domingo, 12 de setembro de 2010
SONETO DE AMOR EM FACE DA MORTE
Quem das rosas não perceber o brilho,
Nem sorver das estrelas o perfume;
Quem das casernas não acender o lume,
Ou quem da vida não seguir o trilho;
Quem não traçar do poema o estribilho,
Nem dos gregos heróis sentir ciúme;
Nem discernir do verme o vaga-lume,
Querer ser dos deuses não pode filho...
É preciso ter a alma enternecida
Pra inalar o olor das constelações
E a luz ver da mais tenra margarida...
... Nada mais pede a sina de um cantor
Que ser feliz e viver de emoções
E em face da morte falar de amor!
by Pedro Paulo Barreto de Lima
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