domingo, 8 de julho de 2012

NOTURNO MELGACENSE




Há uma poesia que nenhuma rima escreve.
No entanto, eu sinto-a, cá fora,
Impregnada nas coisas, no ar,
Nas poças d´água, no vento frio
Que se esbate em meu rosto
Na conversa das meninas
Que comentam no banco da Praça da Matriz
A mais recente
Atualização de status
No Facebook!
É uma poesia que se não pode
Apreender na rigidez métrica de um soneto
Na graciosidade de um haicai
Ou mesmo na exuberância
De um canto real
Ela cabe num martelo agalopado
E mesmo num rubai
Mas esquiva-se, faceira,
E sai saltitando nessa canção
Livre, em livres versos!

by Olímpio José de Araújo

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