segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O GALO



Ele tinha as cores de um amanhecer tão calmo
E um canto triste e meigo e sedutor
Que despertava a aurora em elaboração
Depositando em cada coisa os resíduos da noite.

Como ele outros dilacerando a madrugada
Com suas vozes filhas de uma mesma canção
Iam tecendo o sereno rosto do dia
E o suave despertar de um novo Homem.

Ao vê-lo assim tão dono de seu cantar
Senti a minha imensurável pequinez…
Mas meu coração sorveu uma tremenda paz

Por que assim foi que eu pude perceber
Que se esvaindo a noite em lenta ebulição
Abriu-se em cada rosto um sorriso de Esperança.

by Léo Frederico de Las Vegas

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