SONETO DE TERNURA COM AROMA DE MULHER





Roubei às flores campestres sua fragrância verdadeira
E o seu mais puro aroma e seus sonhos e quimeras
Para trazê-los aos teus pés, Cileny Barroso Pereira,
No dia em que tu colhes as tuas quinze primaveras…

Procurei, durante anos, pelos tempos, pelas eras
A imagem que traduzisse e apresentasse prazenteira
Tua doçura de menina (ou tuas garras de pantera)
E a encontrei em tua alma da poesia prisioneira!

Ontem, simples garota, de alma lépida, provinciana!
Hoje, mulher faceira, intrépida, palaciana!
Que saudade de havê-la embalado na canção!

Que vontade de, em meu colo tê-la ninado, criança…
Mas são sonhos, devaneios, delírios!... Mera esquivança
De alguém que foi somente teu pai de alma e coração!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

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