SONETO DA MAL-AVENTURADA DESVENTURA



Ninguém queira sentir o que sentindo estou agora:
Içar a saudade e, após, abandoná-la aos ventos!...
Um amor lindo viver sincero e em pensamentos,
Sem trair, porém, o amor que todo o dia me ancora.

Viver sem medos – deixe ferida aberta, embora...
Não machucar ninguém – nem trair meus sentimentos.
Viver a vida – adolescente por uns momentos
Ah, quem me dera ser! Sim, ser feliz como outrora!

– Por que foste aparecer assim tão tardiamente
Em minha vida, sombra querida do passado?...
– Por que agora, e não antes, se proibido me sabias?

(E eu então te amaria de forma tão languidescente
Que outro amor não haveria que ao meu fosse igualado!...
Mas não posso dar-me inteiro… e… inteiro me terias!)

by Pedro Paulo Barreto de Lima

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