Flores do Meu Jardim


 


O FLORESCER DA EDUCAÇÃO MELGACENSE

O migrar pra construir identidades
Creio não ser tarefa das mais fáceis;
No entanto, em busca da felicidade,
Muitos se tem lançado ao desenlace

De partir para terras tão distantes
Levando quase nada nas bagagens.
Eis por que vou falar de comandantes
Que se arriscaram por estas paragens

Trazendo o perfume - pois são flores -
E a delicadeza - são mulheres -
E um sonho intenso de revolução...

E então Melgaço, antes nunca vista,
Finalmente floresce e conquista
Seu lugar no mapa da Educação!

E é com a alma jubilosa, em prefácio,
Que homenageio cinco flores-divas,
Sem as quais não se explica Melgaço:

FLOR MORENA

Bela e cheirosa a buscar um jardim
Onde possa esparzir seu perfume
Chega à Melgaço - pacata e sem lume -
A Flor Morena de Marapanim...

Aqui, a sociedade de alheio costume,
Se mostra arredia a quem chega assim
De malas e cuias e afinca, por fim,
Seus pés na cidade causando ciúme...

Traz, porém, na bagagem algo novo:
A semente do sonho de leitura
Há anos acalentada pelo povo...

E essa flor que nasceu em Marudá
É, hoje, um ícone da nossa cultura -
Raimunda Wilma Corrêa Vilar!


FLOR DE ALFAZEMA

Feliz em poder respirar outros ares
Ser mote de versos pra um novo poema
Toda perfumosa a Flor de Alfazema
Chega à Melgaço vinda de Colares...

A mesma estranheza, os mesmos falares,
E o povo inteiro repete o dilema:
Quem chega assim só pode ter problema
E então é alvo de conversas e olhares.

Todavia, ela só veio pra somar
Concretizando o desejo, o ideal
Do povo que, enfim, pôde sonhar...

Qual o sangue que corre pela veia
Tua ajuda nos foi mais que essencial...
Graças, ó flor, Maria Dilma Corrêa!


FLOR DE GARDÉNIA

De Colares também veio outra flor
Pra juntar-se às que já estão aqui
E num só objetivo prosseguir:
Educar o povo com fé e amor.

Se o olhar primeiro da comunidade
É de receio ou de desconfiança
Não percamos, por isso, a esperança
De erguermos o pilar da liberdade.

E ela chega contente e bem faceira
E nos traz um conceito, na algibeira,
Que impede que o povo se abstenha

De pensar em sua própria trajetória.
E com ela aprendemos o que é História:
Rosiete Correa Siqueira, Flor de Gardênia!


FLOR DE ACÁCIA

Atravessando a área fronteiriça
Que separa Breves de Melgaço
Chega outra flor (entre riso e abraço)
E se entrega à difícil liça

De educar. (E é bom fazer justiça
Ao olhar do povo com embaraço
Que diz: Não vamos dividir o espaço
Que é nosso com gente não castiça...

Porque é um povo leigo) é preciso
Educar este povo com bom siso!...
... E fizeste a tarefa com eficácia!

Poucos se doam assim como te entregas
Jurema do Socorro Pacheco Viegas
Nossa inebriante Flor de Acácia!


FLOR-DE-LIS

De Igarapé-Açu sai Flor-de-Lis
Buscando algo novo, desconhecido,
Mas trazia, no coração, adormecido,
O desejo de viver muito feliz...

Não obstante o olhar desconfiado
Que lhe lançaram logo ao chegar
Ela mostrou que veio pra ficar
E neste solo deixou o seu legado

Em prol de uma rica aprendizagem
Que um dia nossa gente ideou
De cantar à Pátria Amada! Salve! Salve!

E, por isso, prestamos nossa homenagem
À flor última que em nosso jardim brotou
Maria de Fátima Rodrigues Alves!

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