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Mostrando postagens de outubro, 2010

PEDINDO PERDÃO

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Entre os tropeços da vida Achei-me em falta contigo… Quisera tanto suavizar tuas feridas E ser pelo menos teu amigo! Sei, te feri com mil espinhos... Sem dó nem compaixão… Longe estou do teu carinho, Sofrendo está meu coração! Essa cilada do destino Encruzilhou nossos caminhos E de estar ao teu lado me impede. Mereço toda essa tortura Mas por favor, não me angustura; Cuida do nosso amigo Teddy. by Léo Frederico de Las Vegas

LUA… LUA… LUAR!

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Tão vazio de mim mesmo (…) Esta lua me deixa comovido Com vontade de chorar… Saio para a rua Vou fazer serenata Para a minha Bem-Amada Que não quer voltar! Meu violão chora de tristeza; Meu coração suspira de desejo… Ah, quem me dera Tê-la nessa hora! Cobri-la-ia Com meus beijos!… Esta lua patética e solit(d)ária Me faz sonhar! by Léo Frederico de Las Vegas

SOLIDÃO

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Sofro por causa de um amor passado. Tem suas dores também a solidão. Ela faz um infeliz do feliz apaixonado; Ela também machuca o pobre coração. Sinto saudades nesta vil solidão Daquele amor que outrora foi só meu… Oh! Como corrói em mim essa paixão Que é mais intensa que a de Romeu… Se relembrar o passado é sofrer Sei jamais terá fim meu sofrimento Pois eu sempre hei de lembrar você! - Jamais sairás do meu pensamento. by Léo Frederico de Las Vegas

SONETO DE UM AMOR QUE NÃO TEM FIM

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Ainda estão em minhas mãos enruguecidas Os perfumes inebriantes que derramavas Em cada carta de amor que me mandavas Trazendo cores e primavera à minha vida! Ah, o tempo! "O tempo nunca passa!" - pensavas - "Pois nosso amor é grande e para muitas vidas!..." Entanto, ele passou e levou tudo de vencida, Mas não levou o amor que em nosso peito latejava! E esse amor incomum, atemporal, não geográfico, Antes do paleolítico, bem antes, paleográfico, Há de ir muito além do fim do fim das eras. E, quando, enfim, meu corpo inerte, alquebrado, Adentrar os jardins do Além, do Inexplicado, Vou te encontrar, Amor, sorrindo às primaveras!  by Pedro Paulo Barreto de Lima

SONETO DE NECESSIDADE

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"Por que escreves?" - perguntaram a Clarice. E ela olha o seu interlocutor sem mágoa E lhe devolve: "E tu, por que bebes água?" - Bebo porque tenho sede! - ele lhe disse! - Exatamente! - replica com meiguice - "Escrevo pra me manter viva!..." - Assim a frágua (Como o rio o é para o mar onde deságua) Queima a lenha que arde com ledice. Faço minhas as palavras de Lispector E apresento-vos aqui o meu prospecto: Nulla dies sine linea - nenhum só! - Que a poesia é alimento para a alma Traz quietude, bonança, paz e calma - Serei, portanto, da vida um cantor! by Léo Frederico de Las Vegas

SONETO À MATRIARCA DE MELGAÇO

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As coisas parecem envoltas num mormaço. Choram as nuvens uma escassa neblina. Até mesmo a brisa fagueira, matutina, Quase não chega, está morta de cansaço. Há, nas cores, um tom sutil de turmalina, E os ares quedam-se, foscos, num embaraço... Mas há festejos de alegria no cerúleo paço Anjos recebem, rostos alegres, uma menina Que a tantas vidas deu a vida! tão franzina Era, mas tão dona de um grande abraço, Grande parteira, de todas a mais sabina, Pois sempre viveu da vida no compasso Até ser chamada ao céu por mão divina: Falo de D. Bené, matriarca de Melgaço! by Jaime Adilton Marques de Araújo

DOCE LEMBRANÇA!

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Quem dera fosses Apenas uma doce, Uma doce lembrança Em minha vida!... Mas, és mais que isso, És ferida, Aberta, latejante, Cruciante, Tatuagem indelével Na minha alma... E, por isso, Sem sossego e sem calma Tenho medo De assustar Esse Amor que é inefável! by Adilton Marques

O SUAVE SOM DA TROANTE VOZ DE DEUS

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O suave som da troante voz de Deus Ressuscita a primavera em minha vida E traz alento para a alma ressequida Que O anela na terra árida dos filisteus! Volto agora, Senhor amado, pra os braços Teus Por que aqui a Tua voz se faz ouvida Noutro lugar fica a minh'alma iludida Mas em Tua casa ganho passagem para os Céus! Por isso venho, Senhor, agora, arrependido Dar-Te o meu ser; pois sei mui bem não tem sentido A existência de quem não sabe quem Tu és. Tu és, ó Deus, o Autor da vida, o Arquiteto! Por isso venho neste culto o meu afeto Te entregar e render-me, salvo, aos Teus pés! by Léo Frederico de Las Vegas

UM BRINDE AO AMOR

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Sou o arrepio libidinoso que arremete Sensuais sensações silvestres selvas Contra a tua epiderme!... E ao cio te entregas E me olhas, súplice, dizendo: - mete! Então rolamos noite à fora pelas relvas Tendo por cúmplice aquela estrela tiete Que risca o céu e se esvai em tom soviete Deixando um fogo que se derrama em tuas nádegas! A lua irrompe gélida e derrete-se de gozo Sentindo o arfar, de teus lábios, caloroso Ante o prenúncio de um múltiplo orgasmo! E eu te amo como nunca amei ainda. E é pouca a noite pra o nosso amor... e o dia brinda À nossa intensa paixão com grande espasmo! by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

PRIMEVOS SONHOS

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Com o que sonhava Adão antes da Queda? Com as delícias do fruto proibido ou com a cálida ardência da libido De sua querida e Bem-Amada Eva? Que pensava ele será da labareda Que de repente invadia sem sentido Aparente o corpo enlanguescido De sua amada a iluminar a treva? Sei que Adão não entendia menos Que eu dos beijos doces e morenos De sua querida - gotas de delícias - Por isso, em vindo lhe oferecer Eva do fruto, sei, com gran prazer Gozou Adão do amor suas primícias! by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

SONETO DA MANHÃ QUE VAI CHEGAR

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A João Cabral de Melo Neto Aos poucos a manhã se elabora; Um galo canta aqui, outro acolá, Mais além outro; e a sangüínea aurora Prenuncia que um novo dia vai raiar! Aos poucos um novo dia vai raiar Porque a tênue manhã se elabora Cantando um galo aqui, outro acolá, Outro mais, no seio rubro da rubra aurora. E a manhã somente luminosidade Vai se tecendo e é tamanha a claridade Que a um sonhar quimérico conduz… E adentrando a Catedral dos Sonhos Ela se junta a esses versos que componho Numa explosão de poesia e luz! by Léo Frederico de Las Vegas

NINANDO O AMOR

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Ei-las a dormir, as minhas Bem-Amadas! E a sonhar com um mundo puro de felicidade! Ei-las a banhar-se no pranto das alvoradas E a voar livres nas asas ritmadas da saudade! Ei-las tranqüilas, as faces tão rosadas! E em cada rosto o sulco da serenidade… Ei-las tão joviais nessa jovem madrugada Enternecidas de uma paz que as invade. E eis-me a velar-lhes o sono tranqüilo. Eis-me a escutar a querida voz dos grilos Enquanto Amor entra em meu peito e o avassá-la! Eis-me enfim de amor transfigurado. Eis-me só na madrugada acordado. E ei-las felizes a dormir. Por que acordá-las? by Jaime Adilton Marques de Araújo

PAIXÃO NA GAROA

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Foi naquela garoa que eu te conheci. Você abriu a porta do meu coração, Fez renascer em meu peito a paixão Que de repente tomou conta de mim. Foi naquela fina chuva de verão Que me apaixonei totalmente por ti Sob o som da melodia que dizia assim: “Você, Sereia, é a minha inspiração!” Você é meu tudo, meu Eterno Amor! És do meu lirial jardim, a linda flor. Sim, tu és a razão da minha vida! És também a meiga musa embevecida Que entrando de repente no meu ser Deu-me motivos pra sonhar e pra viver… by Léo Frederico de Las Vegas

ÊXTASE DE AMOR & PAIXÃO

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É noite. Estás sozinha… e nessa escuridão De pernas bem abertas me esperas Para um amor que te possua fêmea-vulcão E te leva a um mundo de delícias e quimeras! De pernas bem abertas me esperas Para um amor cheio de beijos e tesão Que em nossa cama todo o olor das primaveras Exale te inebriando de paixão! De pernas bem abertas, faces fulvas, Me ofereces de mãos beijadas tua vulva E então te sugo, pois é tamanha a saudade Do teu cheiro, do mel e sal de tua xoxota… E sugando-te chegas ao paraíso! Que mais importa Se não gozarmos intensamente de verdade? by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

SONETO DE DESASSOSSEGO

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Com espanto descubro que hoje é sábado E que a semana inteira a trabalhar Passei, na esperança de que chegasse sábado Pra que eu pudesse, enfim, te namorar. Mas já vai passando o meu sábado E eu ainda não pude te encontrar Nesta cidade que não descansa ao sábado E meu coração começa a palpitar. Amanhã!... Sim, amanhã será domingo, E, mais tranqüilo, então, buscar-te-ei... (Deixa-te, pois, coração, de choramingo!) Amanhã vou encontrar-te e então direi (No peito da paixão inda um respingo): - Pra ver teus olhos foi que te procurei! by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

A PLENITUDE DO AMOR

Em nosso leito de amor imaculado Estiras-te inexcedivelmente nua Para o desejo voraz do meu pecado Sob a cumplicidade argêntea da lua. Nossa cama, fonte de total prazer, É o labirinto do gozo que te espera… Onde estonteado de sede vou beber Em teus seios os teus gemidos de pantera. E dos seios parto para tua pele à míngua Exaurindo teu corpo envolto no amplexo Das rútilas paixões que causam espasmo… Despenujando-te o ventre com a língua Lambo-te as pétalas róseas do sexo E levo-te ao êxtase dos êxtases: o orgasmo! by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

SONETO DA VAIDADE

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SÉRIE: SETE PECADOS, SETE SONETOS! Dentre as minhas amigas sou a mais bela. Desde o meu nascimento fui narcisista. O meu espelho é minha arma de conquista. Veja! Sou a mais brilhante estrela! O bom gosto me atrai! Sou alquimista E torno belo o que tocar! À lapela Tenho sempre uma rosa e sou dela A mais bonita irmã a perder de vista! Sou poderosa, gostosa, arrasadora e chique Presença certa e marcante em toda Fashion Week! Simplesmente sou perfeita de verdade! Linda e bela, sou a pessoa mais desejável! Sim, aos meus pés tudo o mais é imprestável... Beije-me as mãos!... Sou a Vaidade! by Manoel da Silva Botelho

SONETO DA INVEJA

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SÉRIE: SETE PECADOS, SETE SONETOS! Deixe que me apresente: eu sou rainha Que nasci para beber da alheia glória. Se tua vida for de boa trajetória - Sabe que os deuses a quiseram minha! Por isso, assina logo essa promissória, Pois tudo o que é teu é meu! Convinha Que assim fosse! E não muda a ladainha... Não tens, portanto, outra escapatória! Dá-me, agora, pois, toda a tua herança: Essa vida feliz, essa bem-aventurança, E que digam os deuses: assim seja! Deixa-te agora de lamúria, amigo, Se a vida é boa pra mim e ruim contigo... Quero tão-só o que é teu! Sou a Inveja! by Manoel da Silva Botelho

SONETO DA IRA

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SÉRIE: SETE PECADOS, SETE SONETOS! Contrariado, estressado, bravo, nervoso Esse é o meu estado de espírito natural. E se o calo me pisarem - não faz mal - Retribuo na mesma moeda, sou perigoso! Sou amigo das discussões, litigioso. E, se acaso, me vires calmo, não é normal; Pois, ser ranzinza é meu jeito habitual. Ó não me queiras ver num dia furioso! Assim sou eu! E se me contrariares Arremesso-te, certeiro, pelos ares, Dou-te um sopapo que maior ninguém desfira! E não me digas que zangado eu estou Porque te pego e te bato... Ora, Senhor!... Não acreditas? Brinca comigo! Sou a Ira! by Manoel da Silva Botelho

SONETO DA PREGUIÇA

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SÉRIE: SETE PECADOS, SETE SONETOS! Não me macem, por favor, não me acordem! Preciso um pouco mais de tempo pra dormir... Ou não sabem que o por fazer e o por vir são dos humanos afazeres?! A mim não podem Obrigar a nada, nem impor ou coagir Dizendo: "Isso aqui é uma ordem, Vá trabalhar, senão essa desordem Te empobrece e algo tens que possuir!" Não aceito ordens tais e te aviso: Fazer nada é a lei! Eu não preciso Esforçar-me pra ter posses! Não me atiça Desejo algum de humano reconhecimento! O que possuo já me basta para o sustento. Vou dormir um pouco mais! Sou a Preguiça! by Manoel da Silva Botelho