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Mostrando postagens de maio, 2012

POEMA PARA DOCIVAL...

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Caro Docival, Há terremotos No Brasil... É o tempo do fim Percebes?! Atesta-se A veracidade Dos antigos Pergaminhos! Estrelas cadentes Se esfacelam Borrifando Os céus De uma luz Punjente E tu, querido amigo, Não estás aqui Para rires de meus devaneios! A poesia Está mais pobre Sem as metáforas De teu verso Incandescente! É o fim das rimas É o fim dos verbos É o fim dos tempos É o fim do fim... Só não é o fim Dessa imensa saudade Que tenho de ti! by Jaime Adilton Marques de Araújo

O DRAMA DE UM MENOR ABANDONADO

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  Mãe, por que me abandonaste ao léu do Destino?... Pai, por que me deixaste quando ainda menino?... Pai, Mãe, respondam-me: eu tenho que saber o porquê! Eu era simplesmente um indefeso quando vocês Condenaram-me ao desprezo como se eu fosse um assassino... Ah, meus pais! Fui condenado a dormir ao relento... E, no lixão, todo santo dia procuro o meu alimento; Vez ou outra, vou encontrá-lo no dinheiro que nos pedestres Eu furto, sendo por este ato chamado de pivete... Mas, nem isto basta para o meu sustento... Clamo, mas por ninguém minha voz é ouvida; Não há quem me queira dar guarida... Cúmulo da injustiça, sou marginalizado, Para os homens não sou mais que um menor abandonado E um daqueles a quem foi negado o direito à Vida! Essa é minha história!... A ponte é meu abrigo; Sofro muito, mas ninguém, Deus meu, chega comigo, E me convida pra em sua casa habitar Ao contrário: nas grandes da prisão vou parar Se para alguém eu representar pe

ADOLESCENDO PARA O AMOR

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Entre dois cajueiros Minha rede balançava E eu enternecido sonhava Com o amor verdadeiro O dia quente estava E a brisa brejeira brincava Com os caracóis do meu cabelo Malandro, eu namorava O corpo escultural da mulher que caminhava Fagueira pelo jardim do meu sonho! by Léo Frederico de Las Vegas

ESTAÇÕES

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Foi você Que me trouxe a primavera Foi você Que me tirou dessa quimera Foi você E a luz do teu olhar Que me tirou desse abandono Da letargia desse outono E me fez, enfim, te amar! Foi você Que me trouxe o verão Foi você Que me atirou nessa paixão Foi você E a ternura desse olhar Que vindo manso, meigo e terno Mandou embora o inverno Só pra eu poder te amar! Foi você E a placidez do teu olhar Que me arrancou do meu sossego Me fez vagar à toa, a esmo, Só para te reencontrar... by Pedro Paulo Barreto de Lima

AMOR & PRAZER

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Ontem à noite sonhei com teus lábios Teus pequenos lábios em minha boca E eu reinventei a canção desesperada De Pabro Neruda e seus sequazes. Ontem, sob o ardente frêmito De minha língua em chamas Gemias palavras desconexas E gozavas um agridoce mel Com a fúria de uma leoa Faminta de amor E eu te dei prazer E eu te dei amor!!! by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

INTERROGANDO A LUA NOVA

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Ah, Lua nova de maio Porque me feres os olhos Com teu fino halo prateado, Com tua inocente   luminescência de um sol nascente? Porque me acalantas o sonho De poeta bêbado e moribundo Que é por vezes esquecido de Calíope No calabouço fétido de um mundo Mergulhado no oceano da ignorância? Onde a esperança, lua nova, Vai pousar suas asas, Se a atmosfera terrestre Está tomada pelo gás carbônico Da insensatez humana? Onde o espaço para o lúdico De teu benfazejo recomeço?! by Olímpio José de Araújo

INADIÁVEL ADEUS...

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O pêndulo do relógio Para cá e para lá Não marca a hora Do triste adeus A dolorosa hora Do prematuro adeus No entanto, é preciso, No entanto, é necessário, É imprescindível Dizer adeus! Adeus! by Olímpio José de Araújo

FELICIDADE E QUIETUDE

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Vou construir imensas mocoócas Para estancar da alma o sentimento De caboclo das matas que a contento Ama o verde cinza das tabocas. Vou proteger meu amor das muriçocas E tirá-lo dos regos do tormento Pra que ele possa fluir no barlavento E explodir em belas pororocas! Hei de viver meu idílio ribeirinho Na tapera escondida lá na mata, Longe do olhar invejoso, escarninho Dos que querem roubar minha mulata. Quero ficar em paz com a natura E bem feliz gozar dessa ventura! by Léo Frederico de Las Vegas

SONETO DE SONHO E NUVEM

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Eu quero a claridez do teu olhar Pra que meu dia não seja nebuloso Eu quero a fluidez do teu falar Pra que meu verbo seja mais garboso! Eu quero teu destino venturoso Entrelaçado ao meu! E o palpitar Do leve coração feliz, ditoso, Pra que eu não veja o tempo passar E deixe-me a sós sonhar contigo O brilho fosco da luz da alvorada. Quero que sejas meu seguro abrigo, O oásis de minh'alma conturbada. Se estivesses, pois, aqui comigo, Tudo isso eu teria, ó Bem-Amada! by Pedro Paulo de Lima Barreto

SE ESTIVESSES AQUI...

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Marta, Minha saudade é imensa, É devastadora dentro de mim É um olhar apaixonado Dirigido silenciosamente ao luar! Ó minha amada, Como eu quisera que neste momento Estivesses aqui comigo! No mortal silêncio desta noite silenciosa Imagino você a meu lado... Ah! Que vontade de acariciar-te, De tocar cada detalhe do teu corpo E através das minhas carícias Expressar todo o meu amor por ti! Se estivesses aqui Sem querer querendo Ousaria tocar-te Para não perder a suave emoção Quando minhas rudes mãos Penetram-te numa deliciosa carícia! Ousaria tocar-te Para não perder o íntimo contato Do teu indelével carinho!

SER MÃE*

 * uma releitura do soneto " Ser Mãe " de Coelho Neto Ser mãe é ter um coração que vibra Pelo inocente que lhe suga o seio; Vencendo obstáculos sem receio Ser mãe é ser uma mulher de fibra! É ser um anjo bom que se equilibra Na corda bamba da vida no anseio De o desejo realizar alheio Do ser que em sua terna mão se libra! É ter nos olhos tristes novo brilho; Ser mãe é negar-se: ter tudo ou nada Tanto faz! O que importa é o bem do filho! É ter sempre nos lábios um sorriso É sentir-se a mais bem-aventurada: Ser mãe é ser no mundo o Paraíso! by Jayme Lorenzini García

QUARTO MINGUANTE DE TRISTEZAS

No afã de ouvir o silêncio da noite A trafegar em seu cavalo negro Esmaguei meu anjo da guarda Que saiu sem rumo, tateando no escuro Em busca de um colchão de espumas Prateadas refletindo a lâmina d'água De um triste quarto minguante Em sono lunar minguam as tristezas Que os querubins um dia Cultivaram em meu coração by Jayme Lorenzini García

LAMENTO & SOLIDÃO

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A lagarta A crisálida O menino A gargalhada O estilingue Os estilhaços Do casulo... Lamento E solidão Do que Seria Um dia Uma Borboleta Azul! by Olímpio José de Araújo

O MISTÉRIO DA LUA

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Sabes por que hoje está mais luminosa A lua do que em outro dia qualquer? É o apogeu - alguns dirão - e majestosa A lua fica, por, enfim, aparecer Mais próxima à terra! (Dadivosa É a noite em que acontece esse mister) E os poetas dirão: Ela está radiosa Porque hoje um verso livre vai nascer. Mais só eu sei por que a lua venturosa 'Stá de um brilho que a faz embevecer Deixando-a mais faceira e graciosa! A lua hoje não está bonita porque quer: Ela está assim feliz e esplendorosa Porque emprestou o teu brilho de Mulher! by Jayme Lorenzini García

RESSACA

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Enquanto eu dormia Contigo a sonhar A alma enternecia Sozinha a divagar... O mundo acontecendo Do muro muito além O sol amanhecendo E eu... nesse desdém! Depois eu acordava Da doce ilusão E mais triste ficava Rebelde sem razão O peito cá aberto Clamando por carinho Se fez então deserto Perdido, sem caminho... Ruiu um mundo; o sonho De ser feliz ruiu E a rima que componho É o amor que me explodiu! by Manoel da Silva Botelho