domingo, 15 de janeiro de 2012

QUERÊNCIA

 

Quero o lume dos teus olhos
para a minha tentação

As delícias dos teus beijos
para a minha perdição

E o mel de teu clitóris
pra minha degustação...

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

QUE AMOR É ESSE?



Que dizem as cartas pelo tempo amareladas,
Que diz o tempo que tão ligeiro passa,
Sobre as nossas canções desesperadas,
Sobre o sentir que o nosso peito esgarça?!

Sobre o Amor que floriu pelas sacadas
De nossas vidas e nos encheu de paz e graça,
Sobre a Paixão que desceu pelas escadas
E expôs na rua essa triste rima esparsa?!

Que dizem os astros, que dizem as estrelas
Nos labirintos e entrelinhas siderais
Sobre a paixão que não pôde contê-las

E esparziu-se na infinitude deste amor?
Aprisiona-lo-iam as intempéries zodiacais?
Que força estranha conter-lhe-ia o fulgor?!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

AMOR ELETRÔNICO

 

Vou dizer que TE AMO em Caps Lock
Depois, Enter, dizer que te venero
E, Shift, Provar Que Eu Te Quero
Muito mais que ao meu Netbook.

Vou salvar-te, F12, sem truque,
No meu "Heart Disk" e, assim espero,
Revelar-te o sentimento mais sincero
- Arquivo oculto que só acha quem o busque!

Meu amor por ti são muitos Terabytes
Meu desejo, centilhões de Gigabytes
E meu carinho.doc não tem fim!

Windows, Linux, Solaris... Você é tudo.
E quanto mais eu tento, mais descubro
Que é impossível Deletar você de mim!

by Jayme Lorenzini García

sábado, 7 de janeiro de 2012

SONETO DE PERDÃO E TERNURA

 

Eu te peço perdão - disse Vinícius -
Por te amar assim tão de repente...
Sim, o amor, às vezes, pega a gente
Desprevenido e, então, nos traz suplícios!

Mas meu amor vence quaisquer sacrifícios
E não cabe em si de tão contente
Quando está ao teu lado! Simplesmente
Estar contigo é o melhor dos auspícios!

Faço minhas as palavras do poeta:
Perdoe-me por te amar, e se não
Soube ser o teu tudo, porventura!

Perdão por seres minha predileta
E o amor da minha vida! Perdão
Por te amar com carinho e doçura!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SONETO EM LINHAS TORTAS



Levei, da vida, porrada algumas vezes.
Inda que não contemporâneo de Pessoa
Venho, entanto, neste soneto numa boa
Confessar: Fui reles e vil! Levei revezes

Da vida, sofri muito enxovalho p'la proa,
E fiz pano de chão dos mais belos alfrezes;
No auge da vileza comi as próprias fezes
E cometi pecados que nem Deus perdoa!

Por isso elevo a minha infame voz humana
Para dizer que da ralé sou as narículas
Que chafurdam grotescamente pela lama...

Nunca fui Príncipe, tampouco semideus!
Sofri calado a angústia das coisas ridículas...
Oh, Álvaro de Campos, fui sempre um dos teus!

by Manoel da Silva Botelho

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ASPIRAÇÃO



Que saída encontrar pra o sentimento
Que se esconde latente em meu peito
E arrebata-me a razão por um momento
Quando te vejo sorrindo em meu leito,

Corpo nu, alma despida, sofrimento
Ausente, presente o amor perfeito,
Numa entrega total sem fingimento
Que me leva até as nuvens satisfeito!?

Não! Não há saída. E nem a quero!
Eu preciso é viver meu Carpe Diem
Ao lado do meu amor sem exaspero.

Aproveitar da vida o breve instante
Nas coisas boas que pra mim sorriem:
Eis tudo o que eu desejo e me é bastante!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

MINHA DECISÃO



Vou te deixar, decidi! Não tem mais jeito!
E, de hoje em diante, vai ser assim:
Vou te deixar, mas escondida em meu peito,
Vou te deixar bem guardada dentro de mim!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

DEPOIS DE MUITAS LUAS...



Depois de muitas luas estou de volta
Para os teus braços molhados de sereno...
O mundo era áspero, vazio, pequeno
Para o amor que batera à minha porta

E eu fui seguindo em minha visão torta
À sombra de um gótico olhar romeno,
Aquela que minha vida encheu de pleno
Gozo, mas me deixou... revolta!...

Percebi, então, a ilusão que eu vivera
E senti a tua falta, a tua ausência,
E a descoberta mais fantástica eu fiz:

Que sem você já não existe primavera,
Que sem você sou um poço de carência...
Voltei depois de muitas luas... pra ser feliz!

by Jayme Lorenzini García

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PAIXÃO REMOTA





Ao acreditar no teu amor eu fui um idiota.
Ao pensar que me amavas fui um imbecil,
Pois, disto, o resultado foi um sofrimento vil
E tudo o que restou foi esta paixão remota!

O que eu sentia por ti era lindo e verdadeiro.
Mas foi com grande indiferença que você pagou
Esse lindo, maravilhoso e esplêndido amor
E no meu coração deste um golpe certeiro!

Agora, lamento e choro a minha desilusão
E seguindo minha sina, morto de paixão,
Sei que sempre vou te amar, ó ninfa dourada!

Ah, se quisesses aos meus braços voltar
Como pássaro sem asas que não pode voar
Cairia em tua rede, minha eterna e doce Amada!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

SAUDADES...

Docival De Souza Gomes

Por quanto tempo ficam as saudades no peito
A choro, risos e lágrimas de primavera a regá-las
Se seu dono já não as reclama
Enternecido, afagado, acariciado pelo beijo da morte
Amorosamente com ela entrelaçado
No jazigo abandonado?

Hão de passar, pau-la-ti-na-men-te, como as nuvens
De uma tardezinha de verão
Que, sem pudor, nos privam da lua nova!?

Primeiro os gestos debochados:
Depois um certo jeito de sorrir,
A certeza de que Drummond era o maior,
A própria face inconfundível
Confundida com a explosão de uma supernova?!

(Saudade boa não comporta esquecimento..., never, never, never!)

Mas as lembranças do que foi e já não é,
Transformam-no, por fim, em adubo para as rosas...
Destino (inclusive) de todos nós, Docival!...

by Jaime Adilton Marques de Araújo

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

DEFININDO MELGAÇO


Melgaço é carinho puro,
É aconchego, é abraço gostoso,
É um jeito especial de amar.

É o passado que busca o futuro,
É o presente que se faz carinhoso,
É a brisa que beija o mar!...

... Esse canto Mãe D'Água, Yara,
No instante sem par da reponta,
Entoava nos igarapés

E o poeta que se encantara
Com a voz maviosa, afronta,
Os mistérios dos velhos pajés...

E segue também entoando
Um hino de grande valor
À cidade que o viu nascer

De belezas o peito estufando
E já desfalecido de amor
Inspirado, se põe a dizer:

Teu mel me enlaçou num só traço
Não passo seu o teu abraço
Sem teu laço não mudo o passo!

Me encanta teu lasso compasso
De saudade, enfim, me desfaço,
De em ti só pensar, ó Melgaço!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

SERENATA


Sinto uma saudade tua
Tão grande
Que não me cabe no peito
E me escorre pelos olhos
Em lágrimas!

Só há uma Lua Negra
Que espia
Nosso amor clandestino!...
Onde, pois, então,
Ser feliz
Se a própria vida me diz:
Não podes, ó poeta,
Desiste,
Não insiste?!

Só,
Estou tão só
Tenho um violão
E uma cachaça
Na noite escura
Em plena rua
Uma música
Pra você
Agora vou tecer
Em suave serenata!

by Manoel da Silva Botelho

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O BEM MAIOR DA VIDA


Eu não quero que parem a cidade
Por minha causa quando eu morrer;
Quero que a vida continue a ser
A mesma com total simplicidade.

Quando eu me for (e espero que não há de
Ser tão breve, pois muito vou viver),
E então, sem mais nem menos, falecer
Quero que hajam com naturalidade.

E falem sobre a vã filosofia
De querer abraçar o mundo inteiro
Como a cousa mais ridícula que há.

Que junto à minha urna, com alegria,
Descubram  meu sorriso prazenteiro
E que o bem maior da vida é amar!

by Léo Frederico de Las Vegas

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

FUMAÇA

     
Ao meu amigo Zack, para que saiba quem é

Fui olhar-me ao espelho e estremeci:
Quanto tempo perdido em devaneio!
Incrédulo, vi um fantasma meio
Que triste!... Eu não me reconheci

No amargo rosto refletido! Receio
Que faz tempo que eu me perdi.
Quantas ilusões, fantasias, bloqueio
De tudo quanto belo eu não vivi!

Mas a imagem refletida é fidedigna.
Essa máscara hipócrita, maligna
Que vejo é tudo o que de mim restou!

Eu, que pensei ser dia e primavera
Vejo que (oh, martírio, oh, quimera!)
Não sou nada. E... eu nem sei quem sou!

by Manoel da Silva Botelho

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Campeão de Acessos

DESILUSÃO...

De tanto te amar De tanto sonhar Que seria feliz Foi que eu me acabei Meu sonho quebrei E hoje sou infeliz… Por te amar tinha me...