sexta-feira, 1 de abril de 2011

ESCRAVO DA TERNURA



Meu coração de tua ternura é escravo
E servo humilde de teus encantos mil;
No dia em que partiste um como cravo
O acertou em cheio e se partiu.

De todas as mulheres do Brasil
(E olha que nisso o Brasil é pródigo)
Tu és a única que conhece o código
De meu amor secreto e varonil!

Por isso exalto nestes rudes versos
A graça de teu porte natural
Sobranceiro entre os mais diversos

Que existem pululando por aí...
Por isso exalto esse amor total
Que aprouve a Deus dar-me a ti!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 28 de março de 2011

MEDITAÇÃO SOBRE A MORTE



É inacreditável
Que tenha morrido!...

Ainda ontem recitava
Álvaro de Campos,
Deliciava-se com
As elegias epigramáticas
De Ricardo Reis,
Gostava incondicionalmente
Do Guardador de Rebanhos
De Alberto Caeiro
Embora detestasse
O Eu profundo
De Fernando Pessoa!

Sim, é inacreditável
Que tenha morrido
Em tão tenra idade!

A Morte, senhores,
É inacreditável.
No entanto, a cada dia,
Marca em minha vida
sua indelével marca!

A cada amanhecer
Ela me embriaga
Com seu fétido perfume

A cada nova aurora
Ela me traz o ocaso
Da desilusão!

A Morte é
Inacreditável,
Acreditem,
Mas a cada dia
Adormeço e
Amanheço em
Seus braços
Ensaiando
O script
Do grande
A
    t
o

   f
i
   n
      a
  l
    !

by Léo Frederico de Las Vegas

sexta-feira, 25 de março de 2011

DESFIZ AS TUAS ENFERMIDADES



A expressão “Você é diferente”
Estigmatizou minh’alma
Trazendo à tona, ao consciente
As inexoráveis lembranças de insensível gente
Querendo a paz tirar-me e a calma!

Um gemido abafado
Entrecortava todo o meu ser
Eu era um “joão-ninguém” amargurado
Seria a minha solução morrer!

Foi quando então surgiu uma luz
Onde imperava a escuridão
Surgiu-me em sonhos o meu Jesus
E me falou ao coração:

- Agonizando lá no madeiro
As mais terríveis penas sofri
Sendo de Deus Pai o Cordeiro
Vituperado eu fui por ti.
Eram tantos os teus pecados
Que cabisbaixo fiquei na cruz
Por Deus, o Pai, fui desamparado...
Até o sol me negou sua luz!
Mas as tuas dores na cruz cravei
Desfiz as tuas enfermidades
Após três dias ressuscitei
Vencendo a Morte e a Maldade!

Quando quiserem te torturar
Trazendo à baila o seres diferente
Sabes onde paz encontrar
E conforto? Em Mim somente!
Na cruz morri pra te salvar
Alegra, pois, teu coração!
E quando a tristeza te assaltar
Aos céus dirige uma oração.
Estarei atento à tua prece
À voz do teu rijo clamor
E hás de ver que de tuas dores
Deus se compadece
E as transforma
Em manancial de amor!

*
Desfez-se, pois minha aflição
No momento em que ouvi Jesus
E as trevas do meu coração
Desfizeram-se. Raiou a luz!…

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 23 de março de 2011

O QUE VEM DEPOIS DO ADEUS



É numa profunda melancolia que neste momento
Assisto à soturna e sonolenta morte do sol…
Não vejo o lindo arrebol que embevece os poetas
Mas o prenúncio de uma noite obscura e interminável,
Noite na qual jaz submersa a minh’alma!
Este foi o dia mais infeliz de toda a minha vida…
Vejo-o como se não houvesse existido nunca
E tudo se me afigura como um grande abismo,
Um beco sem saída. E esta noite sem estrelas
Vem aumentar minha tristeza e minha solidão…
Dos meus olhos correm rios de lágrimas,
Lágrimas amargas que traduzem a perda de um grande amor!
Ainda ouço o eco de tua voz me dizendo: “adeus!”
Doce instrumento de tortura.
E vejo tudo isto como num sonho indesejável!
No entanto, o estar eu sozinho neste momento
Denuncia a triste realidade…
Perdi você, perdi a minha vida, perdi tudo…
Não mais existo… E estes meus tristes versos
Dizem claramente que morri por teu amor, meu grande amor!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 21 de março de 2011

LAMENTO DE SUZANA




Você se foi por esse mundo
E meu coração em meu peito
Parou por um segundo
Estava insatisfeito…

Teu olhar era de adeus
E ecoou nos olhos meus
Que atônitos não acreditavam
Que você me desprezava!

Uma lambisgóia desprezível
Roubou você de mim
Agora sei: não há amor invencível
Até a morte tem fim.
... (... fragmentos de um poema que se envergonhou e não quis
crescer…)

by Léo Frederico de Las Vegas

domingo, 20 de março de 2011

O AVISO



Bateram-me à porta
E de preguiça
Não fui atender.
Inda bem!
A Morte de cansada
Se foi embora
E me deixou viver!

by Léo Frederico de Las Vegas

sábado, 19 de março de 2011

À MAIOR LUA DO ANO



Com exuberância magnífica
E precisão astronômica
Surges, ó maior lua do ano,
33,5' de puro esplendor e beleza!
Surges, bela, na linha do horizonte
Para encher a minha vida
Com tua majestosa presença!
É salutar ter a tua companhia
Nessa noite que se avizinha,
Noite de murmúrios,
Augúrios e mistérios!
Noite gótica que ocultará
O orgasmo das noivas suicidas
E o suspiro de prazer
Das estrelas cadentes!
Noite que receberá
Em sua boca
O gozo das virgens
Insandecidas
E inebriadas
De tua magnífica
Exuberância,
Ó Lua maior do ano,
Lua maior de março,
Lua Cheia, cheia
De minha vida tão vazia!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

sexta-feira, 18 de março de 2011

FRAGMENTOS DE UM POEMA



… E as horas são rios passando devagar…
Então, desperto para um novo dia...
Deixando aquém da noite morta a melancolia
E tem um novo sentido então o amar!…

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 14 de março de 2011

DROGAS?! NEM MORTO!

 
 Ao Franklin Roosevelt Andrade Franco
Que pena
Te reencontrar
E constatar
Que nada mudou!

Não vale a pena
Se automutilar
Tentando sufocar
Do peito essa dor…

Crias um mundo
De somente fantasias
No instante infecundo
Em que moribundo
Te deixas levar
Por esta por… caria!

Olha, a vida lá fora
Reina soberana
Enquanto que aqui/agora
Numa angústia insana
Te vais matando aos poucos…
Ah, que momentos loucos,
Fugaces… fatais!

Amigo, não é esse
O caminho da paz!

Sai desse abismo
Antes que escureça
E tudo em volta se torne
Em treva espessa.

Medita com atenção
Nesse meu soluço de conforto
Que me salta, aflito, do coração:
Drogas!… Drogas?! Nem morto!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 10 de março de 2011

INFINITIVO



Ah!…
Ter todo o repertório musical do mundo!
Ler em cada poema a miséria humana!
Congratular-me com a dor de cada um!
Ser feliz à simples lembrança de um amor perdido!

Não temer a solidão
Ser duro, intratável,
Enfim, ser poeta!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 9 de março de 2011

O CANTO DA SEREIA



À beira-mar meditando
Nas minhas desventuras
Ouço um meigo e suave canto
Que me enche de ternura!

Esse canto que eu ouço
E que me deixa maravilhado
Sai dos lábios inefáveis
De um ente encantado.

Esse ente maravilhoso
De tão doce e suave canto
É uma linda e meiga sereia!

Sendo um ser esbelto e garboso
Com seus sorrisos e encantos
A minha pobre alma enleia!

by Léo Frederico de Las Vegas

sábado, 5 de março de 2011

RAIOS DO SOL



A brisa leve sopra no horizonte!
Amanhece um novo e belo dia.

vejo à minha frente aqui defronte
O despontar do sol com alegria!

Todos os dias contemplo os raios solares
Banhando de viva luz o levantar das manhãs…
Eles, faceiros, invadem todos os lares
Diariamente a partir da Ilha da Maracanã!

Maravilhado, supino, esbelto, vejo a vida
Por um ângulo de sublimes esplendores…
Vejo o raiar e o pôr-do-sol, sua despedida…
Pois ele me faz pensar em meus amores!

Todos os dias meu coração nasce alado
Cheio de vida e de amor pra dar.
Vejam como é bom viver apaixonado
Pelo raiar do sol, pela lua, pelo mar…

Olhando o sol teço uma poesia!
Seus raios me inspiram um poema…
Assim vivo feliz vislumbrado de alegria.
O sol é minha vida, meu tudo, meu emblema!

Emblema do amor, símbolo da paixão!
No sol há vida, há sonhos, luzes, cores…
E assim vivo feliz, pois amo de coração...
Minha vida, meus poemas, meus amores!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

PROMESSA DE AMOR



Ensimesmado na beleza do silêncio
A única voz que ouço
É a do coração
Que diz para não deixar-te!
Ouço-a e então me reconforto
Pois ainda que não a tenha
Em meu colo
Ainda que nunca
Faça um cafuné
Em seus cabelos
Você,
Sim, você estará
Para sempre
Em meu coração
Estará para sempre
Em minhas lembranças
E por isso
Nunca irei abandoná-la!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

domingo, 27 de fevereiro de 2011

SONETO DOS LAÇOS ETERNOS (ORFEU & EURÍDICE)



Estou unido a ti por todo o sempre
E nada há que nos possa separar.
Nosso amor (passe o tempo que passar)
Continua sendo o mesmo, visto que entre

Nós existe a química do luar
De quem viu a lua abrir o ventre
Pra que nascesse o Plenilúnio! Entre-
Mentes não vimos se concretizar

O sonho de vivermos plenamente
Na placidez dos tempos, ternamente,
O amor que triunfou sobre os infernos!

Amor igual assim eu desconheço:
O nosso sentimento não tem preço
E os laços que nos unem são eternos!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

UM PEDAÇO DE MIM


No triste momento em que você saiu da minha vida
Foi amputada uma parte de mim.
No instante mórbido em que me disseste adeus
Com você se foi embora uma parte de mim,
Pois contigo levaste  o meu coração…

Agora a profunda saudade
Dos nossos momentos de felicidade
Fere o meu coração de intensa nostalgia
E, sozinho, penso em você,
Meu grande amor!

Se lembrar você todos os instantes
Acabasse o meu sofrer e trouxesse você de volta pra mim
Eu seria a pessoa mais feliz
Pois não te esqueço um instante sequer.

Em vão tento fugir dos meus amigos;
Em vão tento fugir dessa saudade!

E é assim que pensando em você fecho meus olhos
Para que a tua imagem se me afigure
Como naquela noite enluarada
Em que você me confessou o seu amor…

Aqui e agora a solidão é minha atroz amiga
E o que me consola é lembrar
O momento em que falaste com o profundo de tua alma
Que eu seria
O teu único, o teu eterno amor!

Que doce e arrebatadora consolação!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

LAMENTO À LUA MINGUANTE



Venho pedir-te humildemente em prece:
Cura a dor que em mim não desvanece

Da saudade da sempre Amiga e Namorada
Que um vento mau levou pela estrada

Da vida afora, afastando-a de mim
Para o longínquo do adeus sem fim!

Minha prece ouve, ó lua minguante,
Dá-me que eu seja teu eterno amante!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O SEGREDO DO VENTO



O romper da alva já se aproxima;
Os pássaros cantam alegremente
Uma estrela a luzir lá em cima
Lembra-me do meu Deus Onipotente!

São oito horas! O céu está lindo!
A poesia das cores é deslumbrante
E as árvores balouçam-se ouvindo
Do vento um segredo sussurrante.

É o segredo de um amor proibido;
Uma paixão ardente e salutar;
Um romance, talvez, já esquecido…

E as árvores ridentes a escutar
Esse segredo com um atroz gemido
Soluçam e choram por este mal de amar!

by Léo Frederico de Las Vegas

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A SONG FOR MELGAÇO


Melgaço,
Já disseram
Que és “o refúgio dos pássaros”
O “ponto em seguida da beleza”
E que “tuas matas verdes encerram”
Maravilhas indescritíveis…

Imortalizaram-te
Nas mais belas páginas
De tua literatura embrionária!

Todavia,
Teus poetas sonhavam
Enredados
Num labirinto de utopias
Quando te pintaram
A Vênus imponente
Adornada de imortal beleza!

A verdade, porém,
É que saltas
Ante meus olhos míopes e nauseados
Como uma criança maltrapilha
A mendigar uma gota de carinho…

(Carinho de lua cheia!)

És uma pobre flor entreaberta
Ao forte sol de verão
Que queima e dilacera
As pétalas da esperança!

Estás enclausurada
Em tua própria concha,
Não vês?!

Desperta, desperta, Melgaço!…
Olha à tua volta
E vê os lírios que acordam líricos
Nesse suave amanhecer!

É chegado um novo tempo
Aonde os teus sonhos desvairados
Se cristalizarão
Na mais pura verdade!

Ver-te saltar deste emaranhado de ilusões
Para a concretização
De um amanhã feliz
É um êxtase de ternura
Para a minha alma de poeta!

Nesse palco de indecisões
Teus atores ensaiam a vida
Que palpita
Radiante em teu seio…

Melgaço,
Minhas congratulações
Aqui e agora quero dar-te
Pois é bom demais
Ver-te florindo,
Desabrochando
Para a Arte!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

À MINHA BEM-AMADA, A POESIA!



Oh! Muito mais que explicada
Ela precisa ser sentida.
Roçar-lhe a superfície d'alma
ou mergulhar seu ser profundo

Eis a tarefa inesperada
Que por mim deseja ser fruída;
Não promete nenhuma palma
Mas é o bem maior do mundo!

Lenitivo pra minhas dores
E bálsamo cicatrizante
Dos meus pesares - alegria!

Meu triste gris em vivas cores
Vai transformando hilariante
A minha Bem-Amada, a Poesia!

by Olímpio José de Araújo

sábado, 19 de fevereiro de 2011

SONETO DE UM AMOR ETERNO, IMORTAL!



Por toda a vida minha vou te amar
Com maior intensidade que Vinícius
E hei de suportar quaisquer suplícios
Pra que eu possa em teu colo descansar.

Por teu amor desprezei todos os vícios
E gozos que pudessem me encantar;
Me fiz poeta pra em versos desenhar
Tua alma plena zerando os desperdícios!

E, por isso, meu amor é mais bonito
Que as canções do rei Roberto Carlos
Por que é sublime e maior que o infinito!

E por mais que eu viva em desventura
Serei feliz a curtos intervalos
Sempre que, amor, lembrar-te com ternura!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

NON TE SCORDA DI ME...



Quando Diana assomar no céu
Por sobre a crista das montanhas, triste,
Lembra, querida, do que puro viste
Nos meus olhos naquele escarcéu

De emoções do reencontro. Riste
Para as brancas paredes do hotel
Que protegiam desse mundo cruel
O amor que em nosso peito inda persiste...

Hoje, Diana vai aparecer faceira
E inundar a noite com o sorriso
Mais amável que tiver na algibeira!

Quero que saias também, pois é preciso
Que ela te veja e desmaie de tonteira
Ante a beleza maior do Paraíso!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

FOGO QUE AMENIZA MINHA DOR



Se eu te pudesse exprimir agora
O que me vai no rosto entristecido
saberias, de certo, o que hei sofrido
Co' essa louca paixão que me devora!

E que horas a fio fico, esquecido,
Dos problemas querendo ir-me embora
Pra o teu regaço nas asas da aurora
E ao teu lado estar amanhecido!

Não posso entanto! E a cruel distância
É um corcel a galope na doce ânsia
De lembranças levar-te desse amor...

Vou recolher-me, querida, já é tarde,
Pois no lume da ternura ainda arde
O fogo que ameniza a minha dor!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

SEM DIZER ADEUS



Faltou nas palavras mais brandura,
Mais ternura no gesto, no olhar;
Faltou calma no ato de expressar,
Faltou luar na noite triste e escura!

Faltou no vaso a flor tão esperada
E na escada o passo indeciso;
Faltou da inocência o Paraíso,
Siso em decisão precipitada!

Faltou o abraço lasso, abraço terno,
Sob o cúmplice olhar de Deus!
Restou a perspectiva do inferno.

Faltou, enfim, o meu olhar nos teus
E o nosso amor que parecia eterno
Foi-se embora sem dizer: "adeus!"

by Manoel da Silva Botelho

domingo, 13 de fevereiro de 2011

ABRE-ME, POIS,TUA CAIXA DE PANDORA!



Vem, amor, minha nudez já te espera
Nesta noite friorenta de inverno!
Quero te amar de um jeito muito terno
E colher em tua boca a primavera!

Quero mostrar-te essa fúria de fera
Que habita o meu coração fraterno;
Ser na cama teu escravo e subalterno,
Tuas vontades fazer, ah! quem me dera!

Vem, querida, pois já ardem os meus lábios
Para o mel, lamberem-te, sem ressábios...
Esqueçamos, pois, a vida la fora

E entreguemo-nos à paixão intemerata
Sob a bênção desse luar de prata...
Abre-me, pois, tua caixa de Pandora!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

SONETO DE CURTIÇÃO



Estou de viagem marcada
Vou conhecer o sertão.
Venha comigo, camarada,
Vai ser a maior curtição.

Essa viagem será abençoada
E fará um grande bem à emoção,
Pois o corpo e a alma turbada
Revigorados voltarão!

Vou viajar! É um sonho antigo!
E te levo, leitor, comigo,
Por favor, vê se não some!

Pois mostrarei ao povo de lá
Que a sina deles se pode aturar:
- Existe coisa mais feia que a fome!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

FASCÍNIO CRESCENTE



A beleza da lua me encanta
Seu Crescente fascínio cativa-me
Cativo sou prisioneiro das horas
Perdidas horas de melancolia!

Vã melancolia que se esvai
Esfumando-se na prece singela
Que minha'alma oferta ao luar
Luar que me enche de gozo
Gozo: resultado de amar!

by José Olímpio de Araújo

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SAUDADES DE MINHA MÃE



Sinto falta do calor do teu abraço
Nas friorentas noites de inverno
Do carinho, da ternura e do laço
Que nos unia de um amor eterno!

Do aconchego maternal, fraterno
E até do silêncio de teu passo
Cadenciado vindo de compasso
velar meu sono, noite à dentro, terno!

Mas então, a Indesejada, sorrateira,
Pra muito longe te levou por fim...
Pra morada, de todos, derradeira!

E eu fiquei tão sozinho, ai de mim!
Sentindo uma saudade verdadeira
De teus cuidados, mamãe, meu querubim!

by Olímpio José de Araújo

sábado, 5 de fevereiro de 2011

SENTIMENTAL



Que universal
O poeta dos grilos
Dono de transcendental
Poesia
Que sentisse a Morte
Não como a Dama de Negro
Mas como um Anjo Bom
Que abrisse os
Portais do Paraíso.

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

SONATA À LUA NOVA



Vago luar,
Luar vagabundo
A esparramar
Neste moribundo
Poeta xinfrim
Toda a sua ternura
Quero-te assim
Numa iluminura!

Na iluminura
Do sertão da vida
Cura-me a ferida
E a desventura
Com delicadeza
Diz pra a Namorada
Que ela é com certeza
Minha Bem-Amada!

Lua sem igual
Minha lua única
Vejo-te em luau
Envolta numa túnica
Face cor de rosa
Pronta para amar
És a radiosa
Moça do meu sonhar!

És meu bem querer
Tens-me à toda prova
Vou sempre amar você
Oh, minha lua nova!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

RETRATO EM NEGATIVO DA BEM-AMADA



Hoje não quero o teu corpo envolvente.
Quero tua alma e um pouco de libido.
Quero-te a essência; fruir o escondido
De teus sonhos! Fruir-te inteiramente!...

Hoje quero teu desejo inausente
Na maciez da pele do vestido.
Quero trazer-te o cálice embebido
De ternura pra amar-te docemente!

Enfim, vou desnudar-te em meus poemas
E descrever tua alma no papel
De tal forma que verás tua imagem

Exata refletida. Serei fiel
Ao teu retrato que verás apenas
Teu sorriso iluminando a paisagem!

Campeão de Acessos

DESILUSÃO...

De tanto te amar De tanto sonhar Que seria feliz Foi que eu me acabei Meu sonho quebrei E hoje sou infeliz… Por te amar tinha me...