BRAÇOS DE AMOR


À ideia de uns longos braços
A me envolverem com carinho
Escrevo
Meus sentimentos
Numa folha de papel!
Fico tão comovido
Que o poema me brota assim
Tão natural
Como as águas de uma cachoeira

Cerro os olhos
Para ver tua imagem nítida
A exalar amor
Por todos os poros!

Sinto-me tão feliz
Que assalta-me, constantemente,
A tristeza de perder-te!...

São teus esses braços longos
Que me envolvem
Nesse momento de ternura
E contemplação.

Ah, quem me dera
Ser minha poesia
Simples e espontânea
Que se diluísse em carícias
Para dizer-te
O quanto és importante para mim!

É verdade
Que me atormenta cotidianamente
O medo de que minha poesia seja apócrifa
De que encontres em outros poetas
Tudo aquilo que tenho a dizer-te!

Mesmo que eu não seja tão original
Quero que saibas
Que os meus versos estão impregnados
Do teu cheiro
De tua delicadeza
Do teu amor...

Sem você eu não seria nada;
Sem você minha poesia não teria razão de ser
Porque foste a mulher
Que transformou toda a minha melancolia
Em suave canção...

Embora eu tenha ainda tristeza no olhar
Prossigo o meu caminho
Braços dados contigo
Na certeza de que um dia
Alcançarei o transcendental!

Queria encontrar
Uma forma simples
Para dizer que te amo
Mas acontece que esse sentimentalismo exacerbado
Mancha teus olhos
E não podes visualizar
A poesia dos meus!

Sabes (sei que sabes)
Que temos um longo caminho a percorrer
Doces aventuras a viver
Sonhos e fantasias a tecer
Já não serei eu,
Não serás tu,
Seremos nós
A construir juntos
O mais belo poema de amor!

by Léo Frederico de Las Vegas

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