Mãe,
Se poeta eu fosse
Traduziria em versos
Todo o carinho e amor
Que me dispensaste
Desde a mais tenra idade!
No entanto,
A letra fria é insuficiente
Para conter
Esses rabiscos de emoção!
As pérolas do mundo inteiro
Não se comparam
Ao teu valor, querida mamãe!
Os descaminhos de nossa existência terrena
Fizeram-me perceber
Que a vida é breve
E que devemos vivê-la intensamente
Em cada vão momento!…
Há uma palavra
Presa dentro em mim
Que temo em dizer-te
Pois talvez não saiba
Como expressá-la
Sem que me inundem os olhos
As lágrimas de minha infância perdida…
Mas
Antes que a “Indesejada de todas as gentes”
Desfaça-m(t)e os gestos do último adeus;
Antes que adentres na Grande Noite
E teus olhos se fechem para o último sono;
Sim, Antes que seja tarde demais (…)
Quero que ouças de meus lábios profanos:
Mamãe querida,
És minha vida
Eu te amo!
by Jaime Adilton Marques de Araújo
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