SONETO DE DELÍRIO E FEBRE




Sobre os bicos delirantes dos teus seios nus
Pouso meus lábios excitados de desejo
E ofereces teu corpo coberto de luz
À febre demente e insensata do meu beijo!

Quando, através do tato, surpreso, te vejo
- Tal qual um verso de amor que encanta e seduz -
Os lábios entreabertos, não perco o ensejo
De mordê-los, sugá-los, beijá-los a flux!

Despontando na sombra em completa nudez
Entonteces meus olhos míopes, deslumbrados,
E me deixas na mais sublime embriaguez!

E eu te amo, purificando-te em meus pecados!...
- Unidos até a alma - vou ao mel de nossas bocas
Esculturando-te inteira em minhas mãos loucas!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

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