Não cabe no soneto essa amargura
Não cabe no rondel essa tristeza
Talvez coubesse um pouco de ternura
Talvez coubesse um ramo de beleza!
Não cabe na balada a pedra dura
Não cabe no gazal essa aspereza
Talvez coubesse um pouco de brandura
Talvez coubesse um galho de fraqueza!
Olhar o horizonte e inundar-se
Dos mistérios ocultos no abismo
Da alma conturbada a charfurdar-se!
Esquecer esse inverso narcisismo
Liberdade do poema na catarse
Eis o que sonho... e quero... e cismo!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário