Por que me atiçaste o fogo extinto
Eu que não tinha mais prazer na vida
E tornaste-me a estrada colorida
E me fizeste amar-te por instinto?
Por que na taça esse vinho tinto
Inebriando a paixão desinibida
E a auréola de desejos, descabida,
A enfeitar-te o gozo que pressinto
Nesse instante de ternura e abandono?
Por que me foste despertar do sono
Eu, que jazia, Princesa Envenenada,
Numa redoma de vidro, intocável?
Por que agora me apareces tão amável
Se sabes que já não sou a tua Amada?!
by Yara Cínthya Marcondes da Silveira
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