quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

SAUDADES...

Docival De Souza Gomes

Por quanto tempo ficam as saudades no peito
A choro, risos e lágrimas de primavera a regá-las
Se seu dono já não as reclama
Enternecido, afagado, acariciado pelo beijo da morte
Amorosamente com ela entrelaçado
No jazigo abandonado?

Hão de passar, pau-la-ti-na-men-te, como as nuvens
De uma tardezinha de verão
Que, sem pudor, nos privam da lua nova!?

Primeiro os gestos debochados:
Depois um certo jeito de sorrir,
A certeza de que Drummond era o maior,
A própria face inconfundível
Confundida com a explosão de uma supernova?!

(Saudade boa não comporta esquecimento..., never, never, never!)

Mas as lembranças do que foi e já não é,
Transformam-no, por fim, em adubo para as rosas...
Destino (inclusive) de todos nós, Docival!...

by Jaime Adilton Marques de Araújo

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