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Mostrando postagens de abril, 2011

MORENA

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À Marta Moraes Garcia Morena Teus longos cabelos - caídos no teu rosto levemente - Negros como a noite serena e sem luar... Teus lábios formosos como a rosa escarlate Sorrindo-me intensamente E a sedutora magia desse teu olhar... Morena Mui bela, faceira, A tua pele trigueira Eu quero acariciar! Morena Meu adocicado mel Tens o inebriante perfume da rosa. Vem! Eu quero envolver-te nos braços meus, Ó minha meiga morena dengosa! Quando eu for embora um dia Para um lugar bem distante daqui - Quando chegar a triste hora do adeus - Quero, ó Morena, ver-te nos braços meus... Ah! Quando enfim eu tiver que me despedir Quero absorver na tua boca a nostalgia E unir os meus amargos lábios aos doces lábios teus... E eu, Morena, levarei comigo a saudade Dos bons momentos floridos de felicidade Que contigo gozei como se fosse num himeneu! Morena A tua linda imagem Guardarei em meu coração Que por ti está batendo a mil... Aonde quer que eu vá, mulher pequena,

À MINHA SEMPRE E ETERNA BEM-AMADA

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Minha doce e sempiterna Bem-Amada, As precárias palavras de que disponho Não são capazes de expressar O grande e eterno amor que sinto por você. Nem tampouco os brevíssimos segundos Dos incontáveis minutos das inumeráveis horas Dos sucessivos dias não são suficientes para mim Quando estou ao teu lado! Quero-te eternamente! by Pedro Paulo Barreto de Lima

O DOCE COMPARTIR DA POESIA

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Nestas folhas encardidas pelo tempo Deixo estes poucos versos que floriram No meu triste jardim e sucumbiram Ao estertor de um estranho sentimento. Se, porventura, quiseres um passatempo Lê-os, que por isso eles suspiram... (Versos lidos por almas que transpiram Piedade, sempre cumprem seu intento!) Pois é triste o poema que exalado Do poeta a uma gaveta é jogado E esquecido em sua beleza torta... A poesia nasceu pra ser compartilhada Tal qual o meigo olhar da Bem-Amada Transforma em vida toda natureza morta! by Léo Frederico de Las Vegas

A CRISTO JESUS RESSUSCITADO

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Lá na cruz do calvário doloroso Martírio Tu sofreste por me amar Sendo eu, um reles pecador, ditoso, Venho, pois, Deus amado, Te adorar! Do inferno - a pena, do céu - o gozo Não me demovem para em Ti pensar! Mas saber que foi para me salvar Que a vida deste, deixa-me zeloso Co'um desejo de levar a boa-nova - Anunciar o Teu santo evangelho - Que do pecado liberta ao que crer! Sim, Tu transformas, ó Senhor, em nova Criatura quem dantes era homem velho, Pois nem a Morte pôde Te conter! by Léo Frederico de Las Vegas

A CRISTO JESUS CRUCIFICADO

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Anônimo espanhol - século XVI Não me move, meu Deus, para querer-Te O imarcescível céu que hás prometido; E nem tampouco o inferno tão temido Para deixar, por isso, de ofender-Te! O que me move em Ti, Senhor, é o ver-Te Pregado nessa cruz e escarnecido; Move-me ver Teu corpo dolorido As afrontas vis sofrendo tão inerte. De tal forma Teu amor em mim impera Que, se o céu fosse um mito, eu Te adorara, Se um mito o inferno fosse, eu Te temera! Nada tens que me dar pra que eu Te queira: Sem esperança em Ti, nada esperara, Mas Te amara, meu Deus, de igual maneira!

DA JANELA...

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Da janela vendo a vida passar Curti uma infância apagada. Minha mãe parecia preocupada: - Se for à rua esse menino vai brigar! Não a culpo. Mas minh'alma entristada Não conseguiu o trauma superar Da cratera que se fez no meu sonhar Entortando, de saída, minha estrada! Mas prossigo minha vida sem lamento. Da poesia o bálsamo e o lenimento Me acompanham e eu forjo essa canção Com o suor das noites vampirescas. Minha história nada tem de pitoresca, Mas meu canto afugenta a solidão!

O GEMIDO DE PINDORAMA

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Meu nome é Juracy Sou filho forte da floresta Minha tribo vivia em festa Quando eu aqui nasci. Éramos todos felizes: Baraúna, Jupira, Jacy, Caminhoá, Pitanga, Paraguaçu, Imbassaí. Paz com todos era nosso lema O meu povo era pacífico Piragibe, Paranaguá, Jurema Da união são exemplos específicos. Comíamos até nos fartar Capivara, jacaré, mandií, Cutia, paca, lambari Maracanã, piranha, gambá! Siriema, socó, quati, Saracura, jaó, juriti! Na roças fazíamos farinha, Tapioca, broa, tucupi, Com capricho preparado no tipiti. Arapuca, arataca, cajá, Saci, moquém, ariribá, são palavras do povo meu Que se incorporaram Ao falar trazido pelo europeu. Os brancos vieram E quase nos destruíram Sua ambição foi-nos cruel Maltrataram-nos com desprezo vil... Mas ainda estamos vivos, Somos filhos de Deus, Clamamos por reconhecimento e justiça Não entregamos os pontos Estamos na liça Neste 19 de abril! by Léo Frederico de Las Vegas

CONVITE LUNAR

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Vem, amor, vamos sair, é lua cheia! E as nuvens invejosas do inverno Querem cobrir de teu olhar tão terno A Visão que, prateada, nos enleia! Vem! Pois no horizonte já se alteia O amado disco em resplendor eterno!... Vem ver meu canto humilde, subalterno, Fazer jus a essa luz que nos rodeia! Vem! Já fiz das flores do campo o tapete Por onde vais passar qual soberana Se tu atenderes, pois, ao meu chamar... A lua traz-me lembranças de Alegrete! Pois dou-te a lua e os versos de Quintana Se hoje, comigo, saíres a passear! by Pedro Paulo Barreto de Lima

SONETO DE TERNURA COM AROMA DE MULHER

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Roubei às flores campestres sua fragrância verdadeira E o seu mais puro aroma e seus sonhos e quimeras Para trazê-los aos teus pés, Cileny Barroso Pereira, No dia em que tu colhes as tuas quinze primaveras… Procurei, durante anos, pelos tempos, pelas eras A imagem que traduzisse e apresentasse prazenteira Tua doçura de menina (ou tuas garras de pantera) E a encontrei em tua alma da poesia prisioneira! Ontem, simples garota, de alma lépida, provinciana! Hoje, mulher faceira, intrépida, palaciana! Que saudade de havê-la embalado na canção! Que vontade de, em meu colo tê-la ninado, criança… Mas são sonhos, devaneios, delírios!... Mera esquivança De alguém que foi somente teu pai de alma e coração! by Jaime Adilton Marques de Araújo

SAUDADE ABUNDANTE

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Estou carpindo saudades de você. Há ternura por todos os meus poros E eu te rogo, meu bem, e te imploro Não quero nem sonhar em te perder! by Pedro Paulo Barreto de Lima

CANTINHO DA SAUDADE

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Cantinho da Saudade é o meu blog Onde quase sempre venho postar Arrebóis, luas ternas, brisas do mar E uma velha ternura de buldogue! Mergulhe à vontade, mas não se afogue Nas águas cristalinas desse mar... E, se não tens motivo pra chorar, É favor vir outro dia bem mais grogue Por que aqui encontrarás dilacerado Um coração em cuja pele tatuado Está o nome da Eterna Namorada!... E, se já amaste assim, leitor amigo, Sei que posso, então, contar contigo Guarda-o, pois, em segredo: Bem-Amada! by Jaime Adilton Marques de Araújo

CANSAÇO

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Ah, cansado estou de ser eu mesmo! Sim! Cansado estou desse abandono A que me entrego a fugir do sono Nas horas tristes em que vago a esmo No mundo surreal desse outono Que faz da primavera tricodesmo. Nesse cansaço já cheguei ao sesmo De negar-me a essência que agora clono Neste verso de volúpia e febre. Estou cansado dessa vida parca, Desse doce gozar fugaz e breve Que me deixa, indelével, sua marca. Cansado de viver esse dilema Dou ao mundo meu cansaço num poema. by Manoel da Silva Botelho

EM BUSCA DE RESPOSTAS...

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Jaime Adilton, Ilha de Marajó... É ela quem me busca em desespero Lá no google e a minha dor maior (Digo-a, pois, sem nenhum exagero) É saber-me exilado, triste e só Dentro de mim o sentimento austero De não ter como viver esse amor Sem divisar além um entrevero! E então busco refúgio em Calíope Que apazigua o meu olhar tão míope E me faz ver que a vida é mesmo assim. Nem sempre vencemos o perde-e-ganha. E que por mais que a dor seja tamanha Não chegou de tudo, pois, ainda, o fim. by Jaime Adilton Marques de Araújo

INSCRIÇÃO PARA A MINHA LÁPIDE

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Que inscrição colocar em minha lápide Quando saudoso da vida eu estiver E a Indesejada a sua mão puser Sobre os meus ombros e sob sua égide Levar-me, enfim, ao colo bom da tágide? Certamente as agruras que passei As paixões e tudo o que vivenciei Serão sintetizados em um verso O mais lindo da lira do universo: - Nesta vida fui feliz porque amei! by Jaime Adilton Marques de Araújo

A DESILUSÃO DO MENSTREL

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Na vida sou apenas um penetra E consciente estou do meu papel Por isso versos procurando o fel Amenizar faço com rude letra. Sou chamado, por isso, menestrel E de um mundo de sonhos sou fenestra Brincando co'as palavras faço sestra Mas vivo triste, pois negam-me o céu! Pois quando chego acaba-se a festa E minha triste companhia é indigesta Para alguns e me sinto rejeitado! Quem sabe um dia num golpe assaz de sorte Ao colar os meus lábios aos da Morte Vereis, enfim, meu adeus concretizado! by Manoel da Silva Botelho

ESCRAVO DA TERNURA

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Meu coração de tua ternura é escravo E servo humilde de teus encantos mil; No dia em que partiste um como cravo O acertou em cheio e se partiu. De todas as mulheres do Brasil (E olha que nisso o Brasil é pródigo) Tu és a única que conhece o código De meu amor secreto e varonil! Por isso exalto nestes rudes versos A graça de teu porte natural Sobranceiro entre os mais diversos Que existem pululando por aí... Por isso exalto esse amor total Que aprouve a Deus dar-me a ti! by Léo Frederico de Las Vegas