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Mostrando postagens de dezembro, 2011

DEPOIS DE MUITAS LUAS...

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Depois de muitas luas estou de volta Para os teus braços molhados de sereno... O mundo era áspero, vazio, pequeno Para o amor que batera à minha porta E eu fui seguindo em minha visão torta À sombra de um gótico olhar romeno, Aquela que minha vida encheu de pleno Gozo, mas me deixou... revolta!... Percebi, então, a ilusão que eu vivera E senti a tua falta, a tua ausência, E a descoberta mais fantástica eu fiz: Que sem você já não existe primavera, Que sem você sou um poço de carência... Voltei depois de muitas luas... pra ser feliz! by Jayme Lorenzini García

PAIXÃO REMOTA

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Ao acreditar no teu amor eu fui um idiota. Ao pensar que me amavas fui um imbecil, Pois, disto, o resultado foi um sofrimento vil E tudo o que restou foi esta paixão remota! O que eu sentia por ti era lindo e verdadeiro. Mas foi com grande indiferença que você pagou Esse lindo, maravilhoso e esplêndido amor E no meu coração deste um golpe certeiro! Agora, lamento e choro a minha desilusão E seguindo minha sina, morto de paixão, Sei que sempre vou te amar, ó ninfa dourada! Ah, se quisesses aos meus braços voltar Como pássaro sem asas que não pode voar Cairia em tua rede, minha eterna e doce Amada! by Léo Frederico de Las Vegas

SAUDADES...

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Por quanto tempo ficam as saudades no peito A choro, risos e lágrimas de primavera a regá-las Se seu dono já não as reclama Enternecido, afagado, acariciado pelo beijo da morte Amorosamente com ela entrelaçado No jazigo abandonado? Hão de passar, pau-la-ti-na-men-te, como as nuvens De uma tardezinha de verão Que, sem pudor, nos privam da lua nova!? Primeiro os gestos debochados: Depois um certo jeito de sorrir, A certeza de que Drummond era o maior, A própria face inconfundível Confundida com a explosão de uma supernova?! (Saudade boa não comporta esquecimento..., never, never, never!) Mas as lembranças do que foi e já não é, Transformam-no, por fim, em adubo para as rosas... Destino (inclusive) de todos nós, Docival!... by Jaime Adilton Marques de Araújo

DEFININDO MELGAÇO

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Melgaço é carinho puro, É aconchego, é abraço gostoso, É um jeito especial de amar. É o passado que busca o futuro, É o presente que se faz carinhoso, É a brisa que beija o mar!... ... Esse canto Mãe D'Água, Yara, No instante sem par da reponta, Entoava nos igarapés E o poeta que se encantara Com a voz maviosa, afronta, Os mistérios dos velhos pajés... E segue também entoando Um hino de grande valor À cidade que o viu nascer De belezas o peito estufando E já desfalecido de amor Inspirado, se põe a dizer: Teu mel me enlaçou num só traço Não passo seu o teu abraço Sem teu laço não mudo o passo! Me encanta teu lasso compasso De saudade, enfim, me desfaço, De em ti só pensar, ó Melgaço!

SONETO DE NATAL

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À Ir. Lucilene de Fátima Martins do Monte ... Mas ainda existe da humanidade Uma parcela que feliz celebra O Natal com alegria, paz, fraternidade... E um canto de amor aos céus eleva Agradecendo de Deus a humildade Que na manjedoura de Belém se fez criança Anunciando um tempo de prosperidade A todos os homens enchendo-os de Esperança Num futuro melhor, sem excluídos... Onde todos num só rebanho reunidos Ouvissem o som dos sinos da Matriz A conclamar à paz, ao amor e ao perdão… E todos, mãos dadas, em confraternização; Cantassem, pois, felizes, Noite Feliz! by Léo Frederico de Las Vegas

SERENATA

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Sinto uma saudade tua Tão grande Que não me cabe no peito E me escorre pelos olhos Em lágrimas! Só há uma Lua Negra Que espia Nosso amor clandestino!... Onde, pois, então, Ser feliz Se a própria vida me diz: Não podes, ó poeta, Desiste, Não insiste?! Só, Estou tão só Tenho um violão E uma cachaça Na noite escura Em plena rua Uma música Pra você Agora vou tecer Em suave serenata! by Manoel da Silva Botelho

O BEM MAIOR DA VIDA

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Eu não quero que parem a cidade Por minha causa quando eu morrer; Quero que a vida continue a ser A mesma com total simplicidade. Quando eu me for (e espero que não há de Ser tão breve, pois muito vou viver), E então, sem mais nem menos, falecer Quero que hajam com naturalidade. E falem sobre a vã filosofia De querer abraçar o mundo inteiro Como a cousa mais ridícula que há. Que junto à minha urna, com alegria, Descubram  meu sorriso prazenteiro E que o bem maior da vida é amar! by Léo Frederico de Las Vegas

FUMAÇA

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      Ao meu amigo Zack, para que saiba quem é Fui olhar-me ao espelho e estremeci: Quanto tempo perdido em devaneio! Incrédulo, vi um fantasma meio Que triste!... Eu não me reconheci No amargo rosto refletido! Receio Que faz tempo que eu me perdi. Quantas ilusões, fantasias, bloqueio De tudo quanto belo eu não vivi! Mas a imagem refletida é fidedigna. Essa máscara hipócrita, maligna Que vejo é tudo o que de mim restou! Eu, que pensei ser dia e primavera Vejo que (oh, martírio, oh, quimera!) Não sou nada. E... eu nem sei quem sou! by Manoel da Silva Botelho

FLORES DO ANTIGO LÁCIO

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À l'ombre  Do ombro Del hombre Riposo Tranquil lament În pace! by Jayme Lorenzini García

SONETO DE TERNURA À MAMÃE

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Fui por ti gerado e fui criado Como um sonho nos ninhos do amor Por teus braços de seda cativado Fui peralta e do sete o pintor. Pintado de chão brincava. O calor De teu sorriso de mel inebriado Me deixava, água levando o ardor Do sol, teus braços de chuva... molhado! Era a tua proteção sempre presente... Mesmo hoje já crescido, teu "bebê" Usufrui teu aconchego nunca ausente! De que tamanho é, mãe, teu coração? Não sei! Mas, se um erro eu cometer Sei que será menor que o teu perdão! by Itamar de Vasconcelos R. Jr.     & by Yara Cínthya Marcondes da Silveira

SONETO DE TERNURA À ILHA DA MARACANÃ

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Onde estão as revoadas de araras, Papagaios, maracanãs, periquitos?... Ao visitante de hoje - mosquitos E mutucas... e nada de aves raras! Árvores belas tornadas caiçaras Praias submersas, quadros precitos De belas paisagens, mortos em ritos Caititus, jacarés e outras embiaras! Quando Mamede te exaltou no Hino Que enobrece soberbo, ressupino Meu torrão natal, de alma louçã, Eras mais que uma ilha tão-somente: Cartão postal, eras do céu o presente Pra Melgaço, ó Ilha da Maracanã! by Jaime Adilton Marques de Araújo

AMOR PRA TODA HORA

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O meu amor não é abstração É latente, real, bate em meu peito Na sintonia do prazer, desfeito Em lágrimas que regam o coração! O meu amor é mais que emoção É uma áspera carícia, é um jeito Especial de buscar o ar, refeito Que se está da súbita paixão. O meu amor é essa brisa leve Que sopra em teu cabelo as luzes Que o tempo teima em te coroar... O meu amor sempre contigo esteve Ajudando-te a levar as cruzes Que nos impõem por, simplesmente, amar!

A INDESEJADA DE TODAS AS GENTES...

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O hálito podre da Morte me apavora E sou alérgico ao seu terrífico estertor; Mas sinto-o n'alma a corroer desde agora Os quadros mais belos que a vida me pintou! Sinto-o, numa fome voraz que me devora, A deixar em minha boca a nâusea,  o amargor Dos longos anos que vivi em vão, embora Seja o retrato em preto e branco do que sou! Tal como o verme infame que faminto espreita A carne pútrida que se destina a ser Seu lauto banquete na interminável noite A Morte sem firulas ao meu lado deita Bafejando horrores a me estremecer... E eu, me entrego, louco, ao sibilar do açoite... by Manoel da Silva Botelho

A DOR DESSA SAUDADE

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Essa dor em meu peito é saudade É saudade que não para de sangrar Que me faz pensar que inda há esp'rança De que um dia eu possa te amar! Essa dor em meu peito é nostalgia É nostalgia de teu beijo, teu olhar, Que me faz imaginar que sem tardança Eu possa um dia meu amor te entregar! Ah, se fosse essa dor erradicada E nosso amor feito, enfim, realidade Desse vida às flores mortas da sacada Eu não pediria nada mais que essa verdade: Saber-te sempre minha musa, minha Amada... E eu sufocaria a dor dessa saudade! by Pedro Paulo Barreto de Lima

CUMULONIMBUS

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Em síntese a noite sussura O choro das nuvens complexas. Dolente, a minha alma urra Sílabas de dor desconexas. E eu sou essa noite escura E eu sou essas nuvens espessas; E eu teço em sutil urdidura Tua volta, agora, às pressas! Pois senão o carinho perece, Pois senão a candura fenece, Na incerteza de tua presença. E eu invento teu nome, teu gosto, E uma beleza sem par, de dar gosto... E te cultuo na minha descrença! by Manoel da Silva Botelho

SONETO DE AMOR E CIÚME

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Surpreendi a poesia há pouco Tecendo rimas em teus cabelos; E eu fiquei triste em meus zelos Enciumado feito um louco Que desdobrei-me em desvelos... Calíope nem percebeu - tampouco - Será que tem o ouvido mouco? Não vê que meus violoncelos É que te tocam, ó Bem-Amada, E em doce paz transfigurada Te fazem ser feliz assim?! Tenho ciúmes de mãos impuras Que te afagam, ó deusa pura!... Quero-te, inteira, só pra mim! by Pedro Paulo Barreto de Lima

À MARTA MORAES GARCIA

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Uma saudade Uma lembrança Uma verdade Uma esperança! Uma pessoa No mundo nascida De índole boa E dona da vida! Quis a implacável sina Sua roupa rasgada E, desde menina, Sua alma dilacerada! Não obstante o sofrer Ela é forte, feliz e querida E por nada há de querer Desistir da vida! Ela é uma rara pepita A mais valiosa turquesa! Sei, ninguém acredita, Mas ela é a minha princesa! Dia-a-dia me consome Uma nostálgica alegria Que se traduz em um nome: Marta Moraes Garcia! Uma saudade Uma lembrança Uma verdade Uma esperança De seja aqui ou onde for Com ela ser feliz em nome do amor!

DEZEMBRO, OUTRA VEZ...

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Dezembro, outra vez, Vem de mansinho, Avisar-me que o ano Envelheceu! by Manoel da Silva Botelho