segunda-feira, 30 de abril de 2012

VIDA ALHEIA



Entre aspas levo a vida.
Não a que me foi dado viver
Mas a outra pela qual fui conhecido
Sem ter tido coragem de desmentir...
Pessoa e seus heterônimos
Sempre habitaram em mim!

by Jayme Lorenzini García

quinta-feira, 26 de abril de 2012

CUMPRIMENTOS D'AMOR



Bom dia,
Flor do dia
Que alegria
Tua companhia
Na poesia
Amanhecida!

Boa tarde,
Flor da tarde
Que sem alarde
Vieste tarde
Para o mar de
Minha vida!

Boa noite,
Flor da noite
Que traz o açoite
De pernoite
Desiludida!

Bom dia,
Flor do dia!...

by Pedro Paulo Barreto de Lima

quarta-feira, 25 de abril de 2012

CONECTADO

Ao Emanuel G. Matos,
autor de Nostalgia

O homem tem mais poder
De acordo com a invenção.
É possível com o tablet
Trazer o mundo à mão!

by Jayme Lorenzini García

terça-feira, 24 de abril de 2012

MINHA CABROCHA



Meu coração é um salão de dança
Esperando a moça de Alenquer
Que chega seduzindo e me lança
Um olhar que me faz enrubescer

Um olhar onde vai subjazer
Meu desejo de bem-aventurança
E que me faz sonhar, ter esperança,
De perder-me em seu corpo de mulher!

Mulata jovem, viçosa e feliz,
É a melhor definição que dá Aurélio
A quem é da minha vida imperatriz!

Por quem meu ser inteiro desabrocha
Ganhando antecipado qualquer prélio
Sou assim, porque és minha, ó cabrocha!

by Olímpio José de Araújo

quinta-feira, 19 de abril de 2012

GRITOS DA SELVA



Nós, guerreiros da selva,
Filhos de Guaracy
Erguemos nossas vozes
E fazemos saber que

Quando a mãe natureza era nosso lar
Quando a noite estrelada nos velava o sono
Quando a lua - lampião pairando no alto -
Iluminava as nossas tabas
Quando éramos todos
Bravos guerreiros, mas irmanados
Quando nossas nações eram todas soberanas
Quando nosso viver era um poema de paz...

Então os homens brancos chegaram!...

Eles deveriam ter ficado contentes
Por encontrar nos mares do Sul
Gente como eles - heróis em seus feitos!

Contudo, seu contentamento foi diferente
E nos soou aos ouvidos como silvos de morte.

Assim que o primeiro barco caravela chegou ao Brasil
E o branco contaminou com seus pés nosso solo selvagem
Começou o nosso sofrimento.

Com fome sanguinária e aurífera
Pregando a vida que provém da Cruz,
Mas trazendo a morte em seu seio
O homem branco através de terríveis massacres
Procurou destruir nossos costumes
Impondo-nos modos de vida que não queríamos
Nem podíamos assimilar.

Fomos classificados como seres irracionais,
Embora tivéssemos cultura própria...
Fomos transformados em escravos
Nós, que dantes éramos os bravos Filhos do Sol!

Tentaram, mas não nos eliminaram de todo!
Somos poucos, é verdade,
Mas estamos cônscios de que somos
A cultura prima da terra e céu
Por mais que tentem nos ignorar
Sobreviveremos
Pois, acima de tudo,
Somos filhos de Deus!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 16 de abril de 2012

INCOMPLETUDE













Descobri faltar vocábulos
No dicionário poético
Para descrever as fábulas
De um amor dietético!

by Jayme Lorenzini García

sábado, 14 de abril de 2012

O AMOR E O TEMPO






Quero escrever em tua pele meu destino
Com o ardente conta-gotas da paixão;
E as tintas rubras usar do coração
Pra expressar minha libido em desatino.

(Quero voltar no tempo e ser menino
E, assim, fruir a doce satisfação
De enlaçar entre as minhas a tua mão
E trazê-la do meu peito ao torvelino...)

O meu querer, no entanto, é tolido
Pelo espaço-tempo que me devora
Os muitos sonhos qual se fosse uma áspide!...

Ó Cibely, não sei porque hei sofrido,
Mas sei que a angústia cruel me apavora
Do tempo que a tudo encerra em sua lápide!

by Olímpio José de Araújo

quarta-feira, 11 de abril de 2012

DIVAGAÇÕES




Mergulhado na penumbra da madrugada sem estrelas
Ouvindo o silvo moribundo do silêncio
Um pensamento quebra meus devaneios
E, com o tablet em minhas mãos,
Testo o touchscreen de minha poesia!

A folha em branco é um desafio:
Que hei eu de escrever
Se não me ocorre nenhuma ideia
De galanteios, floreios românticos,
De paixonite aguda,
De sofrimento sem quê nem pra quê?

Que há de expressar o leve toque
Que imprimo à superficie serena do tablet
Se esqueci as lições de métrica
Que eram meu alento em criança?

Que rimas hão de florir meus sentimentos
Se o que sinto está impregnado
Do bafejo selvagem e solto
Da poesia pós 1922?

Na jovem madrugada sem estrelas,
Mergulhado na mais sombria penumbra
Meus dedos nervosos escrevem
Na superfície (in) sensível do tablet
Os versos que cortam o silêncio
Que se esfacela, moribundo,
Na íris do horizonte plúmbeo.

Mergulhados, na madrugada sem luz,
Meus dedos fabricam
O meu dormido pão diário!

by Manoel da Silva Botelho

domingo, 8 de abril de 2012

ANTES QUE O DIA SE VÁ...



Antes que o brilho triste
De teus olhos tontos
Apague a chama da esperança
Que há nos meus
Antes que te envolvam
Trevas espessas do desencanto
Deixa que eu me vá, amor,
Embora pra os seios teus!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

sábado, 7 de abril de 2012

MUITO MAIS QUE PALAVRAS...



As palavras por mais que sejam belas
Não expressam nem traduzem fielmente
O sentimento que tenho por ti.
Tenho algo guardado a sete chaves
Dentro do coração e que pertence somente a ti.
Tenta ler nos meus olhos toda a nossa história
De amor e depois me diz se tudo
Em mim não expressa essa nostalgia
Que faz parte do amor que te tenho. É algo misterioso
Porque não posso explicar. Não sei porque te amo,
Apenas amo e... Como eu quisera que isto bastasse!
...Tu, tão-somente tu, em minha vida
E eu voltei a sorrir outra vez!
Com este teu jeito meigo de ser,
De encarar a vida sem temer o futuro,
De provar pra si mesma
Não obstante os problemas,
Que deve e pode ser feliz,
Fizeste-me sair da beira de um precipício que me conduzia à morte.
Tenho vontade de beijar-te continuamente
Porque tenho medo de perder teu delicioso beijo
Tenho vontade de abraçar-te e acariciar-te,
De provar que te amo, porque és minha ilusão,
Minha doce morena, minha paixão.
E na minha vida, hás de estar sempre em meu coração!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 5 de abril de 2012

JAMAIS ME ESQUECEREI DO NOSSO IDÍLIO


Nesta hora de total ternura e desprendimento
Esmaga-me violentamente
A tua saudade, meu amor!
Sinto saudades do nosso primeiro beijo
Beijo que me fez te amar.
Da doce surpresa que me fez estremecer
E entregar-me, sem reservas, ao teu amor.
Bem sabes que eu não via mais beleza na vida;
Para mim o amor tinha um gosto amargo;
Entretanto, apareceste na minha vida
Deixando marcas profundas que nem o tempo
Conseguirá apagar.
Cicatrizaste todas as minhas feridas
E me fizeste feliz.

É difícil acreditar,
Pois o que vivo é lindo demais
Para ser verdade.
Vivo mais um dia de intensa felicidade
Porque te amo!
Porque descobri belezas que outrora, por falta
De amor, não enxergava.

Presentemente têm mais encanto
As noites estreladas
Trazem-me uma graça indizível
As esplendorosas noites de luar...
O cântico dos pássaros não me soa monótono
Aos ouvidos, mas me trazem a melodia do amor!
E é justamente isso que me faz feliz,
Pois se sou capaz de sonhar
Sou também capaz de tornar meus sonhos realidade.

Talvez não acredites, mas hoje acordei feliz.

E como se fosse um sonho, ouvi a amiga cotovia
Entoar suas mais alegres notas musicais
E pensei na impossível possibilidade de ser um pássaro,
Um beija-flor cuja suprema felicidade nesta vida
Fosse beijar continuamente a linda flor dos lábios teus!...

... E o alegre canto da cotovia
Anunciava que já a madrugada cedia seu lugar
A um dia cheio de ternura e amor.
Levantei alegremente. Os versos começaram a
Surgir em meus pensamentos. Peguei caneta e papel
E... Eis-me aqui... Traduzindo em palavras
A chama desse amor que me consome,
Escrevendo esta mensagem cujo teor
É a expressa linguagem do meu coração
A te falar de um amor que já toma conta de mim.

Não sei qual será meu destino,
Pois a vida nos reserva surpresas,
Mas, sejam elas quais forem
Fica no ar uma certeza:
Jamais me esquecerei do nosso idílio!

by Léo Frederico de Las Vegas

quarta-feira, 4 de abril de 2012

INVENÇÃO










Introduzo a felicidade
No frágil frasco da vida
Para, sem fatalidade,
Amar-te, minha querida!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 2 de abril de 2012

REFÚGIO



Filho da lua, trago na alma vestígios
De um canto edulcorado no pincel da solidão...
Pássaro sem asas, mergulho até o Estige
E roubo aos vampiros esta lúgubre canção!

Noite à fora, inalo, com tal sofreguidão
A vida, meu consolo - que estou sem remígios -
E espalho sem medo meu canto em precaução
Apesar do assédio impuro da Estrige

Que me levou a fé, e a alegria , e a sombra
E me deixou angustiado, desnudo, sem paz
E sem esperança e sua verde alfombra!

Pois meu canto é refúgio à margem dos medos,
É o mais popular de meus antigos segredos
É um verso no qual o meu ser se compraz!

by Léo Frederico de Las Vegas

Campeão de Acessos

DESILUSÃO...

De tanto te amar De tanto sonhar Que seria feliz Foi que eu me acabei Meu sonho quebrei E hoje sou infeliz… Por te amar tinha me...