quinta-feira, 10 de junho de 2010

ROMEU & JULIETA


Não sou
Nem pretendo ser o deus do meu destino
Por isso me deixo ficar, abandonado,
Ao sabor das gigantescas ondas
Dos mares tumultuosos da paixão
Que dilaceram as veias de minha impura poesia
E reabrem as cicatrizes de um sentimento
Que o tempo não conseguiu derrotar...
Dizem os poetas todos
(E aqui descubro que não sou poeta,
Pois não o digo)
Que o tempo é o senhor da vida
E que tudo passa
E que o seu passar é o remédio para todos os males.
Entretanto, não obstante a passagem do tempo
O meu amor continua aqui, comigo,
Vivo, latejando em meu peito,
Qual ferida, entreaberta, sufocando
As rimas de um poema que não aconteceu.
Triste história de amor
Sem beijos, sem abraços, sem afagos!
Ah, Amada de minh’alma,
Minha inacessível Rapunzel,
Cinderela a fugir de meu contato antes de findar-se o encanto,
Bela Adormecida de meus sonhos esquecidos...
Que dor no peito, que lágrimas, que solidão!!!
Seria amor se não fosse loucura, se não fosse paixão!...
Sei não, (se és primavera, verão, outono, inverno...)
Mas desconfio que estamos reeditando
Romeu & Julieta dos tempos modernos!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

Nenhum comentário:

Campeão de Acessos

DESILUSÃO...

De tanto te amar De tanto sonhar Que seria feliz Foi que eu me acabei Meu sonho quebrei E hoje sou infeliz… Por te amar tinha me...