sábado, 18 de setembro de 2010

AOS AMANTES DOS MEUS VERSOS LOUCOS



Eu vos dou de beber da poesia
Que jorra de minh’alma entristecida
Reencenando a cena dolorida
Que me levou embora a alegria…

De beber eu vos dou da fantasia
Que trago camuflada, escondida
Sob o olhar de fênix renascida
Denunciando meu pudor a cada dia.

O pudor de amar sem ser amado,
De entregar meu coração apaixonado
À Moça linda lá da casa de reboco.

Eia! Bebei até fartar-vos desse vinho
Que escondi em meu peito com carinho
Para vós que me achais poeta louco!

by Léo Frederico de Las Vegas

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ANGÚSTIA D’ALMA

 

Oh, não! Não me leias!
(Estou amargo!)
Meu poema
É um veneno letal
Para os teus
Ouvidos líricos!

Jamais
Encontrarás versos
Que te exaltem -
Imagem escultural -
Enquanto mulher!

Tampouco
Terás a comoção
De ver teu trabalho
Diversificando-se em mais-valia,
Ó operário em construção!

Mulher,
Musa inspiradora
Dos poetas românticos,
Simbolistas, parnasianos,
Modernistas
És agora
A musa delatora
Dos meus tristes versos
Que pairam
Sobre a miséria do mundo.

Ó operário
Em construção
Que sempre dizias sim
E agora dizes não
Teu não é agora
Carregado de tristeza
E procuro
Encontrar em teu soluço
A resposta
A solução
Para o drama,
Fantástico,
Energúmeno drama
De ser humano.

Oh, não! Não me leias!
Por favor
Faz qualquer outra coisa
Como por exemplo
Ouvir os Mamonas Assassinas
Mas, não me lê!
Por que irias marejar
Teus olhos?

O meu drama
Oh, que patético!
É um veneno letal
Que poderá
Corroer-te a alma
E te lançar
Nesse oceano de desilusões
Em que me encontro.

Teus ouvidos líricos
Precisam de Beethoven,
De Mozart
Embora
Tenham sido eles vítimas
Da mesma melancolia!…

Ó teus olhos precisam
Inebriar-se de Bandeira
Embora este
Tenha-te flagrado
Catando comida
Entre os detritos!

Precisas de Drummond
Com o seu mundo,
Mundo, vasto mundo!
Que embora
Tenha um solo fecundo
A milhões, ouviu?
A milhões nNega o pão!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

ILUSÓRIA MIRAGEM


Cerrando os olhos eu posso ver
A tua lúcida e encantadora imagem
Vindo de mansinho afagar meu ser
Na mais alucinante e ilusória miragem!

E, sendo enlevado pela imaginação
Vejo então que você vem me consolar.
Todo o meu íntimo vibra com emoção
Quando tua boca de estrelas me vem beijar!

Nessa louca miragem, nessa ilusão
Você me beija, me abraça e me ama
E me faz feliz de vez o coração!

Com amor, me levas para a cama
E matas a minha ardente paixão
E me apagas do prazer as vivas chamas!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PARA CANTAR TEU AMOR


Quem me dera a pureza do canto
Dos rouxinóis, sabiás e canários,
Para, no dia de teu aniversário,
Dizer-te, meu bem, que te amo tanto

E que amor maior que o que canto
Não existe em nenhum stradivarius.
O meu vence o tempo - e é necessário -
Crepitando do peito no acalanto.


Queria tanto de rosas coroar-te
E tirar de tua estrada os espinhos
E nos meus versos, pois, eternizar-te...

Cobrir-te, enfim, de dálias e carinho,
Ser o teu escultor, obra de arte,
E ninar nesta manhã teu soninho.

domingo, 12 de setembro de 2010

SONETO DE AMOR EM FACE DA MORTE



Quem das rosas não perceber o brilho,
Nem sorver das estrelas o perfume;
Quem das casernas não acender o lume,
Ou quem da vida não seguir o trilho;

Quem não traçar do poema o estribilho,
Nem dos gregos heróis sentir ciúme;
Nem discernir do verme o vaga-lume,
Querer ser dos deuses não pode filho...

É preciso ter a alma enternecida
Pra inalar o olor das constelações
E a luz ver da mais tenra margarida...

... Nada mais pede a sina de um cantor
Que ser feliz e viver de emoções
E em face da morte falar de amor!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

sábado, 11 de setembro de 2010

CAMUFLAGEM



Perdoe-me ser este ser tão camuflado
Que se despe ante o olhar inquisidor
Da excelsitude quimérica do amor
Que aos meus olhos tens descortinado...

Perdoe-me, pois eu sou barco naufragado
Com a quilha e o leme expostos ao torpor
E o patilhão a soçobrar-se num langor
Que me atormenta o coração atribulado.

Não sou mais que o cavaleiro misterioso
Que te perturba nas noites de insônia,
E se nutre de tua libido e de teu mel.

Perdoe-me, que sou poeta sem vergonha,
Por isso faço o meu cantar pecaminoso
Subir à graça salvadora de teu céu!

by Léo Frederico de Las Vegas

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

SONETO DA DEUSA HUMANIZADA




Em seu sono inocente, toda nua,
Ela dormia no leito - desmaiada -
Com a face feliz, transfigurada,
Trazendo, no sexo, o esplendor da lua.

Que encanto! Que maravilha! Na sua
Beleza rara de deusa sagrada
Estava pura, ainda que profanada,
Ao toque vil de minha carne crua.

Que desventura de minha amante louca
Viver o intenso amor em devaneio
Com um poeta cuja vida é pouca

Mas que frente a tal deusa, sem receio,
Humaniza-a beijando-lhe a boca
E sugando-lhe o mel da vulva e o seio!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

(IN) FELIZES PARA SEMPRE



O tempo corroeu minha ternura
E o sorriso de meus lábios se esvaiu.
Já não vivo nenhuma aventura,
Meu coração em mil pedaços se partiu

Porque de vidro era - desventura! -
Bem como a flor que em meu jardim floriu.
- A flor de inocência e candura
Que ao meu simples toque sucumbiu!

Meu coração estilhaçado permanece
Entre os cipós e a pátina do tempo
E no jardim - flor alguma reverdece...

Há, tão-somente, uma natureza morta
E um silvo assustador!... Lamento
Da paixão que sucumbiu à Moura Torta!

by Léo Frederico de Las Vegas

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

UMA CANÇÃO À LUA CHEIA!


Lua cheia tu és a fonte
Aonde o poeta vem saciar
A sua sede de horizonte
A sua sede de amar.

És meu encanto, ó lua cheia,
A ti um dia quero voar
Fazer castelos em tua areia
Onde o meu bem possa morar.

Quero em ti felicidade
Amor e paz encontrar…
Quero num átimo de saudade
Nas tuas ruas passear

Como minha amada,
Feliz da vida, braços dados!
Ó lua cheia, encanto puro
Dos corações enamorados!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

AMOR, SUBLIME AMOR



Marta,
O milagre da vida se repete
A cada novo amanhecer…
À medida que o sol e a lua se sucedem
Mais, muito mais amo você!

É um sentimento lindo
Que me invade a alma
E me faz feliz.

Uma vontade louca
De beijar-te a boca
E te ver sorrir!

Quero transformar
Em sincera poesia
A doce sinfonia
Desse teu olhar!

Quero morrer nesses teus suplícios
Pois a vida corre como fumaça…
E nos teus braços plagiar Vinícius:
Te quero tanto, Mulher que passas!…

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A POESIA DE TEUS OLHOS


A poesia dos teus olhos
Esse fulgor que me devora
Vem sussurrar-me ao ouvido:
“Sê feliz!” E mando a solidão embora…

E sobrepondo-me aos desenganos
Sou feliz! Sou feliz porque te amo!

by Léo Frederico de Las Vegas

terça-feira, 31 de agosto de 2010

BALADA DO ETERNO AMOR



Palavras que me tocam o coração
Carinho, amor, ternura e solidão!
E se uma rosa vejo despetalada
A minh’alma tenho espedaçada
E de você então lembro, ó Amada!

Essa ternura infinda e sem malícias
A lembrança me traz de tuas carícias…
Recordo os momentos por nós vividos
Você a me dizer: “Ó meu querido,
A vida sem você não tem sentido!”

E me abate uma enorme solidão.
Só dá você em minha recordação
E com a alma cheia de ternura
Peço a Deus que passe essa tortura
Pra eu contigo viver outras loucuras!

Amor maior não há nem mais estranho
Que o meu desde os tempos de antanho
Que se uma rosa vejo despetalada
A minha alma tenho aos teus pés dilacerada
E então penso em você, ó minha Amada!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O GALO



Ele tinha as cores de um amanhecer tão calmo
E um canto triste e meigo e sedutor
Que despertava a aurora em elaboração
Depositando em cada coisa os resíduos da noite.

Como ele outros dilacerando a madrugada
Com suas vozes filhas de uma mesma canção
Iam tecendo o sereno rosto do dia
E o suave despertar de um novo Homem.

Ao vê-lo assim tão dono de seu cantar
Senti a minha imensurável pequinez…
Mas meu coração sorveu uma tremenda paz

Por que assim foi que eu pude perceber
Que se esvaindo a noite em lenta ebulição
Abriu-se em cada rosto um sorriso de Esperança.

by Léo Frederico de Las Vegas

sábado, 28 de agosto de 2010

MINHA DOCE INSPIRAÇÃO E BEM-AMADA



Se a poesia que me brota da alma
Nas esquecidas horas da saudade
Pudesse expressar toda a verdade
E do meu peito demonstrasse a calma,

Se à passagem do meu verso palma
Fosse pelo caminho, por bondade
Estendida, sei com sinceridade,
Que não sofreria da soberba o trauma

E passar faria nos desvãos da lua
Os versos frouxos que tentei compor
Ao longo desta minha caminhada

E que te traduzem a imagem nua!
Oh, visão excelsa do meu caro amor
Minha doce inspiração e bem-amada!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

MEDO E SEGREDO



Tenho medo de tornar-me um homem sério
E perder o encanto da poesia
Bálsamo d’alma! Do esp’rito refrigério,
Doce recanto da minha fantasia…

Tenho medo de perder esse mistério
Que me enche a vida de alegria
De um dia não mais ser e o
Meu triste ser imergir em nostalgia!

Então para afugentar esse meu medo
(Vou te contar aqui o meu segredo)
Faço versos inebriados de luar…

É através deles que me eternizo,
Pois para ser imortal só é preciso
Vencer o medo e o eterno amor cantar!

by Léo Frederico de Las Vegas

Campeão de Acessos

DESILUSÃO...

De tanto te amar De tanto sonhar Que seria feliz Foi que eu me acabei Meu sonho quebrei E hoje sou infeliz… Por te amar tinha me...