domingo, 23 de outubro de 2011

DE EVA A BEATRIZ SOU MULHER, SOU FELIZ!

    
Paráfrase de um anônimo

No começo das eras eu fui Eva
Esculpida para o deleite de Adão...
Entretanto, meu paraíso tornou-se treva
Porque um dia ousei libertação!

Tempos depois eu fui Maria, a Serva,
A Mãe de Quem traria a salvação.
No entanto - meu estigma se conserva -
Não pude conquistar o meu perdão.

Fui também Joana D'arc, Ângela, Amélia...
E tantas outras mais... E já cansada de sofrer
Por meus ideais eu fui Cordélia!

Hoje sou Ana, sou Dilma! atuo onde quiser...
De Calcutá sou Tereza e sou a Dama das Camélias:
Mas... desde o princípio eu sempre fui Mulher!

by Yara Cínthya Marcondes da Silveira

sábado, 22 de outubro de 2011

EM MEU BRAÇOS...



Em meus braços eu a tive, pequenina,
Inebriada, cega, tonta de paixão
E sob a luz desse olhar que me fascina
Confiei-lhe a chave do meu coração!

by Olímpio José de Araújo

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

FLORESCENDO ÀS MARGENS DOS MARAJÓS



Melgaço, amiga, minha grande pequena notável,
Tu és mais que um sonho de uma noite de verão;
És um misto de ternuras, carícias, amável!

Ah! Quem me dera beijar-te os lábios,
Sem ressábios,
Entreabertos com sofreguidão!

Melgaço, indelevelmente amiga,
Tu és mais que a Turquesa do Pará,
Mais que o Refúgio dos Pássaros
Mais que o Ponto em Seguida da Beleza,
És com certeza
De meu carinho, mendiga,
E o meu céu, e o meu tártaro,
E a mais fulgente estrela que já vi brilhar!

Sim, tu és mais que um sonho de verão,
És ternura íntima, doçura íntima
E íntimo transbordamento de carícias!
E ainda que ínfima,
És sempre delícia!

És um misto de volúpia, desejo e tesão!
Quem me dera beijar-te os olhos
E acariciar-te os cabelos
Entre minhas mãos impuras, maculadas, feridas
De teu solo entreaberto ao gozo dos poetas!

Que vontade louca de ninar-te ao som
De um doce acalanto!

Inebriado de teu mel sagrado
Meu coração bate por ti
Em algum lugar, movido
A toda paixão
Meu coração em ritmo altivo
De cadências bíblicas
Bate, descompassadamente, por ti!
Porque és feita de luz, de sol, de mar, de amor!

Tua estonteante candura me extasia
E o teu mel transborda nestes versos que componho...

Tu és pequenina, é verdade,
Mas, és meu orgulho e minha alegria
E eu te amo muito além do prazer,
E muito além do sonho!

Foi preciso que um filho teu querido
Deixasse tuas paisagens e se privasse do teu céu
Para reconstituir-te em sonhos repartidos
Prenhes de tua doçura, de teu mel...
Foi preciso que assim nos sentíssimos sós
Para te vermos florescendo
Paulatinamente
Às margens dos marajós!

Ah, quem me dera, sereia morena,
Ao som do mais doce acalanto
Dar-te a conhecer ao mundo, pequena,
Na cadência impossível desse canto!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

SE NO MUNDO NÃO FOSSE VOCÊ...



Dizer que o dia amanheceu em festa
E que as nuvens brejeiras estão;
Que os pássaros por toda a floresta
Entoam sua mais linda canção;

Que a vida é a melhor dádiva
Que recebemos de Deus tão-somente
E que é bela uma donzela grávida
Pela vida que traz em semente;

Que os murmúrios do mar são os versos
De um louco poeta cujo universo
A mais linda poesia pudesse conter...

Causaria a mim muita pena
Toda essa beleza, morena,
Se no mundo não fora você!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

QUIETUDE




Pode a noite, sombria, encapelar-se,
E em ondas destroçar minha alegria.
Sorridente seguirei! Ela não pode
Impedir o raiar de um novo dia!

by Jayme Lorenzini García

terça-feira, 18 de outubro de 2011

PEDE-ME... E DAR-TE-EI O PARAÍSO!


É só pedir-me! Estou aqui para levar-te
Por entre a brisa das manhãs serenas;
Por entre lírios e rosas e açucenas,
Enfim, te levarei por toda a parte!

Se me pedires dar-te-ei luas de Marte:
Deimos e Fobos - pânico e medo apenas
De que fujas em busca das obscenas
Carícias de algum Pedro Malazarte!-

É só pedir-me! E dar-te-ei o mundo
E ao verde esmeraldino de teu riso
A certeza de meu amor profundo!

Dar-te-ei, meu bem, o que te for preciso
E de te amar não deixarei um só segundo...
É só pedir-me... E dar-te-ei o Paraíso!

domingo, 16 de outubro de 2011

AO POETA QUE EU VI CHORAR


Eu o vi chorando hoje, simplesmente.
Lágrimas cálidas a escorrer da face
Como se um grande pesar o torturasse;
O fato é que chorou, ver-da-dei-ra-men-te!

- Que está acontecendo? Por que desenlace
Estás passando? Deixa eu ser teu confidente! -
Mas ele a sorrir e com um ar contente
Enxuga o rosto e dissolve-se o impasse!

Depois me diz assim: É a presença dela!
Sinto-lhe o cheio pútrido no nariz
A roubar de meu olhar a aquarela

Que a vida me pintou de azul e gris...
Sim, é a Indesejada, é a Cadela,
Que me ronda toda vez que estou feliz!

by Léo Frederico de Las Vegas

sábado, 15 de outubro de 2011

SONETO DE FELICIDADE E DOR




Minha poesia, veloz, corre o mundo:
Albatroz sobrevoando os oceanos
Ou carcará ceifando os desenganos
Exalados do peito rubicundo!...

Corre veloz tal qual correm os anos
Esparzindo nos seres o profundo
Desejo de existir e o fecundo
Mistério da beleza e seus arcanos!

Quando penso que alguém está sorrindo
Ao ler os versos que escrevi chorando
Sinto-me, pois, da dor recompensado.

Voa, albatroz, e leva ao mundo infindo
O que andou meu peito soluçando:
A grande dor de amar sem ser amado!

by Manoel da Silva Botelho

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

LOBO SOLITÁRIO


Como um lobo solitário
Um cão uivando ao luar
Caminho absorto pela cidade
Em busca de um amor para amar!...

Em meio a essa solidão noturna
Fico sonhando o teu perfil:
Mais branca que a branca lua
Singela flor de fino hastil!

Como eu te amo, ó misteriosa
Indecifrável e encantadora mulher,
Ser escultural, Madonna graciosa!

Como é bela essa ilusão
Que anula minha vasta solidão
E me traz um sonho de Mulher!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SONETO DO TALVEZ POSSÍVEL...


Talvez a infância me devolvesse a vida
E suas peripécias fantásticas, e um sonho
De viver intensamente o que componho
De construir-te um mundo próprio, Margarida!

Talvez não fosse meu ser assim tristonho
E minha face não fosse assim tão abatida;
Talvez na alma não houvesse essa ferida
Entreaberta com um aspecto medonho.

Talvez a morte não me habitasse as veias,
Talvez da aranha não me envolvessem as teias,
Talvez meu ser não fosse apenas destruição...

Se tão-só com o teu brilho iridescente
Fosses a minha Amada, lúcida e resplendente,
E me entregasses a chave do teu coração!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

GARDÊNIA


Voltaram primaveras ao meu coração
Violando o silêncio da ausência
Do amor que despertou com inocência
Cantarolando as notas da canção

Que exala teu perfume, tua essência,
Teu cheiro bom de jasmim em floração
Ó flor tão forte que a chuvosa estação
Por não vencer-te te rende obediência!

Tão linda, de flores brancas e perfumadas,
Venho trazer-te a minha vida inebriada,
Inda que a morte me ronde com suas nênias

Sou o ser mais feliz da natureza
Pois pela vida levarei esta certeza:
Só tu exalas o perfume das gardênias!

by Itamar de Vasconcelos R. Jr & Jayme Lorenzini García

terça-feira, 11 de outubro de 2011

SONETO DE AMOR E LUA CHEIA




Fica comigo, amor, que a lua cheia
Saiu à rua, à espreita, a molestar-me;
Com sua brancura e esbanjando charme
Não vês que ela me envolve e me enleia?!

Fica comigo, amor, já se incendeia
Da paixão o fogo que quer devorar-me;
Traz-me a brancura de teu corpo e o carme
De teus mamilos febris pra minha ceia!

Fica comigo, amor, pois és mais bela
Que a mais bela das belas mulheres
Que já passaram pela minha vida!

Fica comigo nessa doce aquarela
Pois entre todas que amei (é bom saberes)
Foste a única que eu chamei: Querida!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PERIGO E DESEJO


Em fúria destilando sua libido
Ela sai da caverna rumo à caça
Espalhando tesão por onde passa
Clandestina, exalando seu gemido

Qual vinho que transborda pela taça
Sua volúpia e o desejo escondido
De trazer aos seus pés bem seduzido
O coração de quem feriu - desgraça!

E ela segue assim - subversiva -
Arrastando, poderosa, após si
Multidões de coitados, com presteza!

E com a sua beleza rediviva
Hípnotiza-me, enleia-me - ai de mim! -
Que sou o lauto jantar dessa tigresa!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

DEMOCRACIA*

Com base no poema DEMO X CRACIA de Carlos Paiva, poeta itaitubense
Conceito sublime dos gregos
- O povo assumindo o poder -
No entanto, quantos pelegos
Não fazem o povo sofrer!

Filhos de um mesmo ventre.
Entretanto, todo dia
Assistimos à briga entre
DEMO versus CRACIA!

Vemos o DEMO nas filas,
No ônibus, na feira, no lixo...
Arquejando nos becos, nas vilas,
Comendo detritos qual bicho!

O DEMO está doente, faminto,
Aos trapos, desamparado...
Mal pago, cansado, ao relento
E na mais das vezes, desempregado!

Vemos o DEMO sob o céu,
Debaixo do sol e da ponte
Abandonado sem nada, ao léu
A viver do suor de sua fronte!

Mas a CRACIA está em Brasília,
Nas capitais, nos municípios
Vivendo às mil maravilhas,
Sem escrúpulos nem princípios!

Mas a CRACIA está saudável
Alimentada, bem disposta, protegida...
Decidindo a vida miserável
Do DEMO que não tem fé na vida!

Mas a CRACIA está na sombra, no tudo,
Nos edifícios pairando ao ar
Vai muito bem, graças ao criado-mudo
Do DEMO que se deixa explorar!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

À MARGEM DOS MARAJÓS


A Agenor Sarraf Pacheco

À margem dos Marajós, esquecida,
Sob o canto dos pássaros em festa,
Surges, semente em botão, para a vida...
Surges, Melgaço, cidade-floresta!

Poeta menor que sou só me resta
Através de lembranças revividas
Em cada lágrima que brota, honesta,
Apontar teus encantos, querida!

Relembrando teu passado remoto
Nas páginas de um livro ignoto
De um filho teu que, por muito te amar,

Sofreu, por um tempo, a tua ausência,
É que posso em sã consciência
Perante o mundo, enfim, te exaltar!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

¿QUÉ HAGO YO?


¿Qué hago yo 
De mis sueños 
Qué hago yo? 
 
¿Qué hago yo   
De tus ternuras   
Que nunca tuvo? 
 
¿Qué hago yo   
De este dolor   
Que me sofoca? 
 
¿Qué hago yo? 
¿Qué hago yo? 
¿Qué hago yo?

by Pedro Paulo Barreto de Lima

terça-feira, 4 de outubro de 2011

SONETO DE AMOR E LUA CRESCENTE


Sou o homem mais feliz dessa terra
Quando eu te desnudo em meus braços
E me enroscas em teus longos abraços
Querendo paz e dizendo não à guerra

Que porventura de dia foi travada
Entre nós, mas que ao cair da noite
Recebeu de tua boca nacarada
De mel o golpe fatal do açoite!

E eu, correspondendo aos teus anseios,
Acaricio os pomos de teus seios
Vendo a lua crescer em teu olhar

De gata selvagem em pleno cio
E ao pé de teu ouvido balbucio
Que pela vida sempre te hei de amar!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

POR ONDE SE VÊ...


Por onde se vê
Eu estou indo bem levando a vida
Continuando a sonhar por mais um dia
Com o amor que ainda pode acontecer...

Por onde se vê
Não tenho o que reclamar da vida
Mas tenho a minh'alma dolorida
Já não sei mais o que, enfim, deva fazer...

Sei
Que a vida sem você é bem pior
Não há felicidade ao meu redor
Eu sofro muito vivendo infeliz...

Talvez
Não haja outra chance para nós
É o coração quem diz, escute a voz
De quem parece feliz por onde se vê!

Por onde se vê
Não tenho o que reclamar da vida
Mas tenho a minh'alma dolorida
Já não sei mais o que, enfim, deva fazer...

Sei
Que a vida sem você é bem pior
Não há felicidade ao meu redor
Eu sofro muito vivendo infeliz...

Talvez
Não haja outra chance para nós
É o coração quem diz, escute a voz
De quem parece feliz por onde se vê!

by Manoel da Silva Botelho

domingo, 2 de outubro de 2011

A AURORA QUE PROVÉM DA MADRUGADA


A madrugada informe,
Cólebra,
Desliza entre os seios
Da noite
Afagando as cálidas
Lágrimas
Dos anjos caídos,
Anjos sem nome,
Sem asas,
Que saem
Juntamente com a lua
A recolher
Por entre os jardins
As juras de amor eterno
Proferidas
Pelas namoradas suicidas
Que preferiram
Morrer virgens
A entregar
A outro falso amor
Seu corpo, sua inocência,
Sua pele inconsútil.

A madrugada, cólebra,
Serpeiteia
Pelo ventre insaciável
Da manhã
Anunciando o ressurgir
Das noivas
Que voltaram
Impolutas
Para o colo indolor
De seus amados.

A madrugada, informe,
Cambaleia
E dá lugar ao nascer
De um novo dia!

by Manoel da Silva Botelho

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

DILACERADO CORAÇÃO


Amanheceu um triste inverno em minh'alma
Desnorteado e só na solidão
Que me aquebranta a paz, me tira a calma
Eu sofro, dilacerado coração!

by Manoel da Silva Botelho

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ÉS UM RAIO DE SOL



Marta,
Entraste na minha vida
Como um raio de sol num quarto escuro...
Eu estava tão sozinho e infeliz
À procura de uma luz: você!

Foi quanto penetraste em meu quarto
Pela fresta da porta
E encheste o meu ser com tua luz radiante!

Por que penetraste em minha vida
Tão de repente, sem avisar-me
E depois me prendeste com as teias do teu amor?

És como um raio de sol:
- A mim, tão pequenino poeta,
Inspiras nos momentos mais românticos
E radiante de ti faço o mais belo poema de amor!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

LUA NOVA, MULHER FRANZINA!


Tudo o que quero é pedir à lua nova
Que cresça logo e devolva-me o sorriso
Que perdi quando partiste e foi preciso
Chorar a tua ausência feito cova!

Mas agora já findou a minha prova
Pois que vens me trazendo o paraíso
Nas curvas de teu corpo, em teu riso
Despudorado e branco de lua nova!

Eis o que quero: tua alma cristalina
Tua inocência triste de menina
E o teu esbelto corpo de violão

Quero a música dos sonhos dedilhar
Em tuas cordas corpóreas e te amar
Ó lua nova, mulher franzina, meu tesão!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

domingo, 25 de setembro de 2011

SOMENTE POR HOJE...


Somente por hoje vou quebrar o regime
Somente por hoje amanhã não tem mais!
Somente por hoje essa dor que me oprime
Hei de fruí-la num verso de ternura e paz!

Somente por hoje esse gênio do crime
Que perturba meu sono e de tudo é capaz
Somente por hoje e o mal se redime
Num gesto supremo de carinho audaz!

Somente por hoje vou fingir que não quero
Teus braços de nuvens e tua voz que seduz
somente por hoje vou curtir um bolero

Somente por hoje, vem, ó meu raio de luz!
Somente por hoje e sem mais lero-lero
Teu corpo inteiro vou sorvê-lo a flux!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

sábado, 24 de setembro de 2011

TOMAREI TUAS MÃOS...


Tomarei tuas mãos
Ensopadas em mel,
Banhadas de céu
E pelas desvãos
Da vida iremos
Minha'alma na tua
Caminhar pela lua
Em prados serenos!
As vozes do vento
transformadas em canto
Serão nosso encanto
E passatempo
Os finos matizes
Da natureza em flor
Hão de compor nosso amor
E seremos felizes!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PARA SEMPRE EM MEU CORAÇÃO



Ainda que fosse tarde
Sem muito alarde
Chegaste
Para iluminar
A minha vida
Minha querida
E então ficaste
Feito um clarão
Para sempre
Em meu coração!

by Jayme Lorenzini García

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A NOITE, O POETA E O AMOR!



A noite já se foi qual triste monja
Banhar-se no rio-mar da solidão
Beijou calidamente o coração
Do poeta e depois partiu!... Lisonja

Recebeu por deixar-se displicente
Ser flagrada despudorada e nua
Dividindo as atenções com a lua
Que surgiu, no horizonte, de repente!

Que cenário mágico! Que beleza
Que paz inaugural da natureza
A inundar com o canto matinal

Dos pássaros a vida de um poeta
Que busca sempre alcançar a meta:
Exaltar o amor sublime, eternal!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

DESENCONTRO DO AMOR: DOIS SONETOS DE FUGA


 
                      I
Estou fugindo de tudo e de todos.
Estou fugindo do meu grande amor
Que em paixão efêmera se transformou...
Por isso e por mais eu fujo de todos.

Estou fugindo desse charco de lodos
Da paixão que nem saudades me deixou.
E a beleza paradisíaca se tornou
Na imundície desse charco de lodos.

São essas, pois, as razões da minha fuga:
Morre o amor e ele então me subjuga
Me levando a uma profunda depressão

Que percebo que pra onde quer que eu fuja
Seguir-me-á essa lembrança suja
Do fantasma que roubou meu coração!
                    II
E é na fuga que aparentemente
Soluciono todos os problemas meus...
Pura ilusão! Inda ouço o adeus
Que o coração dilacerou-se de repente!

Já não sei o que me aconteceu,
Senão que me olhaste friamente
Dizendo que por mim o teu amor morreu
E que me vês como um amigo simplesmente!

Você que foi o eterno sol da minha vida
Há de querer-me um dia, mas desiludida
Verá apenas uma nênia no sepulcro meu.

É a mensagem que escrita em mistério
Decifrada há de ser por meu fantasma etéreo:
"Pelo amor de uma Mulher este poeta feneceu!"

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

QUERERES



Quero viver a essência dos poemas
Que escrevi ao longo desta vida
Que me passou fugaz, despercebida
Entre lutas, lamúrias e dilemas.

Quero poder falar de muitos temas
E divagar sobre a emoção contida
Ao ver do galho a folha desprendida
Pelas do vento ser levada algemas.

Quero meu estro falando das venturas
Singulares das humanas criaturas
Que embriagam-se de paz e de luar...

Quero viver assim solto e libérrimo
Como o poema universal, celebérrimo
Que traduz com perfeição o verbo amar!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

sábado, 17 de setembro de 2011

SONETO DE AMOR E PAIXÃO


Beijando a flor de tuas entranhas,
Sugando o néctar de teu mel,
Vou descrevendo no papel
A volúpia com que me assanhas

E me transportas até o céu
Numa libido cheia de manhas
Galgando o cume das montanhas
De teus mamilos - doce escarcéu!

E assim possuo-te, insanamente,
Ouvindo o teu gemido ardente
Fonte sonora do prazer

Nesse amor que te arrebata
Sob o argênteo luar de prata
Amo-te até desfalecer!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

EM POLVOROSA E COM VONTADE DE VIVER


Mergulho no silêncio
De minh'alma
Para tentar captar
A poesia deste instante!
Tenho medo de que
Meus versos
Sejam espúrios
E meus poemas
Não passem de poemas.
Quero o brilho das estrelas
Em meus versos
E em meu sentir
O afago noturno e lunar.
Quero que a poesia
Deste instante
Sopre seu hálito de queixa
No mar calmo de meu ser
E me deixe em polvorosa
Com vontade de viver!

by Manoel da Silva Botelho

Campeão de Acessos

DESILUSÃO...

De tanto te amar De tanto sonhar Que seria feliz Foi que eu me acabei Meu sonho quebrei E hoje sou infeliz… Por te amar tinha me...