DELÍRIOS D'ALMA
À noite abro as janelas Da alma Para o murmúrio da fonte Para o cintilar das estrelas Para a balbúrdia dos insetos Noturnos Que tecem no ventre da Noite O afã de um novo dia. Sou feliz quando anoitece! Fico a ouvir as estrelas E tecer serenatas E na contramão dos grilos e sapos Torço pra que não amanheça Porque sofro Todo dia A desventura de olhar Pela janela E ter lembranças Dolorosas Dos "erros" que cometi E ter saudade pungente De não me negar Em essência O direito constitucional Humano De ser quem sou! by Gumercindo Dantas