SONETO DO AMOR NATURAL




Teus pudores subtraem-me a libido
E fico, inane, a te render o preito
Dos poetas desesperados, sem jeito
De a transparência louvar-te do vestido!

Quem me dera fosse o príncipe eleito
De teus sonhos e o lorde escolhido
Que vencesse dragões e que vencido
Aos teus pés declarasse amor perfeito!

Mas de um grande amor sou tributário
De um amor mais palpável, mais real,
Que ao som não brota de um estradivário,

Não tem a aura de amor medieval
Mas é amor, canto núbio de canário,
Pele a pele, e simples, e natural!

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