terça-feira, 28 de junho de 2011

SONHO PRIMITIVO



Ah! Ter sido Adão ou Eva, não importa!...
Mas, o primeiro ser humano a perceber
A triste solidão da folha morta
Em ânsias loucas do galho a se desprender!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 27 de junho de 2011

SAUDADE, UM SENTIMENTO...


Saudade é o sentimento que percorre
Com urgência as veias do meu coração
Impregnadas de ternura e solidão
Que, imbele, todo o meu ser transcorre!

Saudade é invejar o mergulhão
Que faceiro pela amplidão discorre
Em um magnânimo voo, e vem, e morre
À flor da água num tronco em floração!

Saudade é não saber por que sorrio
Se o coração me pede apenas pra chorar
Da vida em desespero o desencanto.

Saudade é estar sentindo este frio
Que tua falta me faz extravazar
Num verso triste a tristeza desse canto!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

domingo, 26 de junho de 2011

SONETO AOS TEUS SEIOS LUNARES



Gosto da exuberância de teus seios
Destacada pelo decote ousado
De tua blusa a transpirar pecado
Ante meus olhos oblíquos, alheios

À vida, mas cativos dos enleios
Com os quais tu me tens enfeitiçado;
Gosto, pois, de sentir-me enredado
Pelo vigor excelso de teus seios!

Gosto de teu olhar tão suplicante
A acompanhar meus passos pela rua
Me querendo ao teu lado sempre amante!

Gosto, enfim, de adivinhar-te nua
Em meus braços sorrindo delirante
Cheia de amor como se fora a lua!

by Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.

sábado, 25 de junho de 2011

FALSO E VERDADEIRO AMOR



O amor falado
Da boca pra fora
Não raro nos machuca.
Mas o amor
Que brota do coração
Esse nunca murcha!
Vivamos intensamente
O amor que nos é leal.
Esqueçamos
Dores passadas
Cicatrizadas
Mas letais!

by Léo Frederico de Las Vegas

quinta-feira, 23 de junho de 2011

À LUA QUE SE VAI



Dedilhando a canção da alegria
Decresces, ó lua patética,
Decresces, um pouco mais,
Sim um pouco mais a cada dia,
Deixando em minha
solidão poética
A aventura passageira
De saber-te a deusa
Sublime, sublime deusa
Do eterno amor!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

terça-feira, 21 de junho de 2011

NOVO CONCEITO DE BELEZA


Sou um ogro verde desajeitado
Mas ganhei meu espaço: sou bonachão!
E de Fiona, a Princesa, o coração
Não seja embora um Príncipe Encantado!

by Olímpio José de Araújo

segunda-feira, 20 de junho de 2011

RENÚNCIA



Neste poema renuncio a vida
De sonhos encantados
Que era minha
Bem como renuncio
O desabafo
De falar sobre a angústia
Que me acabrunha
O espírito!
Estes versos,
Portanto,
Estão aí,
Apenas como protesto
E renúncia!

by Manoel da Silva Botelho

sábado, 18 de junho de 2011

SONETO DO INAUDÍVEL CANTO



Ah, se as pedras que encontro no caminho
Pudessem, pois, ouvir o meu lamento
Na certa saberiam o sofrimento
Pelo qual hei passado tão sozinho.

Mas, se pudessem ver padecimento
Em lugar de alegria, qual esfuminho
Veriam a esvair-se em remoinho
O meu prazer restando só tormento.

Mas as pedras não veem e nem ouvem.
Não discernem uma lamúria de Beethoven.
Estão passivas, pois, ao meu penar.

E por que as pedras não ouvem e nem veem
Dou, pois, a todos aqueles me leem
Os versos tristes deste meu cantar!

by Manoel da Silva Botelho

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O QUE É SAUDADE?


O QUE É SAUDADE?

Mais que
Um sentimento
Uma certeza
Que tua ausência
Me leva à solidão
Saudade,
Essa palavra
Portuguesa
Que machuca
E dói com aspereza
Mas que é o bálsamo
Singular do coração!

by Jaime Adilton Marques de Araújo

quarta-feira, 15 de junho de 2011

FRUSTRAÇÃO LUNAR



Depois de seis longos meses de espera
Preparando o coração para o momento
- O gozo na alma transbordante, o alento
E o frescor de benfazeja primavera! -

Depois de haver vencido o sofrimento
De uma dor gigantesca e sincera
Que roubou de meus olhos a quimera
E a hora ímpar de teu ímpar nascimento...

Sim!... Depois de vencida a peleja
Que impuseram-me os deuses, por inveja,
De não te ver no horizonte, soberana,

A surgir, em fantástico plenilúnio,
Surges, enfim!... Mas pra meu infortúnio
Apareces eclipsada, oh! Diana!

by Léo Frederico de Las Vegas

segunda-feira, 13 de junho de 2011

CONSTATAÇÃO



Sabe, Maristela
Mais gélido que o frio
Desse inverno
Só teu coração
Que se mostra
Insensível
Às crepitantes  chamas
Do meu amor!

by Manoel da Silva Botelho

sábado, 11 de junho de 2011

TESTEMUNHA DA ILUSÃO



Na epiderme do prazer,
Nos olhos tristes da solidão,
Nas asas da imaginação
Só os poetas podem ver

Que algum verso se perdeu
No forte abraço do olhar
Da moça que enlouqueceu
E suicidou-se ao luar!

Só os poetas é que veem
As doces lágrimas da estrela
Que a tudo testemunhou

E em seus lábios trêmulos leem:
"Sou solidária às dores dela
Que se perdeu só por amor!"

by Pedro Paulo Barreto de Lima

segunda-feira, 6 de junho de 2011

EU PRECISO...



Eu preciso de uma gota de silêncio
Para ouvir o farfalhar nos teus cabelos
Do vento que breve passa sem sussurros
E deixa o teu perfume na minh'alma!...

Eu preciso de um metro decassílabo
Pra louvar-te o porte alvissareiro
Com que passas pela calçada em frente
Quando sais a caçar as borboletas.

Eu preciso de um frêmito orgástico
De uma súbita morte repentina
Pra navegar no labirinto de teu corpo
E ancorar na Caverna dos Prazeres!

Eu preciso dominar meu verso louco,
Meu selvagem modo de exprimir-me
Para pintar-te a formosura nua e crua
No quadro triste de meu triste coração!

by Pedro Paulo Barreto de Lima

domingo, 5 de junho de 2011

FOI ASSIM QUE PERDI O ENCANTO DA BELEZA...



Com os olhos cerrados de tristeza
E o coração serrado de saudade
Relembro os dias de minha mocidade
Quando contigo fiz concerto, oh, Beleza!

Mas agora não há conserto! A natureza
Levou-me embora a fragrante hilaridade
E é flagrante que por mais tenha vontade
Já não posso do coração essa frieza

Extirpar. O coração feito pedra está estático.
Sim, olhando pra quem fui fico extático…
Infelizmente não me reconheço mais…

Recolho então do quintal do tempo uma cidra
Madura. E, após, na taça bebo a doce sidra
E inebriado peço à lua, serena paz!

by Manoel da Silva Botelho

Campeão de Acessos

DESILUSÃO...

De tanto te amar De tanto sonhar Que seria feliz Foi que eu me acabei Meu sonho quebrei E hoje sou infeliz… Por te amar tinha me...