De ti, não espero do afago o sobejo
Por que sei que não tens nada a me dar...
E em meu caminho áspero eu despejo
Tua ausência para me desassombrar!
De ti, não espero as cinzas de um beijo
Nem ao menos o leve crepitar
Da chama que te inflama de desejo
Pondo em minh'alma o medo de amar!
De ti, não espero o olhar esmaecido
Dos que estão no outono da paixão
E têm, no peito, o amor emurchecido...
Porque já te esperei em noites longas
E não viestes, amor..., e só prolongas
A dor de te esperar nessa canção!...
by Manoel da Silva Botelho
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