segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

PROMESSA DE AMOR



Ensimesmado na beleza do silêncio
A única voz que ouço
É a do coração
Que diz para não deixar-te!
Ouço-a e então me reconforto
Pois ainda que não a tenha
Em meu colo
Ainda que nunca
Faça um cafuné
Em seus cabelos
Você,
Sim, você estará
Para sempre
Em meu coração
Estará para sempre
Em minhas lembranças
E por isso
Nunca irei abandoná-la!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

domingo, 27 de fevereiro de 2011

SONETO DOS LAÇOS ETERNOS (ORFEU & EURÍDICE)



Estou unido a ti por todo o sempre
E nada há que nos possa separar.
Nosso amor (passe o tempo que passar)
Continua sendo o mesmo, visto que entre

Nós existe a química do luar
De quem viu a lua abrir o ventre
Pra que nascesse o Plenilúnio! Entre-
Mentes não vimos se concretizar

O sonho de vivermos plenamente
Na placidez dos tempos, ternamente,
O amor que triunfou sobre os infernos!

Amor igual assim eu desconheço:
O nosso sentimento não tem preço
E os laços que nos unem são eternos!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

UM PEDAÇO DE MIM


No triste momento em que você saiu da minha vida
Foi amputada uma parte de mim.
No instante mórbido em que me disseste adeus
Com você se foi embora uma parte de mim,
Pois contigo levaste  o meu coração…

Agora a profunda saudade
Dos nossos momentos de felicidade
Fere o meu coração de intensa nostalgia
E, sozinho, penso em você,
Meu grande amor!

Se lembrar você todos os instantes
Acabasse o meu sofrer e trouxesse você de volta pra mim
Eu seria a pessoa mais feliz
Pois não te esqueço um instante sequer.

Em vão tento fugir dos meus amigos;
Em vão tento fugir dessa saudade!

E é assim que pensando em você fecho meus olhos
Para que a tua imagem se me afigure
Como naquela noite enluarada
Em que você me confessou o seu amor…

Aqui e agora a solidão é minha atroz amiga
E o que me consola é lembrar
O momento em que falaste com o profundo de tua alma
Que eu seria
O teu único, o teu eterno amor!

Que doce e arrebatadora consolação!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

LAMENTO À LUA MINGUANTE



Venho pedir-te humildemente em prece:
Cura a dor que em mim não desvanece

Da saudade da sempre Amiga e Namorada
Que um vento mau levou pela estrada

Da vida afora, afastando-a de mim
Para o longínquo do adeus sem fim!

Minha prece ouve, ó lua minguante,
Dá-me que eu seja teu eterno amante!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O SEGREDO DO VENTO



O romper da alva já se aproxima;
Os pássaros cantam alegremente
Uma estrela a luzir lá em cima
Lembra-me do meu Deus Onipotente!

São oito horas! O céu está lindo!
A poesia das cores é deslumbrante
E as árvores balouçam-se ouvindo
Do vento um segredo sussurrante.

É o segredo de um amor proibido;
Uma paixão ardente e salutar;
Um romance, talvez, já esquecido…

E as árvores ridentes a escutar
Esse segredo com um atroz gemido
Soluçam e choram por este mal de amar!

by Léo Frederico de Las Vegas

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A SONG FOR MELGAÇO


Melgaço,
Já disseram
Que és “o refúgio dos pássaros”
O “ponto em seguida da beleza”
E que “tuas matas verdes encerram”
Maravilhas indescritíveis…

Imortalizaram-te
Nas mais belas páginas
De tua literatura embrionária!

Todavia,
Teus poetas sonhavam
Enredados
Num labirinto de utopias
Quando te pintaram
A Vênus imponente
Adornada de imortal beleza!

A verdade, porém,
É que saltas
Ante meus olhos míopes e nauseados
Como uma criança maltrapilha
A mendigar uma gota de carinho…

(Carinho de lua cheia!)

És uma pobre flor entreaberta
Ao forte sol de verão
Que queima e dilacera
As pétalas da esperança!

Estás enclausurada
Em tua própria concha,
Não vês?!

Desperta, desperta, Melgaço!…
Olha à tua volta
E vê os lírios que acordam líricos
Nesse suave amanhecer!

É chegado um novo tempo
Aonde os teus sonhos desvairados
Se cristalizarão
Na mais pura verdade!

Ver-te saltar deste emaranhado de ilusões
Para a concretização
De um amanhã feliz
É um êxtase de ternura
Para a minha alma de poeta!

Nesse palco de indecisões
Teus atores ensaiam a vida
Que palpita
Radiante em teu seio…

Melgaço,
Minhas congratulações
Aqui e agora quero dar-te
Pois é bom demais
Ver-te florindo,
Desabrochando
Para a Arte!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

À MINHA BEM-AMADA, A POESIA!



Oh! Muito mais que explicada
Ela precisa ser sentida.
Roçar-lhe a superfície d'alma
ou mergulhar seu ser profundo

Eis a tarefa inesperada
Que por mim deseja ser fruída;
Não promete nenhuma palma
Mas é o bem maior do mundo!

Lenitivo pra minhas dores
E bálsamo cicatrizante
Dos meus pesares - alegria!

Meu triste gris em vivas cores
Vai transformando hilariante
A minha Bem-Amada, a Poesia!

by Olímpio José de Araújo

sábado, 19 de fevereiro de 2011

SONETO DE UM AMOR ETERNO, IMORTAL!



Por toda a vida minha vou te amar
Com maior intensidade que Vinícius
E hei de suportar quaisquer suplícios
Pra que eu possa em teu colo descansar.

Por teu amor desprezei todos os vícios
E gozos que pudessem me encantar;
Me fiz poeta pra em versos desenhar
Tua alma plena zerando os desperdícios!

E, por isso, meu amor é mais bonito
Que as canções do rei Roberto Carlos
Por que é sublime e maior que o infinito!

E por mais que eu viva em desventura
Serei feliz a curtos intervalos
Sempre que, amor, lembrar-te com ternura!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

NON TE SCORDA DI ME...



Quando Diana assomar no céu
Por sobre a crista das montanhas, triste,
Lembra, querida, do que puro viste
Nos meus olhos naquele escarcéu

De emoções do reencontro. Riste
Para as brancas paredes do hotel
Que protegiam desse mundo cruel
O amor que em nosso peito inda persiste...

Hoje, Diana vai aparecer faceira
E inundar a noite com o sorriso
Mais amável que tiver na algibeira!

Quero que saias também, pois é preciso
Que ela te veja e desmaie de tonteira
Ante a beleza maior do Paraíso!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

FOGO QUE AMENIZA MINHA DOR



Se eu te pudesse exprimir agora
O que me vai no rosto entristecido
saberias, de certo, o que hei sofrido
Co' essa louca paixão que me devora!

E que horas a fio fico, esquecido,
Dos problemas querendo ir-me embora
Pra o teu regaço nas asas da aurora
E ao teu lado estar amanhecido!

Não posso entanto! E a cruel distância
É um corcel a galope na doce ânsia
De lembranças levar-te desse amor...

Vou recolher-me, querida, já é tarde,
Pois no lume da ternura ainda arde
O fogo que ameniza a minha dor!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

SEM DIZER ADEUS



Faltou nas palavras mais brandura,
Mais ternura no gesto, no olhar;
Faltou calma no ato de expressar,
Faltou luar na noite triste e escura!

Faltou no vaso a flor tão esperada
E na escada o passo indeciso;
Faltou da inocência o Paraíso,
Siso em decisão precipitada!

Faltou o abraço lasso, abraço terno,
Sob o cúmplice olhar de Deus!
Restou a perspectiva do inferno.

Faltou, enfim, o meu olhar nos teus
E o nosso amor que parecia eterno
Foi-se embora sem dizer: "adeus!"

by Manoel da Silva Botelho

domingo, 13 de fevereiro de 2011

ABRE-ME, POIS,TUA CAIXA DE PANDORA!



Vem, amor, minha nudez já te espera
Nesta noite friorenta de inverno!
Quero te amar de um jeito muito terno
E colher em tua boca a primavera!

Quero mostrar-te essa fúria de fera
Que habita o meu coração fraterno;
Ser na cama teu escravo e subalterno,
Tuas vontades fazer, ah! quem me dera!

Vem, querida, pois já ardem os meus lábios
Para o mel, lamberem-te, sem ressábios...
Esqueçamos, pois, a vida la fora

E entreguemo-nos à paixão intemerata
Sob a bênção desse luar de prata...
Abre-me, pois, tua caixa de Pandora!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

SONETO DE CURTIÇÃO



Estou de viagem marcada
Vou conhecer o sertão.
Venha comigo, camarada,
Vai ser a maior curtição.

Essa viagem será abençoada
E fará um grande bem à emoção,
Pois o corpo e a alma turbada
Revigorados voltarão!

Vou viajar! É um sonho antigo!
E te levo, leitor, comigo,
Por favor, vê se não some!

Pois mostrarei ao povo de lá
Que a sina deles se pode aturar:
- Existe coisa mais feia que a fome!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

FASCÍNIO CRESCENTE



A beleza da lua me encanta
Seu Crescente fascínio cativa-me
Cativo sou prisioneiro das horas
Perdidas horas de melancolia!

Vã melancolia que se esvai
Esfumando-se na prece singela
Que minha'alma oferta ao luar
Luar que me enche de gozo
Gozo: resultado de amar!

by José Olímpio de Araújo

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SAUDADES DE MINHA MÃE



Sinto falta do calor do teu abraço
Nas friorentas noites de inverno
Do carinho, da ternura e do laço
Que nos unia de um amor eterno!

Do aconchego maternal, fraterno
E até do silêncio de teu passo
Cadenciado vindo de compasso
velar meu sono, noite à dentro, terno!

Mas então, a Indesejada, sorrateira,
Pra muito longe te levou por fim...
Pra morada, de todos, derradeira!

E eu fiquei tão sozinho, ai de mim!
Sentindo uma saudade verdadeira
De teus cuidados, mamãe, meu querubim!

by Olímpio José de Araújo

sábado, 5 de fevereiro de 2011

SENTIMENTAL



Que universal
O poeta dos grilos
Dono de transcendental
Poesia
Que sentisse a Morte
Não como a Dama de Negro
Mas como um Anjo Bom
Que abrisse os
Portais do Paraíso.

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

SONATA À LUA NOVA



Vago luar,
Luar vagabundo
A esparramar
Neste moribundo
Poeta xinfrim
Toda a sua ternura
Quero-te assim
Numa iluminura!

Na iluminura
Do sertão da vida
Cura-me a ferida
E a desventura
Com delicadeza
Diz pra a Namorada
Que ela é com certeza
Minha Bem-Amada!

Lua sem igual
Minha lua única
Vejo-te em luau
Envolta numa túnica
Face cor de rosa
Pronta para amar
És a radiosa
Moça do meu sonhar!

És meu bem querer
Tens-me à toda prova
Vou sempre amar você
Oh, minha lua nova!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

RETRATO EM NEGATIVO DA BEM-AMADA



Hoje não quero o teu corpo envolvente.
Quero tua alma e um pouco de libido.
Quero-te a essência; fruir o escondido
De teus sonhos! Fruir-te inteiramente!...

Hoje quero teu desejo inausente
Na maciez da pele do vestido.
Quero trazer-te o cálice embebido
De ternura pra amar-te docemente!

Enfim, vou desnudar-te em meus poemas
E descrever tua alma no papel
De tal forma que verás tua imagem

Exata refletida. Serei fiel
Ao teu retrato que verás apenas
Teu sorriso iluminando a paisagem!

sábado, 29 de janeiro de 2011

CANÇÃO DO ETERNO AMOR



Amor mais que perfeito
Invade o meu peito
Certeza de que hás de vir!
Relembro com inefável tormento
Aqueles indescritíveis momentos
Gostosos que ao teu lado vivi!

Sem despedir-se você foi embora
Emudecendo essa canção
Arrancando-me do coração
Resquícios da paz que outrora
Ostentava com orgulho e alegria.
Meu amor, você levou-me a poesia!

Agora com indizível delicadeza
Trago na alma essa tristeza
Requiescat dos meus pobres versos
Aguardo tua volta, linda princesa,
Ao aconchego do meu universo!

by Léo Frederico de Las Vegas

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

SOU



Sou.
Sou ninguém.
Sou o nada que existe no nada de cada um.
Sou um coração esfacelado que se desmancha em sorrisos destinados a quem o feriu…
Sou talvez o último grão de areia perdido na imensidão da praia!
Sou um viajante em meio ao deserto!
Imenso deserto da vida!
Serei eu grande, imensamente grande?
Maior que o deserto, deserto e solitário?
Ah! Sou nada!
Irremediavelmente nada!
Sou feliz?
Talvez poeta?
Nada sei.
Apenas sou.

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

CONSTATAÇÕES DE UMA FEBRE DELIRANTE



Tenho febre e escrevo vãos delírios!
Sensações de que as coisas não estão
No lugar onde deveriam!... A visão
De minha janela mostra-me os martírios

Que sofrem as rosas, os cravos e os lírios
E a margarida mal saída do botão
E a flor de laranjeira e o açafrão
Saídos de um pesadelo pra meus colírios!

Definitivamente as coisas mudam de lugar.
Só a febre em mim é permanente
E essa sensação estranha, visceral

Que me acabrunha e me leva a meditar
Sobre o amor - o sentimento mais demente
Que o homem inventou para seu mal!

by Manoel da Silva Botelho

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

SOBREVIVENTE



À longa noite
dos generais
Sobrevivi
E volto pálido
Pra junto de meus pais
Embora tão velho assim,
Mas trago dentro do peito
A esperança que não morreu
Em um mundo de amor perfeito
Um tiquinho multiterno do céu!

by Léo Frederico de Las Vegas

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

POR QUE AS LENDAS MORREM?*



              *Título extraído do subtítulo de uma monografia de Docival Gomes

Há um ano, Docival, tu nos privaste
De tua sempre fraterna companhia.
Esbanjavas por tua volta alegria
E em teu rosto num sutil engaste

Vislumbrava-se - oh, mas que contraste -
A rosa da tristeza que sorria
À espera de que raiasse logo o dia
Em que da paz erguida fosse a haste!

Mas te foste sem muita explicação
E deixaste em noss'alma melancólica
Uma doce saudade em construção

De tua obra intensa, singular, bucólica,
Poesia sem firulas, poesia social
Que deste mundo amenizava o mal!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ESSE AMOR…



É inexplicável
E transcendental
O nosso amor
Posto que se compõe
De inúmeras partículas
Dessa matéria
A que chamamos vida
E a quem os poetas chamam
Mais propriamente sonho…
Sim, nosso amor
É um sonho real
A nos encher de fantasia…
E te amo!
Não com a angústia
Dos amores terminais
Horrorizados com a idéia da solidão
Mas com a paz, doce paz
De um amor calmo e tranqüilo
Cumprido na tranqüilidade
De uma tarde cinzenta
Próximo a um lago azul!
Ah! É tão gostoso lembrar de você
E te contemplar, extático,
Tão longe de mim,
Pois és esta lua
A lançar um não-sei-quê
De mistério e poesia
No fundo de minha alma
Até chegar o indelével momento
De te amar!

by Léo Frederico de Las Vegas

domingo, 26 de dezembro de 2010

SONETO DE DESENCANTO AO MEU XARÁ MANUEL BANDEIRA



O desespero da noite agoniza
Nos cálidos abraços da aurora
Que um novo alento revigora
Em mim e na minh'alma eterniza

Essa áspera vontade de ir embora
Beijando-lhe os lábios e a face lisa
Deixando-me acarinhar por sua brisa
Doce acalanto do amor de outrora.

Desce em meu rosto uma lágrima amarga.
Dá uma vontade de ir para Pasárgada
E consolar-me ao pé de Manuel

E esfolhar-lhe a estrela da vida inteira.
Vontade de encontrar-me com Bandeira
Satisfazendo o meu sonho de céu!

by Manoel da Silva Botelho

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

PRESENTE DE NATAL



Presente algum
Eu queria neste Natal…
Aliás, somente um,
Mas esse é excepcional:
O presente que eu mais quero
É ter você bem junto a mim.
Quero reconstruir o meu castelo
E o meu coração ofertar a ti!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

LAMENTO DE AMOR



Antes que a vida nos traga
A solidão dos alpes
Quero beijar tua boca, Maria,
Quero acariciar
Tuas mãos calejadas
Quero sorver
O perfume de teus seios
E tocar, num frêmito,
Tua pevide!

Antes que o frio intenso
Me congele os sentimentos
Quero viver contigo
Essa aventura
Para além do país dos sonhos
Como Peter Pan e Sininho
Na Terra do Nunca
Ou João & Maria
Perdidos
Na casa da Velha Gulosa,
Velha Golosa!

Quero morrer em teus braços, Maria,
Quero viver em teu colo, Maria.
Quero sonhar os teus sonhos, Maria.
Quero você, Maria!

Antes que a solidão dos Alpes
Me enregele os ossos
E eu não tenha mais teu carinho,
Maria!

by Olímpio José de Araújo

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

IMPRESSÕES DE UM ECLIPSE



À espera estou de um eclipse
Anunciado, hoje, para a lua.
Madrugada afora estou na rua
Pra esse encanto captar numa elipse.

Então a sombra desenha o apocalipse
E expulsa ao Minguante que se insinua
A solidão, pois a alma pura e nua
Já não pode falar em paralipse!

É o ciclo da vida que se renova.
A penumbra é total, é Lua Nova!
Minh'alma, então, uma canção, aos céus alteia!

Depois, surge o Crescente luminoso
E Diana ganha o porte majestoso
De uma autêntica e sublime Lua Cheia!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

SEMPRE SEREI TEU INCONSTANTE AMIGO



Quando sentires n'alma o peso da distância
Quando o tempo te for um pesadelo
Lembra de mim que desde o tempo de criança
Por ti nutria um amor com mui desvelo.

Quando o vento sul bater nos teus cabelos
Quando sentires um desejo, uma ânsia
De procurar-me, estarei presente pelos
Dias em fora sempre em tua lembrança.

Por que a vida foi cruel assim conosco
E sorvemos Tatuzinho e Dom Bosco
Não sei dizer-te! - merecemos tal castigo?

Mas porque foste minha eterna namorada
Mesmo sem nunca desvendarmos a madrugada
Sempre serei teu inconstante amigo!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

domingo, 19 de dezembro de 2010

AMOR, ETERNO AMOR



Se da folha a dor pudesse ser sentida
- Arremessada do galho pelo vento -
Se o fremir de seu doce sofrimento
Do poema na margem coubesse perdida

Se ouvido fosse a todo o momento
O adeus patético da rubra orquídea
Que se entrega perfumosa e felídea
Ao contato de humano sentimento...

E, se, por fim, pudesse ser contado
Em versos livres o amor que foi negado
Aos amantes sem pudor, sem sul nem norte

Eu romperia de meu peito o silêncio
E dir-te-ia desse Amor - pois nada vence-o -
Nem a distância, nem o tempo, nem a morte!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

Campeão de Acessos

DESILUSÃO...

De tanto te amar De tanto sonhar Que seria feliz Foi que eu me acabei Meu sonho quebrei E hoje sou infeliz… Por te amar tinha me...