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Mostrando postagens de julho, 2012

DELÍRIOS D'ALMA

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À noite abro as janelas Da alma Para o murmúrio da fonte Para o cintilar das estrelas Para a balbúrdia dos insetos Noturnos Que tecem no ventre da Noite O afã de um novo dia. Sou feliz quando anoitece! Fico a ouvir as estrelas E tecer serenatas E na contramão dos grilos e sapos Torço pra que não amanheça Porque sofro Todo dia A desventura de olhar Pela janela E ter lembranças Dolorosas Dos "erros" que cometi E ter saudade pungente De não me negar Em essência O direito constitucional Humano De ser quem sou! by Gumercindo Dantas

ALMA E CORPO

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Tenho a alma presa E o corpo mutilado Já não sei sentir o que sentia... Só me resta exorcizar O medo Dos tristes versos Desta lóbrega poesia! by Gumercindo Dantas

O ETERNO (RE)FLUIR DA VIDA...

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de instante em instante e lá se foi a vida escorrendo entre os dedos qual filete d'água ampulheta quase vazia da areia do tempo que passou veloz no teatro da vida mal percebemos o momento de entrar em cena de brilhar cumprir nosso papel incorporar o personagem e já é hora de demarcar a deixa de deixar outro ator atordoado no afã de cumprir a sua sina! e no fim a vida sempre passa e se renova sorriso após sorriso! by Gumercindo Dantas

ALMA IMPENETRÁVAL

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Ao Itamar de Vasconcelos Ribeiro Jr. O território palmilhas da tristeza E da dor de pertencer à natureza Das coisas como exatamente são. Tens chagado e dormente o coração E não podes nem mesmo respirar Na garganta o nó, a falta de ar E mais um dia pra cumprir sem novidade (Onde escondeu-se essa tal felicidade?) E cantas - em alto som - o desespero De gozar o momento em exaspero À fluidez do tempo implacável Não te sentes amante nem amável E tens a alma e o cuore putrefato E pensamentos suicidas: isto é fato! Mas inda tens um verso alvissareiro E o desejo de estar errado, verdadeiro, Que te faria, feliz, enfim, ganhar... Então cantes ao mundo teus dilemas Em versos livres, em trovas, em poemas Porque a vida, irmão poeta, é cantar! by Olímpio José de Araújo

O CANTO DA CIGARRA

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A cigarra, Não obstante A iminência De sua morte Canta Porque o verão Anuncia-se, faceiro! by Olímpio José de Araújo

SONETO DE LIBIDO E SONHO

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Preciso me despir dessa quimera Desse olhar o luar qual moribundo Lobo solitário a vagar no mundo Prestes a cair na garra da pantera Que espreita, soturna e dócil, à espera, Sua vítima com desejo vil, profundo, De abatê-la no charco azul, fecundo, De fantasia de outono e primavera! Preciso, pois, despetalar minh'alma E oferecer às rosas o perfume Inebriante que possa exalar! Preciso me entregar (ternura e calma) À pantera que me beija sem ciúme Cuja fome em meus lábios vem matar!

CASARÃO ABANDONADO

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A Docival de Souza Gomes Que guardava o Casarão Abandonado Que nos legaste (ainda que incompleto?) Que mistérios no seu interior?!... Repleto Talvez apenas do olhar assustado Do homenzinho de cinco anos!?... (Completo Retrato do que já fui no passado!) Mas deixaste teu conto inacabado E o meninozinho a sumir discreto No sombrio corredor onde parlendas Povoassem cada cômodo de lendas Vividas por longinquos ancentrais! E o que mais aconteceu não é sabido Porque te foste tão desenibido O cachimbo eternal fumar da paz!! by Jaime Adilton Marques de Araújo

PERFUME DE CALÍOPE

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fios de seda tecem a vida cujo olho perscruta as distâncias e fragrâncias que preenchem o curto espaço da existência flores volatizam deixando o ar perfumado de poesia! by Olímpio José de Araújo

NO SILÊNCIO QUE ME TRAZ VOCÊ

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Neste momento de mortal silêncio Estou pensando em você. Você é a razão da minha vida! Não posso negar que outros lábios beijei Que por diferentes caminhos trafeguei Nem negar que foi somente a você Que eu mais amei. Não mais te amo! Sim, não mais te amo Como nos primeiros dias Quando tudo me parecia Uma doce ilusão! Mas te amo! Amo-te tão complexamente Agora, porque de alma e coração... Neste momento de mortal silêncio Estou tão só Tentando matar a saudade Que aos poucos me mata... Penso em teus lábios, Nas tuas carícias, Cerro os olhos E deixo-me envolver Por essa doce magia de amar. Daqui a pouco a virá a noite E então Estarei em teus braços frágeis E meu coração sorrirá feliz! by Léo Frederico de Las Vegas

NA LÁPIDE DE UM DESAFETO...

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Vontade de escrever em tua lápide: "Aqui jaz quem na vida me humilhou; Quem na vida me o seu amor negou; Quem me feriu o coração qual bruta áspide! by Manoel da Silva botelho

LUA NOVA: UM DOCE AFAGO PARA O CORAÇÃO

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  Caminhando pelo céu diurnamente A lua nova bem próxima do sol Vem mostrar seu sorriso resplendente Na magia desse lânguido arrebol... Seu fino halo prateado está no rol Das mais raras belezas - simplesmente! - E, se lhe junta a voz de um rouxinol A poesia se faz iridescente De terna paz enchendo a natureza. Então, o poeta embebido de ternura - Nos olhos uma névoa de beleza - Sai cantarolando uma canção Que lhe transborda a alma de doçura Num doce afago para o coração!

AURORA DA VIDA

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A juventude é a Aurora da Vida!... Ser jovem é não sentir dor nem cansaço É viver intensamente uma paixão; É desejar viver entre beijos e abraços Com a pessoa amada, guardando-a no coração. Ser jovem é seguir os bem-aventurados passos Daqueles que nos deixaram um bom legado, É caminhar sublimemente pelo etéreo espaço Em busca de prazeres nunca dantes imaginados! A juventude é a Aurora da Vida!... Quando se é jovem a vida parece bela E os dias sempre são dias floridos; Sim! No aurorescer da vida a primavera Tem seus momentos multicoloridos! A idade juvenil é uma estrela Supernova que entra em explosão E através de múltiplas centelhas Espalha luz e vida pela etérea amplidão... A juventude é a Aurora da Vida!... É na idade primaveril que se conhece O homem do futuro! O verdadeiro poeta! Pois o jovem do presente rubusto cresce E, na maturidade, tem sua vida completa. Quando isto verdadeiramente acontece Se vê que os ensinos aprendidos na juventude São se

SENTIMENTOS

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Todo ser humano tem sentimentos. Sejam estes maus Como o ódio, o rancor, a amargura Ou sejam benévolos, sublimes, Como a amizade, o afeto, o amor... Os sentimentos Têm sua importância Conforme o uso que deles O homem venha a fazer, Pois se usares Os teus sentimentos na prática do Bem Receberás em troca, em retribuição Tudo quanto tiveres feito: Serás amadado e querido por muitos. No entanto, se cultivares sentimentos malévolos E se malevolamente os empregares Odiando, guardando mágoas no coração, Na certa, alguém te há de odiar Com rancores Pois o mal atrai o mal!... Se te deixares vencer pelos maus sentimentos A amargura será tua eterna companheira Fazendo morada em teu coração E o tédio, o desespero, o desengano E a desventura jamais te abandonarão... Não, amigo! Não incorras no erro De guardar rancor em teu coração, Pois o ódio mata, O rancor é veneno letal... Retira, pois, as mágoas de teu coração, Para que vivas tranquilamente. (Para sere

VITÓRIA-RÉGIA

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no banzeiro sonolento das marés meu coração se liquefez em mágoas e ao olhar o reflexo de jaci no espelho d'água não resisti e me tornei inexoravelmente esta impoluta flor noturna! by Olímpio José de Araújo

EMBEVECIMENTO

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Foi numa esplendorosa viagem Que eu te conheci, minha querida! Foste a razão maior da minha vida E a minha alucinante miragem. Beijava-me, lentamente, a aragem, Quando perante mim, você, despida E envolta na imaginária plumagem Do meu grande amor, alma garrida, A mim se entregava totalmente!... E fizemos amor tão de repente Sentindo o prazer delicioso Das carícias, dos abraços, dos beijos Que matando todos os meus desejos Me fizeram sonhar um pleno gozo!... by Léo Frederico de Las Vegas

SONETO DA FANTÁSTICA DESCOBERTA

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Ah, poeta!... Morres em ficar calado Embora teimes em manter-te vivo A sentir o fel no gogó entalado Da agonia de teu verso compulsivo! Ah, poeta!... É tortuoso o teu traçado! E teu olhar surreal, contemplativo, Não esconde o segredo mascarado De fazer-te da infâmia um adesivo! Manchas com a cal de tuas vastas lágrimas O branco do papel que é teu sonho A fabricar teu mísero milagre! Mas Isso não é tudo. Erras travestido Pelos palcos teu teatro vil, medonho... E descobres que é bom não ter morrido! by Pedro Paulo Barreto de Lima

LUA DESMILINGUIDA

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E a lua, vai, então, bem devagar, Desmilinguindo-se - enevoada - Prateando de ternura Minha vida amargurada E dura! by Jayme Lorenzini García

LABIRINTO & LABORATÓRIO

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ao Zack Dormes sozinho nas noites sem lua E dedicas teu "Monólogo " à vida "Por Trás das Portas" , vês sendo rompida A inocência esvair-se pela rua! (Chegando à "Última Estação" florida, O "Poema Amargo" um gosto azul tressua; E "O Navegante" leva na charrua A moça de olhos secos falecida! Não há sonhos do "Caos" no exórdio E a flor de "Agosto" - flor-de-castidade - Brota exangue sua doce perspicácia!) No "Rio das Dores" descobres teu encórdio, Te deixas ocultar na "Identidade" Mas te revelas no "Livro de Acácia" ! Yara Cínthya Marcondes da Silveira

NOTURNO MELGACENSE

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Há uma poesia que nenhuma rima escreve. No entanto, eu sinto-a, cá fora, Impregnada nas coisas, no ar, Nas poças d´água, no vento frio Que se esbate em meu rosto Na conversa das meninas Que comentam no banco da Praça da Matriz A mais recente Atualização de status No Facebook! É uma poesia que se não pode Apreender na rigidez métrica de um soneto Na graciosidade de um haicai Ou mesmo na exuberância De um canto real Ela cabe num martelo agalopado E mesmo num rubai Mas esquiva-se, faceira, E sai saltitando nessa canção Livre, em livres versos! by Olímpio José de Araújo

AO POVO A DECISÃO!

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Darão ibope ao Boto Tucuxi Os Sombras que pelas sombras estão!?... Por que há tanta baixaria aqui e ali Nesse período singular de eleição? Quem vota é o povo! É o cidadão De bem que escolhe o seu líder! Daí Que o voto é arma, poder de decisão... ...E não boatos que se espalham por aí! Quem hoje é um poço de honestidade Há de amanhã se lambuzar na lama Das falcatruas e conchavos mórbidos... Deixem ao povo, pois, a liberdade De votar em quem quiser sem drama... Então nos poupem dos detalhes sórdidos! by Jayme Lorenzini Garcia

ALÉM DO VÉU DA VIDA

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Não cabe no soneto essa amargura Não cabe no rondel essa tristeza Talvez coubesse um pouco de ternura Talvez coubesse um ramo de beleza! Não cabe na balada a pedra dura Não cabe no gazal essa aspereza Talvez coubesse um pouco de brandura Talvez coubesse um galho de fraqueza! Olhar o horizonte e inundar-se Dos mistérios ocultos no abismo Da alma conturbada a charfurdar-se! Esquecer esse inverso narcisismo Liberdade do poema na catarse Eis o que sonho... e quero... e cismo!...

UM MÁGICO LUAR

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  Luar de julho Me enteneces a alma! (Não há nada mais gostoso Que as mágicas carícias do luar!...) Ó lua benfazeja Enterneces-me a alma E inundas meu coração Do teu triste afeto; Tua pálida e adocicada luz Vem fazer companhia À minha sombra solitária E minha solidão Esvai-se em ternura Nesse mágico encontro! Vem, ó senhora da noite, E põe em meus lábios A palavra-mistério Que fará a minha Bem-Amada Inebriar-se de paixão! by Léo Frederico de Las Vegas