sexta-feira, 22 de outubro de 2010

SONETO DE UM AMOR QUE NÃO TEM FIM



Ainda estão em minhas mãos enruguecidas
Os perfumes inebriantes que derramavas
Em cada carta de amor que me mandavas
Trazendo cores e primavera à minha vida!

Ah, o tempo! "O tempo nunca passa!" - pensavas -
"Pois nosso amor é grande e para muitas vidas!..."
Entanto, ele passou e levou tudo de vencida,
Mas não levou o amor que em nosso peito latejava!

E esse amor incomum, atemporal, não geográfico,
Antes do paleolítico, bem antes, paleográfico,
Há de ir muito além do fim do fim das eras.

E, quando, enfim, meu corpo inerte, alquebrado,
Adentrar os jardins do Além, do Inexplicado,
Vou te encontrar, Amor, sorrindo às primaveras!

 by Pedro Paulo Barreto de Lima

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