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Mostrando postagens de junho, 2010

TERNA EVOCAÇÃO

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De Aquém-Túmulo te homenageamos Lembrando de teu gesto ressupino Todos nós os que hoje e sempre te amamos De todo o nosso coração, Venino! Colherias mais uma primavera — Não te houvesse roubado o olhar cordato A Morte, essa indesejável Megera — Hoje, sim! 30 de junho, Lobato! Não te olvidamos o teu jeito sábio De enfrentar serenamente o dia-a-dia… Trazias o gosto do existir no lábio E na alma um quê de ternura, Garcia! Mas foste embora assim tão de repente Mergulhando noss’alma em nostalgia Deixando em nosso coração carente Dores, Venino Lobato Garcia! Só a saudade é tamanha em noss’alma Que nos unge de uma viva esperança… E nos abranda o peito em doce calma Pois viverás sempre em nossa lembrança. Melgaço, 30 de junho de 2002. by Léo Frederico de Las Vegas

UM SONETO AO AMIRALDO

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Estamos gratos a Deus de coração Por esta manhã tão radiosa Em que Amiraldo Pereira de Souza Completa anos! Que grande satisfação É vê-lo sorridente, feliz; de bem com a vida! Comemorando juntamente com os seus… E tudo isto graças ao bom Deus Que reservou-nos esta data tão querida! Que continues sendo essa pessoa Meiga, carinhosa, gentil, alegre e boa... E que nosso exemplo sempre possas ser. São os votos de todos da tua família: Mãe, pai, irmãos, esposa, filhos, filhas… Amiraldo querido, parabéns pra você! by Léo Frederico de Las Vegas

FLORBELA ESPANCA E EU

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Flor bela espanca a mão que imprudente A quer colher do roseiral da vida (Irmã das nuvens, incompreendida!) Com um frágil espinho iridescente! Eu sou a mão que de modo inconseqüente Tenta colher-te, ó alma dolorida… Feres-me com doçura a alma perdida E essa dor vou gozando docemente! Como você eu também não tive norte, Cometi vida afora, desatino…                                                                     Restou-me tão-só o estertor da morte! Envelhecido sou uma carranca. Almas gêmeas, negou-nos o Destino O encontro surreal, Florbela Espanca! by Léo Frederico de Las Vegas

NA SOLIDÃO DA NOITE MORTA

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Na triste solidão da noite morta Na hora extrema em que os espectros Vagueiam tristes a tanger seus plectros Bem-Querer bateu à minha porta! Por que estava ali? Não me importa… Porém, seu rosto tinha o aspecto De quem da vida o fel sorveu e já provecto Procura Amor que em outro cais aporta!… Nada dissemos um ao outro. Nada Há que se diga numa hora dessas Senão chorar a má sorte desgraçada! E ocultaram Bem-Querer sombras espessas. E eu fiquei só a lamentar na Madrugada A ausência de Amor e suas promessas… by Léo Frederico de Las Vegas

VERSOS DE AMOR À BEIRA DA MORTE

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Ao pressentir que a hora extrema Para o seu marido chegava Uma senhora pensou num poema Onde todo o seu amor expressava Ao velhinho, paixão de sua vida. Eram versos de uma paixão verdadeira À moda ribeirinha, vivida, No dia-a-dia, com cenas corriqueiras. Na poesia, o verdadeiro sentido A senhora buscou, do amar... Convidou o seu esposo querido Para rimas e versos trocar. O senhor, arquejando, aquiesceu Ao pedido de sua bem-amada, A qual lhe disse: primeiro digo o meu; Depois você recita a sua quadra! E, assim, inspirada no amor, Que a vida inteira ao amado devotara A velhinha com cuidado suspirou Os seguintes versos, de forma bem clara: - Gilberto, meu cravo roxo, Gilberto, minha almofada, Quando eu não te vejo Eu não como, eu não bebo, Eu não faço nada! Emocionado com versos tão sentidos Que lhe compungiram o coração O velhinho disse: Teu poema é bonito... Lá vai o meu, velha!... (E mandou este refrão) - Lá vai o sol se pondo, Vermelho e quente; Cab

SONETO À LUA

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Ó lua, esse teu sorriso de neon Faz a minha pobre alma divagar… E te vejo aureolada de Drummond Sonos e sonhos ceifando devagar. Essa música que exalas, esse som, Esse gorjeio de amor me faz sonhar! Um arrepio me arrebata, um frisson… É a Mulher fatal que vem me amar! Uma Mulher que tem em seu colo a lua… Mulher do povo, simpática, seminua, Cujas curvas só eu posso percorrê-las… Uma Mulher que se desmancha em sorriso E que traz em seu ventre o Paraíso E que é nascida do orgasmo das estrelas! by Léo Frederico de Las Vegas

PELA ENÉSIMA VEZ...

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Pela enésima vez vou dizer que te adoro; Pela enésima vez vou dizer que te quero; Pela enésima vez vou cantar meu bolero; Pela enésima vez, meu amor, te imploro: Acredite em mim, nesse amor que é tão puro; Nessa louca paixão que por ti eu proclamo… Pela enésima vez, meu amor, eu te juro… Pela enésima vez vou dizer que te amo! Pela enésima vez esse meu grito mudo Vai dizer-te, amor, que te amo demais… Vai dizer-te, amor, que você é meu tudo! Que sem você não sou nada e talvez Já não seja de amar nenhum pouco capaz… E é por isso que eu te amo pela enésima vez! by Léo Frederico de Las Vegas

SONETO DO ETERNO AMOR

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Tenho um sentimento por anos alojado No quênion ao lado esquerdo do meu peito Que me ferve as veias e me deixa de um jeito Tonto de ternura e de paixão inebriado. É o sentimento de um amor perfeito No mais recôndito de meu coração guardado Que me deixa feliz, em transe, amalgamado À tua epiderme e ao teu gozo rarefeito! E por que és minha luz, meu céu, meu mar, Meu chão, minha única certeza absoluta E o ponto de equilíbrio do meu universo É que me ponho, quase sempre, a cantar As saudades desse infinito querer! – Escuta – Sempre te hei de amar inda que seja só em versos! by Pedro Paulo Barreto de Lima

SONETO DO ANOITECER

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Estou impregnado de uma doce calma! Banhado em ouro o sol vai descansar... Cai a noite. Uma paz me inunda a alma! E contemplo extático o majestoso luar! Que música suave a invadir meus tímpanos! É a magia do luar dilacerando corações... Sou um valente aventureiro que garimpa nos Vales da vida um mundo rico de emoções! A noite imensa me convida ao amor... A noite com seus mistérios e encantos, Põe comoção em minh’alma de poeta! Vozes noturnas a dizer-me quem eu sou: Sou aquele que se desmancha em prantos Ao saber-se a obra inacabada de um esteta! by Léo Frederico de Las Vegas

ALMA FERIDA

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Trevas se abatem sobre mim; Melancolia e tristeza me invadem; Meu coração derrama-se em pranto; Tenho medo de não agüentar… O tic-tac do relógio É devastadoramente pausado e monótono! Cada minuto nesse desespero É um século que não acaba mais. Estou com o peito ferido E o coração sangrando Meu verso tem sabor de morte!!! Desfiz uma ilusão Machuquei meu coração Mas escapei com vida! Resolvi destemidamente Assumir minha verdadeira identidade: Sou diferente! Mas ao fazer notória essa decisão Fui ferida mortalmente Por toda uma sociedade De valores decadentes… E eis-me aqui acabrunhada, Sorrindo minha tristeza Tendo que suportar o mundo E sufocar o meu gemido. Ah! Que vontade de dizer a todos: - Queridos, eu também sou vossa irmã! Discriminar alguém por causa da raça, sexo ou coisa afim... Tenho certeza é a coisa mais vã. Eu vim ao mundo com uma missão: As dores da humanidade minimizar. Não é a pólio quem vai me impedir, não! Devo o fraterno amor a

A LUA QUE NOS FAZ SONHAR

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Hão de chorar, quando chegar a noite, Sim, por ela, chorar todas as virgens! Porque o seu grande amor feito vertigem Crava em meu peito seu punhal e açoite! Ela então há de ouvir os meus anseios E as sinceras juras de amor eterno. E me fará dormir entre os seus seios Aquecendo-me durante todo o inverno! E no céu a lua antiga de alabastro Bendirá, venturosa, o nosso amor, Tornando-o o mais luminoso astro! Então, ébrios de luz, pela Via-Láctea, Ir-nos-emos espargindo o langor De nossa louca paixão intemerata! by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

A UM CORAÇÃO APAIXONADO

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Sei, numa terra mui distante, Muito, muito além do horizonte, Um coração bate por mim! Tiquetaqueia, ó coração amado, Pois o meu também está apaixonado Pela mulher que me fascina E com o seu olhar me ilumina E ainda é a dona de ti! by Léo Frederico de Las Vegas

ÊXTASE LUNAR

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Ó Marta! Marta das martas Marta dos meus sonhos E dos meus pesadelos também! De aurora a arrebol E de arrebol a aurora Decifro, impregnadas no ar As mais exóticas formas de amar! A silente quietude desta cidade E o esplendoroso pôr-do-sol Que dá um tom majestoso à paisagem Vêm falar da poética mensagem Provinda dos misteriosos encantos do luar E inunda a minh’alma de saudade! Que maravilha! O luar A embriagar o infinito E a abençoar O nosso amor Que é tão sincero E tão bonito! Que belo O reflexo da lua Nas límpidas e plácidas águas do Mar! Ah, como eu quero Afagar a face tua E te afogar no meu beijar!!! Quero gozar a liberdade Do gonçalvino sabiá Cuja feliz hilaridade É esse meigo amor cantar — Amor que é feito de saudade E enfeitiçado pelo luar! Que maravilha! O luar A embriagar o infinito E a abençoar O nosso amor Que é tão sincero Quanto bonito! Oh, que instante de paz e nostalgia! Sobe do mar uma impávida sereia E, levitando, bei

POEMA PARA UM CORPO ESCULTURAL

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O teu corpo tem inumeráveis encantos E com uma linguagem toda especial Convida-me ao amor… Como és bela, querida minha, Por tudo quanto me tens feito; Pela alegria que me tens proporcionado Por me fazer acreditar em mim mesmo. Por que há em ti, minha querida, Toda a plenitude dessa beleza A que os poetas chamam vida. E, à noite, quanto estou contigo, Um profundo amor parece emanar dele E então sou feliz Porque teu corpo É para mim A mais profunda poesia! by Léo Frederico de Las Vegas

ROMEU & JULIETA

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Não sou Nem pretendo ser o deus do meu destino Por isso me deixo ficar, abandonado, Ao sabor das gigantescas ondas Dos mares tumultuosos da paixão Que dilaceram as veias de minha impura poesia E reabrem as cicatrizes de um sentimento Que o tempo não conseguiu derrotar... Dizem os poetas todos (E aqui descubro que não sou poeta, Pois não o digo) Que o tempo é o senhor da vida E que tudo passa E que o seu passar é o remédio para todos os males. Entretanto, não obstante a passagem do tempo O meu amor continua aqui, comigo, Vivo, latejando em meu peito, Qual ferida, entreaberta, sufocando As rimas de um poema que não aconteceu. Triste história de amor Sem beijos, sem abraços, sem afagos! Ah, Amada de minh’alma, Minha inacessível Rapunzel, Cinderela a fugir de meu contato antes de findar-se o encanto, Bela Adormecida de meus sonhos esquecidos... Que dor no peito, que lágrimas, que solidão!!! Seria amor se não fosse loucura, se não fosse paixão!... Sei não, (se és

TRÁGICO AMOR

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Quanta lembrança!… Oh, amor não correspondido, Trágico amor… Amor que hei sofrido Com tanta desesperança… Com tanto dissabor… Minha vida é só melancolia, Meu coração está ferido; Sofro durante noite e dia Este amor não correspondido… Consola-te, meu pobre coração, Não tens direito de amar. É tua somente essa paixão, É somente teu esse pesar… Ó não fica assim, angustiado, Não mereces tal sofrimento… Pois sei que um dia em breve Sim, em breve hás de ser amado! E então terás contentamento. Então em êxtase deslumbrado Ouvirás a canção do vento Que há de encher de plena alegria Todos os teus vãos momentos Que agora são poesia E lírico vislumbramento! Sim, não são mais que nostalgia... Esse ardente sentimento… Oh, trágico amor! O amor não correspondido Com a mesma força de pensamento. by Léo Frederico de Las Vegas

NÃO DÁ PRA IMAGINAR

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Como posso, John Lennon, Não me preocupar com o amanhã Se o hoje só me traz incertezas E está tão longe Aldebarã?… Como posso imaginar Não haver paraíso Se para a vida embelezar Um pouco de sonho é preciso? Quando dizes que bom seria Se não houvesse inferno apenas céu Transborda em ti uma suave poesia E falas o vocabulário de Deus! Mas quanto ao hoje que queres Vivamos intensamente Descartando a possibilidade de um amanhã Sinto exalar de tuas entranhas um pessimismo agonizante Que não resiste a grandiosidade da vida! Como seria, me diz, John Lennon, Se não houvesse o cricrilar nos grilos, Se as estrelas não cintilassem No bojo negro do céu tranqüilo?! Como seria, John Lennon, Se é que o podes me dizer Uma tarde preguiçosa sem um vento ameno, Um poema sem motivo para acontecer?! O mundo seria, John Lennon, Um verdadeiro caos de melancolia Se não fora o lenitivo da Poesia! by Léo Frederico de Las Vegas