quinta-feira, 15 de julho de 2010

REINVENTANDO A VIDA

A Cecília Meireles


A mim é imprescindível reinventar a vida
Posto que a vida só é possível reinventada.
— Os pássaros cantam sua canção querida
E libertos voam alegres em linda revoada…

Sopra o vento numa fúria desenfreada
E ao seu furor eis uma folha caída…
Isto prova que tudo é ilusão, mas nada
Preenche o vazio de uma afeição perdida.

Porém, a vida, eu tenho que reinventá-la
E quiçá, nos versos de um soneto cantá-la
Pois a vida é minha última lírica fantasia…

Então depois de reinventada e ser possível
Hão de todos louvar a beleza indizível
Da vida minha, meu tudo, minha alegria!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 14 de julho de 2010

SER AMIGO



Ser amigo
É sorrir nos
Maus momentos
E voar alegre
Nas asas do vento
É esperar
Ter paciência
Pois tempo
Pra tudo há
Ser amigo
É também
Confiar!

Ser amigo
É aceitar
O outro
Tal como
Esse outro é
É corrigir
Com carinho
Sem ferir
Com algum espinho
Ser amigo
É também
Compreender

A mensagem
Que o outro
Nos transmite
Através de um
Simples olhar!
É dar mais
Uma chance
Abraçar quem
Nos machuca
Esquecer
As diferenças
E perdoar!

Só entende
De amigo -
Ora, preste
Bem atenção -
Quem entende
De alma e coração!

by Léo Frederico de Las Vegas

terça-feira, 13 de julho de 2010

SONETO DE DELÍRIO E FEBRE




Sobre os bicos delirantes dos teus seios nus
Pouso meus lábios excitados de desejo
E ofereces teu corpo coberto de luz
À febre demente e insensata do meu beijo!

Quando, através do tato, surpreso, te vejo
- Tal qual um verso de amor que encanta e seduz -
Os lábios entreabertos, não perco o ensejo
De mordê-los, sugá-los, beijá-los a flux!

Despontando na sombra em completa nudez
Entonteces meus olhos míopes, deslumbrados,
E me deixas na mais sublime embriaguez!

E eu te amo, purificando-te em meus pecados!...
- Unidos até a alma - vou ao mel de nossas bocas
Esculturando-te inteira em minhas mãos loucas!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

NA MOLDURA DA CAMA…



Na moldura da cama, tigresa domada,
Quero ver-te felina pronta para o amor…
Quero beber de teus olhos na face nacarada
O supremo elixir da poesia em flor.

Quero pousar minhas mãos em teus dedos tranqüilos
E descansar febrilmente de teu corpo no oásis…
Quero, de leve, eriçar os teus loucos mamilos...
E arrancar-te dos lábios as mais ardentes frases

De um amor cujo frêmito fosse a voz das estrelas
Em luxúria desfeitas deslizando-se pelas
Tuas líricas coxas sob o véu da madrugada…

Quero ouvir-te os uivos de teu cio delirante
E em teus braços dizer que te amo, ofegante,
Na moldura da cama, tigresa domada!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

domingo, 11 de julho de 2010

SONETO DE CORPO E ALMA




Quero entrar de corpo e alma em tua libido
E ser o anjo que te possui loucamente;
Quero em teus sonhos te amar perdidamente
E despetalar a flor de teu corpo despido.

E, além das últimas estrelas reluzentes,
Ser o orgasmo em teu desejo desinibido;
Uma avalanche de sensações inconseqüentes
A incendiar-te num carinho estremecido…

Quero ver-te louca, louca e deslumbrante.
Ser teu comparsa, teu espelho e teu amante;
E que em busca de minha alma chores…

Quero ser um anjo louco, um vampiro
Que te amasse intensamente e um suspiro
Teu arrancasse ao sugar-te o clitóris!

Capanema, 11 de julho de 2002.

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr. / Abnéas Rodrigues Jr.

sábado, 10 de julho de 2010

ASSIM QUE PUDER



Assim que puder, meu bem, eu morro
De tristeza de não mais te ver.
Assim que puder, meu bem, eu corro
Faceiro ao encontro de você!

Assim que puder, meu bem, socorro
Vou pedir aos deuses do amanhecer!...
Assim que puder, meu bem, o morro
Da saudade escalo por você!

Assim que puder... às andorinhas
Grito teu nome - elas hão de ouvir -
E a você as tantas saudades minhas

Hão de levar, enquanto eu, por aqui,
Debalde tento viver... em vão...
Sem você tudo aqui é solidão!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

sexta-feira, 9 de julho de 2010

SÍNTESE



Se por curiosidade um dia me perguntares:
“Por que ocupas todo o teu tempo com versos?”
Responder-te-ei com os meus meigos olhares:
“O romantismo poético é o meu universo.”

E, se lendo os meus poemas encontrares
Algo misterioso em ilusões submerso;
Se te iludires com tudo que contemplares
Saiba que aí eu também estarei imerso…

Para você sempre terei uma mensagem
Em cada verso dos poemas que componho
E que refletem fielmente a minha imagem.

Quanto a mim quero viver esse lindo sonho
E alçando vôo conhecer a incógnita paisagem
Do rio-poeta que emana em mim risonho!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 8 de julho de 2010

AO CRIADOR



Numa tarde como esta
Eu me ponho a cantar
E meu canto na floresta
Ouço ao longe ecoar;
Eu canto alegremente
Louvando ao Criador
O bom Deus Onipotente
Que por mim tem grande amor!

À noite eu faço uma seresta
E canto até o sol raiar
Sob o som de uma orquestra
Eu canto para louvar
Àquele que ternamente
A mim com muito carinho amou;
E então suavemente
Eu agradeço ao meu Senhor!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 7 de julho de 2010

ESTOU COM SAUDADES…



Estou com saudade
Dos teus beijos
Dos teus abraços apertados…
Estou morrendo de desejos
E tão sozinho neste quarto
Que fico a sós a inventar
Sob a luz patética do luar
As mais venturosas maneiras
De te amar.

Estou com saudade
Dos teus dedos-âmbar
Acariciarem meu corpo nu.
De afogar-te nesse mar tão grande
De amar-te intensamente
De norte a sul.

Estou com saudade
Das tuas coxas quentes
E do teu gostoso
E do teu discretamente delicioso
Favo de mel!

Quero outra vez, ó Amada,
O teu gemido ardente
A me deixar contente
Na hora sagrada
Do himeneu!

by Léo Frederico de Las Vegas

terça-feira, 6 de julho de 2010

APELO AMOROSO

 

Deixa-me ser o teu amante, Amiga,
O teu louco amante, e, se ainda queres,
Deixa-me, nesta doce cantiga,
Amar em ti o resto das mulheres!

Deixa-me que, ó meiga rapariga,
Fale-te, agora, o que ouvir quiseres...
Sim, talvez nestes versos consiga
Desfolhar-te tristes bem-me-queres!

Beijar-te o corpo, quero, devagarinho
Como se os dois fôssemos irmãos
Dividindo, aves, o mesmo ninho!

Ser teu amante!... Que fantasia louca!
Apertar-te os seios em minhas mãos
E a vulva, sugar-te, em minha boca!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

SEDE DE AMAR



Estou com sede de amar
A moradora do 13º andar
Do apartamento em frente
Que em noites de místico luar
A mim dirige o seu olhar
Ferindo-me impiedosamente!

Estou com sede de amar
Sua indecisão, seu lento andar!
O seu cabelo em desalinho…
Estou ardendo de desejos
De cobri-la com mil beijos
E inebriá-la de carinho.

Mas… Essa mulher que de tanto desejo me castiga...
Não é mais que minha melhor amiga!

by Léo Frederico de Las Vegas

domingo, 4 de julho de 2010

MARTAPLASMALOGIA


Para mim, és apenas mulher, líquida e acetinada,
Percorrida de melodias, de incêndios e meneios de ondas…
Imprevisível, mas eternamente anunciada,
Teor primevo de minha poesia, minhas rimas redondas!

Teus seios, minúsculas hemosferas de gritos incandescentes,
A arfar ante o gozo volúpico da matinal aurora…
Teu ventre, teu umbigo, quais piercings iridescentes
Apuram minha púrpura paixão a toda hora.

Para mim, és apenas isto: uma lânguida mulher
Que me enovela os sentidos e me faz poeta ser
Para decifrar o código de teus íntimos fermentos.

És meu júbilo, meu paraíso de lúbricos afagos!...
E eu sou teu poeta, teu profeta e teu mago:
O tradutor de teus orgasmos em êxtases violentos!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

DEFININDO O AMOR



Amor, palavra pequena
Tão fácil de pronunciar
Com quatro letras apenas
Faz o homem se apaixonar!

Amor, sentimento sublime
Emoção pura no ar
Com quatro letras exprime
O jeito de a mulher se apaixonar!

Amor, valioso minério
Escondido no subsolo da paixão
Doce ternura, doce mistério
A unir duas vidas num só coração!

Amor mais amor gera amor.
Amar é viver a beleza da vida
Poesia é uma constante na vida
De quem vive no reino do Amor!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 30 de junho de 2010

TERNA EVOCAÇÃO


De Aquém-Túmulo te homenageamos
Lembrando de teu gesto ressupino
Todos nós os que hoje e sempre te amamos
De todo o nosso coração, Venino!

Colherias mais uma primavera —
Não te houvesse roubado o olhar cordato
A Morte, essa indesejável Megera —
Hoje, sim! 30 de junho, Lobato!

Não te olvidamos o teu jeito sábio
De enfrentar serenamente o dia-a-dia…
Trazias o gosto do existir no lábio
E na alma um quê de ternura, Garcia!

Mas foste embora assim tão de repente
Mergulhando noss’alma em nostalgia
Deixando em nosso coração carente
Dores, Venino Lobato Garcia!

Só a saudade é tamanha em noss’alma
Que nos unge de uma viva esperança…
E nos abranda o peito em doce calma
Pois viverás sempre em nossa lembrança.

Melgaço, 30 de junho de 2002.

by Léo Frederico de Las Vegas

terça-feira, 29 de junho de 2010

UM SONETO AO AMIRALDO



Estamos gratos a Deus de coração
Por esta manhã tão radiosa
Em que Amiraldo Pereira de Souza
Completa anos! Que grande satisfação

É vê-lo sorridente, feliz; de bem com a vida!
Comemorando juntamente com os seus…
E tudo isto graças ao bom Deus
Que reservou-nos esta data tão querida!

Que continues sendo essa pessoa
Meiga, carinhosa, gentil, alegre e boa...
E que nosso exemplo sempre possas ser.

São os votos de todos da tua família:
Mãe, pai, irmãos, esposa, filhos, filhas…
Amiraldo querido, parabéns pra você!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 28 de junho de 2010

FLORBELA ESPANCA E EU

Flor bela espanca a mão que imprudente
A quer colher do roseiral da vida
(Irmã das nuvens, incompreendida!)
Com um frágil espinho iridescente!

Eu sou a mão que de modo inconseqüente
Tenta colher-te, ó alma dolorida…
Feres-me com doçura a alma perdida
E essa dor vou gozando docemente!

Como você eu também não tive norte,
Cometi vida afora, desatino…                                                                    
Restou-me tão-só o estertor da morte!

Envelhecido sou uma carranca.
Almas gêmeas, negou-nos o Destino
O encontro surreal, Florbela Espanca!

by Léo Frederico de Las Vegas

sábado, 26 de junho de 2010

NA SOLIDÃO DA NOITE MORTA




Na triste solidão da noite morta
Na hora extrema em que os espectros
Vagueiam tristes a tanger seus plectros
Bem-Querer bateu à minha porta!

Por que estava ali? Não me importa…
Porém, seu rosto tinha o aspecto
De quem da vida o fel sorveu e já provecto
Procura Amor que em outro cais aporta!…

Nada dissemos um ao outro. Nada
Há que se diga numa hora dessas
Senão chorar a má sorte desgraçada!

E ocultaram Bem-Querer sombras espessas.
E eu fiquei só a lamentar na Madrugada
A ausência de Amor e suas promessas…

by Léo Frederico de Las Vegas

sexta-feira, 25 de junho de 2010

VERSOS DE AMOR À BEIRA DA MORTE



Ao pressentir que a hora extrema
Para o seu marido chegava
Uma senhora pensou num poema
Onde todo o seu amor expressava

Ao velhinho, paixão de sua vida.
Eram versos de uma paixão verdadeira
À moda ribeirinha, vivida,
No dia-a-dia, com cenas corriqueiras.

Na poesia, o verdadeiro sentido
A senhora buscou, do amar...
Convidou o seu esposo querido
Para rimas e versos trocar.

O senhor, arquejando, aquiesceu
Ao pedido de sua bem-amada,
A qual lhe disse: primeiro digo o meu;
Depois você recita a sua quadra!

E, assim, inspirada no amor,
Que a vida inteira ao amado devotara
A velhinha com cuidado suspirou
Os seguintes versos, de forma bem clara:
- Gilberto, meu cravo roxo,
Gilberto, minha almofada,
Quando eu não te vejo
Eu não como, eu não bebo,
Eu não faço nada!
Emocionado com versos tão sentidos
Que lhe compungiram o coração
O velhinho disse: Teu poema é bonito...
Lá vai o meu, velha!...
(E mandou este refrão)
- Lá vai o sol se pondo,
Vermelho e quente;
Cabelo do meu cu, nega,
Pra palitar teu dente.
- Desgraçado do velho miserável -
A velhinha respondeu, desapontada.
- Mesmo morrendo esse irresponsável
Não deixa de fazer graça e piada.
E assim terminamos essa história
De um amor verdadeiro, singular...
E se você, caro leitor, pressente que é a hora,
Convide o seu bem para versos recitar...

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

SONETO À LUA



Ó lua, esse teu sorriso de neon
Faz a minha pobre alma divagar…
E te vejo aureolada de Drummond
Sonos e sonhos ceifando devagar.

Essa música que exalas, esse som,
Esse gorjeio de amor me faz sonhar!
Um arrepio me arrebata, um frisson…
É a Mulher fatal que vem me amar!

Uma Mulher que tem em seu colo a lua…
Mulher do povo, simpática, seminua,
Cujas curvas só eu posso percorrê-las…

Uma Mulher que se desmancha em sorriso
E que traz em seu ventre o Paraíso
E que é nascida do orgasmo das estrelas!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 23 de junho de 2010

PELA ENÉSIMA VEZ...



Pela enésima vez vou dizer que te adoro;
Pela enésima vez vou dizer que te quero;
Pela enésima vez vou cantar meu bolero;
Pela enésima vez, meu amor, te imploro:

Acredite em mim, nesse amor que é tão puro;
Nessa louca paixão que por ti eu proclamo…
Pela enésima vez, meu amor, eu te juro…
Pela enésima vez vou dizer que te amo!

Pela enésima vez esse meu grito mudo
Vai dizer-te, amor, que te amo demais…
Vai dizer-te, amor, que você é meu tudo!

Que sem você não sou nada e talvez
Já não seja de amar nenhum pouco capaz…
E é por isso que eu te amo pela enésima vez!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 21 de junho de 2010

SONETO DO ETERNO AMOR



Tenho um sentimento por anos alojado
No quênion ao lado esquerdo do meu peito
Que me ferve as veias e me deixa de um jeito
Tonto de ternura e de paixão inebriado.

É o sentimento de um amor perfeito
No mais recôndito de meu coração guardado
Que me deixa feliz, em transe, amalgamado
À tua epiderme e ao teu gozo rarefeito!

E por que és minha luz, meu céu, meu mar,
Meu chão, minha única certeza absoluta
E o ponto de equilíbrio do meu universo

É que me ponho, quase sempre, a cantar
As saudades desse infinito querer! – Escuta –
Sempre te hei de amar inda que seja só em versos!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

sábado, 19 de junho de 2010

ALMA FERIDA



Trevas se abatem sobre mim;
Melancolia e tristeza me invadem;
Meu coração derrama-se em pranto;
Tenho medo de não agüentar…
O tic-tac do relógio
É devastadoramente pausado e monótono!
Cada minuto nesse desespero
É um século que não acaba mais.

Estou com o peito ferido
E o coração sangrando
Meu verso tem sabor de morte!!!

Desfiz uma ilusão
Machuquei meu coração
Mas escapei com vida!

Resolvi destemidamente
Assumir minha verdadeira identidade:
Sou diferente!

Mas ao fazer notória essa decisão
Fui ferida mortalmente
Por toda uma sociedade
De valores decadentes…

E eis-me aqui acabrunhada,
Sorrindo minha tristeza
Tendo que suportar o mundo
E sufocar o meu gemido.

Ah! Que vontade de dizer a todos:
- Queridos, eu também sou vossa irmã!
Discriminar alguém por causa da raça, sexo ou coisa afim...
Tenho certeza é a coisa mais vã.

Eu vim ao mundo com uma missão:
As dores da humanidade minimizar.
Não é a pólio quem vai me impedir, não!
Devo o fraterno amor a todos levar!

Sou olhada obliquamente;
Sou alvo de muito preconceito.
Mas tenho orgulho de ser diferente:
É um poema de amor o meu defeito…

Já está alegre o meu coração
Estou com forças pra prosseguir
Hei de levar da vida a água e o pão
Àqueles que estão a sucumbir!

Ó deixai-me solidariedar-me convosco pobres de espírito
Meu amor provém de Jesus Cristo!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A LUA QUE NOS FAZ SONHAR



Hão de chorar, quando chegar a noite,
Sim, por ela, chorar todas as virgens!
Porque o seu grande amor feito vertigem
Crava em meu peito seu punhal e açoite!

Ela então há de ouvir os meus anseios
E as sinceras juras de amor eterno.
E me fará dormir entre os seus seios
Aquecendo-me durante todo o inverno!

E no céu a lua antiga de alabastro
Bendirá, venturosa, o nosso amor,
Tornando-o o mais luminoso astro!

Então, ébrios de luz, pela Via-Láctea,
Ir-nos-emos espargindo o langor
De nossa louca paixão intemerata!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A UM CORAÇÃO APAIXONADO



Sei, numa terra mui distante,
Muito, muito além do horizonte,
Um coração bate por mim!
Tiquetaqueia, ó coração amado,
Pois o meu também está apaixonado
Pela mulher que me fascina
E com o seu olhar me ilumina
E ainda é a dona de ti!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 14 de junho de 2010

ÊXTASE LUNAR



Ó Marta!
Marta das martas
Marta dos meus sonhos
E dos meus pesadelos também!

De aurora a arrebol
E de arrebol a aurora
Decifro, impregnadas no ar
As mais exóticas formas de amar!

A silente quietude desta cidade
E o esplendoroso pôr-do-sol
Que dá um tom majestoso à paisagem
Vêm falar da poética mensagem
Provinda dos misteriosos encantos do luar
E inunda a minh’alma de saudade!

Que maravilha!
O luar
A embriagar o infinito
E a abençoar
O nosso amor
Que é tão sincero
E tão bonito!

Que belo
O reflexo da lua
Nas límpidas e plácidas águas do Mar!

Ah, como eu quero
Afagar a face tua
E te afogar no meu beijar!!!

Quero gozar a liberdade
Do gonçalvino sabiá
Cuja feliz hilaridade
É esse meigo amor cantar —
Amor que é feito de saudade
E enfeitiçado pelo luar!

Que maravilha!
O luar
A embriagar o infinito
E a abençoar
O nosso amor
Que é tão sincero
Quanto bonito!

Oh, que instante de paz e nostalgia!
Sobe do mar uma impávida sereia
E, levitando, beija feliz a lua cheia,
Segredo místico da minha poesia!

Amor da minha vida! És a sereia
A borrifar poesia pelo céu…
Te vejo branca de amor; te vejo cheia
De felicidade a correr pra os braços meus!

Sim! És meiga e sensual
Te vejo despudoradamente nua…
E te amo qual animal —
Te amo tragicamente, ó minha querida lua!

Tudo tão belo!
Eu e você, lua querida!
A nos amar
Infinitamente por toda a vida…

by Léo Frederico de Las Vegas

domingo, 13 de junho de 2010

POEMA PARA UM CORPO ESCULTURAL



O teu corpo tem inumeráveis encantos
E com uma linguagem toda especial
Convida-me ao amor…

Como és bela, querida minha,
Por tudo quanto me tens feito;
Pela alegria que me tens proporcionado
Por me fazer acreditar em mim mesmo.
Por que há em ti, minha querida,
Toda a plenitude dessa beleza
A que os poetas chamam vida.

E, à noite, quanto estou contigo,
Um profundo amor parece emanar dele
E então sou feliz
Porque teu corpo
É para mim
A mais profunda poesia!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 10 de junho de 2010

ROMEU & JULIETA


Não sou
Nem pretendo ser o deus do meu destino
Por isso me deixo ficar, abandonado,
Ao sabor das gigantescas ondas
Dos mares tumultuosos da paixão
Que dilaceram as veias de minha impura poesia
E reabrem as cicatrizes de um sentimento
Que o tempo não conseguiu derrotar...
Dizem os poetas todos
(E aqui descubro que não sou poeta,
Pois não o digo)
Que o tempo é o senhor da vida
E que tudo passa
E que o seu passar é o remédio para todos os males.
Entretanto, não obstante a passagem do tempo
O meu amor continua aqui, comigo,
Vivo, latejando em meu peito,
Qual ferida, entreaberta, sufocando
As rimas de um poema que não aconteceu.
Triste história de amor
Sem beijos, sem abraços, sem afagos!
Ah, Amada de minh’alma,
Minha inacessível Rapunzel,
Cinderela a fugir de meu contato antes de findar-se o encanto,
Bela Adormecida de meus sonhos esquecidos...
Que dor no peito, que lágrimas, que solidão!!!
Seria amor se não fosse loucura, se não fosse paixão!...
Sei não, (se és primavera, verão, outono, inverno...)
Mas desconfio que estamos reeditando
Romeu & Julieta dos tempos modernos!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

domingo, 6 de junho de 2010

TRÁGICO AMOR


Quanta lembrança!…
Oh, amor não correspondido,
Trágico amor…
Amor que hei sofrido
Com tanta desesperança…
Com tanto dissabor…

Minha vida é só melancolia,
Meu coração está ferido;
Sofro durante noite e dia
Este amor não correspondido…

Consola-te, meu pobre coração,
Não tens direito de amar.
É tua somente essa paixão,
É somente teu esse pesar…
Ó não fica assim, angustiado,
Não mereces tal sofrimento…
Pois sei que um dia em breve
Sim, em breve hás de ser amado!
E então terás contentamento.
Então em êxtase deslumbrado
Ouvirás a canção do vento
Que há de encher de plena alegria
Todos os teus vãos momentos
Que agora são poesia
E lírico vislumbramento!
Sim, não são mais que nostalgia...
Esse ardente sentimento…

Oh, trágico amor!
O amor não correspondido
Com a mesma força de pensamento.

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 3 de junho de 2010

NÃO DÁ PRA IMAGINAR



Como posso, John Lennon,
Não me preocupar com o amanhã
Se o hoje só me traz incertezas
E está tão longe Aldebarã?…

Como posso imaginar
Não haver paraíso
Se para a vida embelezar
Um pouco de sonho é preciso?

Quando dizes que bom seria
Se não houvesse inferno apenas céu
Transborda em ti uma suave poesia
E falas o vocabulário de Deus!

Mas quanto ao hoje que queres
Vivamos intensamente
Descartando a possibilidade de um amanhã
Sinto exalar de tuas entranhas um pessimismo agonizante
Que não resiste a grandiosidade da vida!

Como seria, me diz, John Lennon,
Se não houvesse o cricrilar nos grilos,
Se as estrelas não cintilassem
No bojo negro do céu tranqüilo?!

Como seria, John Lennon,
Se é que o podes me dizer
Uma tarde preguiçosa sem um vento ameno,
Um poema sem motivo para acontecer?!

O mundo seria, John Lennon,
Um verdadeiro caos de melancolia
Se não fora o lenitivo da Poesia!

by Léo Frederico de Las Vegas

Campeão de Acessos

DESILUSÃO...

De tanto te amar De tanto sonhar Que seria feliz Foi que eu me acabei Meu sonho quebrei E hoje sou infeliz… Por te amar tinha me...