Quero provar a doçura do veneno
Que desce pela taça de teus lábios
E procurar teus mamilos, sem ressábios,
Rumo à ribeira de teu ventre moreno!
Quero sorver a taça do desejo
Que deixa adivinhar a flor morena
Que trazes cheia de graça e de pejo
Entre as pernas de gerânio e açucena!
Quero provar o sal dessa doçura
Na noite constelada de abismo
(Ah, noite que te deixa ensandecida!)
Que ao te ver caminhar entre a ternura
Dos meus versos, então divago e cismo
De dar-te... e dou-te, enfim, minha vida!
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