SONETO DE DESENCANTO



Vi certo dia um poeta sentado
À beira de um caminho a meditar
Na sua infância, sublime passado,
Tempo em que a gente começa a amar!

Vi o poeta chorando amargurado
A perda de sua linda Sereia do Mar...
Sozinho, alheio, queria ficar,
Posto que se achava entediado!

Queria, entãos, lamentar sua desdita,
Queria amaldiçoar a sorte maldita,
Queria morrer, mas não ser enterrado...

Assim os abutres do céu o comeriam,
Os urubus na certa provariam
A dor do desencanto no poeta impregnado!

by Léo Frederico de Las Vegas

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