasconcelos Há dias que me sinto cansado Há dias que me sinto tristonho Há dias que de tão desolado Nenhum triste verso componho. Há dias que me roubam a noite Há dias que sufocam minh'alma Que se esquiva do fero açoite Da Megera que me tira a calma... Há dias que um grande vazio Se instala na minha vida E a corrói fio após fio! Há dias que de tão combalida Minh'alma no ócio do cio Chafurda, na lama, perdida! by Manoel da Silva Botelho

ÚLTIMA SOMBRA

Imagem
Quem és tu, sombra antiga e companheira Que nem ao menos foste Namorada, Mas do poeta a sempre Bem-Amada Musa inspiradora, única e primeira?! Por que vens na minha hora derradeira Beijar-me a face triste e cansada, Se - inclemente - o tempo pela calçada Expôs ao vento a minha vida inteira?! Por que vens atiçar-me o fogo extinto E acender-me o braseiro por instinto Se me falta o vigor da juventude?! Oh, anjo louco! Pra quê todo esse alarde Se chegas já, pra minha vida, tarde?... Por que não vieste quando amar eu pude?! by Pedro Paulo Barreto de Lima

A VIDA, APESAR DE TUDO!

Imagem
Uma gaivota passeia no céu da tarde E ele não está mais aqui Para registrar acontecimento tão banal... Uns filhotinhos de leão Recebem de sua mãe As lições de como conquistar a vida E ele não mais aqui está Para achar isso estupendo E estupidamente poético. A vida continua acontecendo A seu bel-prazer! Ele, agora, transformado em humus Faz parte da vida Em sua morte silenciosa E prematura Cheia de adeuses e flores... Ele é a própria seiva vital que nos anima Nesta tarde tão cinzenta! Que saudades, Que dores, Que saudades... A vida acontece Apesar de tudo... by Jaime Adilton Marques de Araújo

O CÂNTICO DOS CÂNTICOS

Imagem
Teus mamilos encantam meu olhar E me fazem vibrar o corpo inteiro... Paira uma réstia de luz sublunar Sobre as maçãs de teu rosto faceiro! E esse encanto prossegue verdadeiro Trazendo-me de volta o doce lar Uma névoa, deixando, sorrateiro De saudade, teu sorriso a pratear! E me seduz teu canto de sereia E me envolvem os teus braços de giz E as tuas doces carícias de areia Que me lembram o quanto fui feliz, Quando sob o esplendor da lua cheia Eu fui teu Salomão, minha Belquis!!! by Pedro Paulo Barreto de Lima