É na ilusão da improdutividade
Que produzo as canções de amor e lua
Falando dessa dor que me invade
O peito que sangrando continua!
Chego a fingir que é pura verdade
Essa ausência que se não extenua
E me embriago de tristeza e saudade
Rimas esparsas jogando pela rua...
Oh, ócio que penetra minhas veias
Para só parasitar a minha alma,
Essa aranha temível e sem teias!
Quis um poema de amor, caluda!...
E eis aqui (calma meu estro, calma)
Só me saiu essa canção insossa e muda!
by Manoel da Silva Botelho
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