domingo, 4 de dezembro de 2011

SONETO DE AMOR E CIÚME


Surpreendi a poesia há pouco
Tecendo rimas em teus cabelos;
E eu fiquei triste em meus zelos
Enciumado feito um louco

Que desdobrei-me em desvelos...
Calíope nem percebeu - tampouco -
Será que tem o ouvido mouco?
Não vê que meus violoncelos

É que te tocam, ó Bem-Amada,
E em doce paz transfigurada
Te fazem ser feliz assim?!

Tenho ciúmes de mãos impuras
Que te afagam, ó deusa pura!...
Quero-te, inteira, só pra mim!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

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