domingo, 30 de setembro de 2012

A LUA CHEIA E O MÚLTIPLO ORGASMO DA BEM-AMADA



Noite de lua cheia. Rua em silêncio. Todos dormem...
No nosso quarto a única luz é a do luar.
Entre lençóis, corpos desnundos, tesão informe,
Pernas abertas, sedenta, me chamas pra te amar...

E entre elas me posiciono em direção ao teu sexo.
Então sentes minha boca macia... Minha língua (gemido)
A passear por teus grandes e pequenos lábios num amplexo
De prazer que envolve teu grelo saliente, latente, atrevido!

Estás em delírio!... Entregue, submissa, quente!
Afastas a pele e expões mais desse grelo ousado;
E eu então te sorvo, te sugo, mordisco-te sofregamente;
Ninguém nota, mas nessa rua silenciosa, nesse quarto

Nessa cama de lençóis de seda minha mulher
Morde travesseiros e lábios. Grita. Geme.
Expõe-se cheia de tesão, paixão, deleite! (E me quer!...)
Sensual, goza em minha boca um delicioso creme!

Ninguém nota. Só eu. Só eu vislumbro seu sexo carnudo,
Cheiro seu odor feminino, toco sua intimidade
E provo de seu gozo. Ninguém nota, mas ela arqueia seu busto,
Grita em espasmos e goza... E geme de felicidade!

Ela goza seu maior deleite, seu maior prazer em grande espasmo
Goza seu melhor gozo e tomba feliz de ter vivido um múltiplo orgasmo!...

sábado, 29 de setembro de 2012

OLHANDO O MAR



Ah! Olhar o mar
E senti-lo vivo
E ter a sensação
De que é a primeira vez....
O sol multiplicado
Em cada onda
E a vida acontecendo
De mansinho
Bandeiras ao sabor
Do vento lépido
E a brisa no rosto
Pensativo
Pensando dias
Melhores
Para o povo
Doce ilusão
De um poeta!

by Olímpio José de Araújo

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

AMORES PÁSSAROS



asas regressam
luminescentes
brumosas
noticiando
que o horizonte
se descerra
azul
por trás
das escarpas
galguemos, pois,
os frios penhascos
porque além
está a fonte
de Hipocrene!

by Olímpio José de Araújo

terça-feira, 25 de setembro de 2012

VELEJANDO PELA ILUSÃO



Nau frágil
Tenho fome
De outros mares
Singro ares
Cato o vento
Abso(r|l)vo
Os tormentos
Inspirando
Silêncios
Auroras
Boreais
Crepúsculos
Horizontes
De outros corpos
Tenho sede
Naufrágio

by Olímpio José de Araújo

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PAZ INTERIOR


O audível
Silêncio desta hora
Inunda o meu mundo de doce poesia
O rude verso desorbitado
Do soneto que não compus
Me vem sorrir à boca
Neste momento
De nostálgica entrega
E incomunicável amor
E, lá em cima, a lua
Com sua luz argêntea e musical
É a testemunha ímpar
De que cá embaixo
Um trágico poeta
Caminha a lerdos passos
A cismar no mistério da vida...

E o gracioso alfange
Me convida a viver
A hora suprema do amor
E, quedo-me, extático

À contemplação do Infinito!

by Léo Frederico de Las Vegas

domingo, 16 de setembro de 2012

TRISTEZA BLUE


Hoje estou triste
Porque vi
Em teus olhos azuis
A luminescência
De um triste
Horizonte triste!

by Léo Frederico de Las Vegas

sábado, 15 de setembro de 2012

POEMA À ETERNA LUA NOVA




Ó Lua Nova,
Tenho sede de ti!
Têm, meus olhos,
Fome do teu aroma
Que inunda o universo
Nas águas plácidas do amor!

Inebriado com teu encanto
Eis-me aqui, todo amor,
A lembrar-me que tenho algo a dizer
Neste mesmo instante a alguém
Que está distante, o meu bem!
Alguém que me faz mergulhar
No insondável mistério da Saudade,
Saudade que me aperta o peito
E vem marejar os meus olhos
Nas horas mais esquecidas da Solidão!

Algo que guardo em meu coração
Desde os tempos de criança
E que me acompanhou pela vida afora
Algo como: "Deixa-me viver
Contigo as boas coisas que traduzem felicidade;
Deixa-me absorver em tua vida
O mel da vida!
Deixa-me viver contigo
A realidade deste sonho...

Deixa eu te amar
Da maneira mais serena
Jamais amada!
Ah, deixa eu ser feliz!"

Sim, Lua Nova de setembro!
Tenho vontade de derramar
Sobre os teus pés a minh'alma
Para que eu seja transfigurado
De tênue luar
Para que eu possa
Sorrir e amar!

by Jayme Lorenzini García

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

MARCA REGISTRADA



É preciso sentir esse momento
E a poesia que ele traz, e a calma
Que traz em si um doce esquecimento
Que satisfaz a merencória alma!

É preciso despir-se do lamento
Que gera desconforto, dor e trauma;
E buscar o elixir, o lenimento
Da excelsa Poesia - louro e palma!

É necessário que se vá bebendo
Dessa áspera fonte de ternura
Que nos convida a estar vivendo

A paz que esse instante propicia.
É preciso inundar-se da candura
Que é a marca registrada deste dia!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

PACTO ESCUSO


Sob a luz sub-reptícia
Da lua de setembro
Quando a cidade dorme
Sob o acalanto
Dos anjos embriagados
Os gatunos se reunem
Ocultos no espectro
Da seriedade
Para depredar a paz
Surrupiando a aurora
De meu povo!

by Léo Frederico de Las Vegas

domingo, 9 de setembro de 2012

NOTURNO DA PRAÇA DA MATRIZ



Eles nos olham
Como almas
Transviadas!

Nós os olhamos
Como cegos
Guiando
Outros cegos!

Enquanto isto,
Lá das Alturas,
Ele a ambos olha
Como ovelhas
Desgarradas
E sem pastor...

Então
Num infinito
Gesto de amor
Ele se despe
De Sua glória
E morre
Por eles
E por nós!

by Léo Frederico de Las Vegas

 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O DESESPERO DA PALAVRA


O desespero
Desesperado
Da desesperança
Desesperou
Desesperadamente
Meu desesperar
Desesperando
A palavra
Em desespero!

by Olímpio José de Araújo

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O MUNDO DA CRIANÇA


O Mundo da Criança em tempos idos
Do ensino era um rústico espaço
Onde o aluno, aprendia, com embaraço,
Dos jambeiros, à sombra vã, floridos!

Passou o tempo... Sonhos adormecidos
Despertaram, um dia, sob o compasso
Da reforma que tornou um belo paço
O que antes nos deixava entristecidos...

É mais que um sonho O Mundo da Criança:
- É o futuro que se descortina
Trazendo aos corações a esperança

De um bom aprendizado, ousado e novo!...
E a pré-escola é pioneira, pois ensina
Que o porvir será melhor pra este povo!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

REMINISCÊNCIAS POÉTICAS



Do alto de minha desolada torre
Faço um poema xinfrim.
Não o faço como quem morre
Mas como quem chega ao fim

Do fim de um poço sem fundo
Que vai dar em lugar nenhum.
Ah! Se eu me chamasse Raimundo!
Ah! Se meu verso não fosse comum!

by Olímpio José de Araújo

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

domingo, 2 de setembro de 2012

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CANÇÃO DA MOÇA NA PRAÇA


Moçoila que sonha
O amor verdadeiro
Vem sempre à Praça
João XXIII
Mostrar sua graça
A quem primeiro
Uns versos componha
À sua negra tez
Espera o Príncipe
Mas quem chega é o Sapo
Roubando-lhe um beijo
Com sofreguidão
E é tanto o desejo
Por este guapo
Que ela lhe entrega
O seu coração!

by Zennon Rodrigues Tavares

terça-feira, 28 de agosto de 2012

CINZAS DA PAIXÃO



Busco em teus olhos
A luz do desejo
Mas já não a encontro
Porque teus olhos secaram-se
Transformando em cinzas
As chamas da paixão
Quando te foste, sem destino,
Pela estrada da vida,
E me deixaste abraçado
Com minha solidão!

by Olímpio José de Araújo

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ATÉ, QUEM SABE?, UM DIA!

Minha Eterna Bem-Amada,

Eu te amo
Mas me faltam palavras
Para expressar
Esse sentimento
Eu te amo
Mas não é tudo
Em si a expressão!
Eu te amo
E deve provar-te isto
Com o meu coração!...

Não consigo acreditar
Que em olhos onde antes
Brilhavam as chamas
Do mais puro amor
Hoje possam rolar
Abundantes lágrimas
De separação.
Mas é palpável esse teu sofrimento...
Os lábios que dizem:
Eu te amo
Também servem para cravar-te
Um punhal no coração
São uma flecha envenenada
Que te subtraem
A alegria de viver
E o coração que antes
Vibrou apaixonado
Hoje sangra de dor.

Essas palavras
Também machucam meu coração
E ele também sangra
À ideia de te perder...

No entanto,
Fui longe demais
Magoei-te
Em teu ponto mais sensível...
Mesmo sem querer,
Acredite,
Fui o algoz da tua alma!...

Levarei vida à fora a mágoa de ter sabido amar!

Quanto a você
Não se torture tanto assim
De forma alguma és uma inútil;
Eu, eu é que não aprendi
A te compreender
Não consegui ser tua alma gêmea!

Perdoa-me
Todas essas lágrimas
Todo esse sofrimento
Até mais, quem sabe?, um dia...
Porque
Não aprendi a dizer adeus!...

by Nuno Perez de Noronha

domingo, 26 de agosto de 2012

UM MUNDO DE FANTASIA

Meu amor
Tu és o sonho
Que emoldura
Minhas noites de luar...
És a felicidade
Que bateu na porta
Do meu coração
E pra sempre
Tornou-se minha hóspede!
Obrigado por tudo
Por toda a alegria
Por ser no meu mundo
Um mundo de fantasia!

by Olímpio José de Araújo

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

AMOR CRESCENTE


Sob a imensa claridade
Do luar nosso amor nasceu.
Pequenino, é bem verdade,
Mas depois ele cresceu!

by Jayme Lorenzini García

terça-feira, 21 de agosto de 2012

ASSIM COMO TU ÉS


O sol com seu brilho intenso,
A lua a refletir-se nas águas límpidas de um lago
E a multiplicar-se no agitado mar;
As estrelas que em forma de brilho me falam de amor,
O pássaro a cantar alegremente;
A cotovia a anunciar
Que Romeu e Julieta devem separar-se;
O bem-te-vi a dizer que já viu
Apenas um caso de amor assim...
Sim! Tudo isto a traduzir um paraíso
Só tem sentido ante a beleza do teu sorriso.
Amo-te pelo que és
Não pelo que me disseram.
Na terra, no mar, na amplidão anil
Eu sempre te amarei,
Mulher querida,.
Cartão Postal do meu Brasil!

by Jayme Lorenzini García

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ANDANÇAS


Andei na névoa entristecida
Por tuas lágrimas, teu carinho -
Verso branco sobre o breu
Do desencanto - turbante e talma -
Eu viajei por tua alma
E revelei tuas riquezas
Que a saudade corroeu!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

BRAÇOS DE AMOR


À ideia de uns longos braços
A me envolverem com carinho
Escrevo
Meus sentimentos
Numa folha de papel!
Fico tão comovido
Que o poema me brota assim
Tão natural
Como as águas de uma cachoeira

Cerro os olhos
Para ver tua imagem nítida
A exalar amor
Por todos os poros!

Sinto-me tão feliz
Que assalta-me, constantemente,
A tristeza de perder-te!...

São teus esses braços longos
Que me envolvem
Nesse momento de ternura
E contemplação.

Ah, quem me dera
Ser minha poesia
Simples e espontânea
Que se diluísse em carícias
Para dizer-te
O quanto és importante para mim!

É verdade
Que me atormenta cotidianamente
O medo de que minha poesia seja apócrifa
De que encontres em outros poetas
Tudo aquilo que tenho a dizer-te!

Mesmo que eu não seja tão original
Quero que saibas
Que os meus versos estão impregnados
Do teu cheiro
De tua delicadeza
Do teu amor...

Sem você eu não seria nada;
Sem você minha poesia não teria razão de ser
Porque foste a mulher
Que transformou toda a minha melancolia
Em suave canção...

Embora eu tenha ainda tristeza no olhar
Prossigo o meu caminho
Braços dados contigo
Na certeza de que um dia
Alcançarei o transcendental!

Queria encontrar
Uma forma simples
Para dizer que te amo
Mas acontece que esse sentimentalismo exacerbado
Mancha teus olhos
E não podes visualizar
A poesia dos meus!

Sabes (sei que sabes)
Que temos um longo caminho a percorrer
Doces aventuras a viver
Sonhos e fantasias a tecer
Já não serei eu,
Não serás tu,
Seremos nós
A construir juntos
O mais belo poema de amor!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

SOL E POESIA


O sol da manhã
Beijando as águas tranquilas
Infunde em minh'alma
A mais pura poesia!...

by Léo Frederico de Las Vegas

terça-feira, 14 de agosto de 2012

MANHÃ RADIOSA




Mais uma manhã radiosa
De verão se inicia;
A aurora silenciosa
Um novo dia anuncia
Cheio de novidades,
De muitas realizações
De ternuras, felicidades
Para muitos corações!

Sobre pobres e ricos
O sol estende a sua luz.
Seus raios são profícuos
À terra que tudo produz.
Ele de nós se distancia,
Mesmo assim seu esplendor
A cada instante do dia
Nos atinge com fulgor!

Ah! as flores desabrocham
Nas esplêndidas manhãs
Os passarinhos cantam
Entoando uma canção
Alegrando corações
Com sua maviosa voz
Trazendo mil emoções
Para todos nós.

Uma canção melodiosa
Trinam os passarinhos.
Aves com maviosas
Vozes gorjeiam carinhos
agradecendo alegremente
Ao Eterno que as criou;
Elas cantam suavemente
Em coro encantador!

by Olímpio José de Araújo

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

DE REPENTE...



E de repente
Descobrimos
Que ninguém,
Absolutamente,
Está imune a ela.

Reis e sábios,
Ricos e pobres,
Grandes e pequenos,
Negros e brancos,
Mulatos e castiços
Todos por ela
Somos nivelados
Ao que realmente somos:
Pó e cinza!

by Olímpio José de Araújo

sábado, 4 de agosto de 2012

SONETO DE NINGUÉM E TODO MUNDO



Uma parte de mim é todo mundo
- Ferreiragullarmente matutando -
Indo vazio após vazio acumulando
Cisterna, cacimba, poço sem fundo!

Sendo outro que não eu sou mais profundo
Diverso de quem me está admirando
No espelho - escaravelho penetrando
A carne púbere do verso imundo!

Um  amigo que ousasse traduzir-me:
O que sou e minhas múltiplas facetas
Muito além da humana e cinza tarde...

... E eu estaria livre para repartir-me
Em mil sonhos, mil cores, borboletas
A voar pela vida em grande alarde!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

SONETO DA INDESTRUTÍVEL SAUDADE



Simplesmente demoliram a Sede Grande
E soterraram os meus sonhos de criança
Que meus olhos marejam, tristes, à lembrança
Do que um dia fora dos meus planos estande!

Embora a alma angustiada aos ventos brande
Já não resta nem mais um pouco de esperança:
Só há escombros onde outrora havia dança,
Amargas lágrimas, onde fluía doce cande!

Veio o progresso... e 'tombou' teu patrimônio
Deixando-te, ó São Miguel, desabrigado,
Ao pé das luzes - ao relento - de neônio!

Mas as marretas não destróem o que guardado
Está no peito melgacense - aquilônio -
A Sede Grande e seu esplêndido passado!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

ALMA ESFACELADA



A minha alma quebrou-se em mil cacos:
Vidros, vidrilhos - pobres diamantes!...
Sinto a vida, às vezes, um pé-no-saco
E uma aventura assaz dilacerante.

(Inda que eu seja um servo vil de Baco
E de Calígula um dos mil amantes
Há de haver sempre um vazio - buraco
A corroer-me sem dó a todo instante!)

A minha alma quebrou-se: isto é fato!
Mil pedaços de um ser estupefacto
Ante a angústia sem par do existir!

Peço vênia à vida, peço penico:
Cada vez que me quebro, multiplico
E cicatrizo uma dor que não senti!

Campeão de Acessos

DESILUSÃO...

De tanto te amar De tanto sonhar Que seria feliz Foi que eu me acabei Meu sonho quebrei E hoje sou infeliz… Por te amar tinha me...