ALMA FERIDA



Trevas se abatem sobre mim;
Melancolia e tristeza me invadem;
Meu coração derrama-se em pranto;
Tenho medo de não agüentar…
O tic-tac do relógio
É devastadoramente pausado e monótono!
Cada minuto nesse desespero
É um século que não acaba mais.

Estou com o peito ferido
E o coração sangrando
Meu verso tem sabor de morte!!!

Desfiz uma ilusão
Machuquei meu coração
Mas escapei com vida!

Resolvi destemidamente
Assumir minha verdadeira identidade:
Sou diferente!

Mas ao fazer notória essa decisão
Fui ferida mortalmente
Por toda uma sociedade
De valores decadentes…

E eis-me aqui acabrunhada,
Sorrindo minha tristeza
Tendo que suportar o mundo
E sufocar o meu gemido.

Ah! Que vontade de dizer a todos:
- Queridos, eu também sou vossa irmã!
Discriminar alguém por causa da raça, sexo ou coisa afim...
Tenho certeza é a coisa mais vã.

Eu vim ao mundo com uma missão:
As dores da humanidade minimizar.
Não é a pólio quem vai me impedir, não!
Devo o fraterno amor a todos levar!

Sou olhada obliquamente;
Sou alvo de muito preconceito.
Mas tenho orgulho de ser diferente:
É um poema de amor o meu defeito…

Já está alegre o meu coração
Estou com forças pra prosseguir
Hei de levar da vida a água e o pão
Àqueles que estão a sucumbir!

Ó deixai-me solidariedar-me convosco pobres de espírito
Meu amor provém de Jesus Cristo!

by Léo Frederico de Las Vegas

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